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domingo, 1 de maio de 2022

Museu da Rampa vai explorar 'sonho de voar' dos potiguares

 A reportagem da TRIBUNA DO NORTE foi ao complexo da Rampa conferir o que o visitante encontrará no Museu da Rampa quando estiver aberto ao público. A ideia inicial elaborada pela Casa da Ribeira será concretizada tendo como ponto principal o sonho de voar e a participação de Natal na história da aviação.



Arribaçãs, telas sobre malas, imersão visual e exposições artísticas deverão mexer com os sentidos dos visitantes que poderão contemplar a paisagem do rio Potengi e o pôr do sol. Começa pela alusão ao Lajedo de Soledade, um dos sítios arqueológicos mais importantes do Brasil, localizado  no município de Apodi, na região do Oeste potiguar.

“A gente traz o lajedo onde foram encontradas inscrições rupestres, onde homens e mulheres já se imaginavam voando porque é o centro da curadoria de todas as exposições. O verbo voar como dispositivo de observação de pássaros, como dispositivo de máquinas de vôo... aí entra o Augusto Severo, entra toda a parte das invenções, entra Natal na Segunda Guerra, entra Natal na Aeropostale. O outro dispositivo do voar é o sonho...”, explicou Gustavo Wanderley, produtor executivo do projeto Rampa Arte Museu Paisagem.

Como o sonho está dentro do contexto, a ideia é integrar o Museu ao Instituto do Cérebro, com um espaço destinado a experiências relacionadas ao tema, chamado de Laboratório dos Sonhos. Atualmente, 39 pessoas trabalham no projeto. Marília Bonas, diretora do Museu da Língua Portuguesa e do Museu de Futebol, integra o trabalho com pesquisadores norte-riograndenses.

O Museu da Rampa deverá expressar a identidade do povo de Natal e do Rio Grande do Norte e como o desejo de voar esteve presente ao longo da história da capital potiguar. Para tanto, elementos do povo e da cidade estão sendo captados pela equipe.

Museu do aviador

É o primeiro local que o visitante vai entrar. “No Memorial do Aviador, a gente pode fazer uma sala de embarque, que vai ser bilheteria, recepção e um enorme painel sobre malas antigas que vão trazer a sua história ligadas ao desejo de voar”, explicou Gustavo Wanderley. Esse painel com quase 200 malas será pintado pelo artista João Natal, mas  as imagens que serão retratadas ainda não foram reveladas. “Nunca eu tinha pintado sobre malas. Variar superfícies é um desafio para o artista. Estou analisando e meu trabalho será focado em elementos do ar, no voar”, contou o artista João Natal.

Imersão visual

O auditório será um espaço para o visitante viajar através da projeção de imagens com som e vídeo. “Aqui é uma imersão para que o visitante esqueça o que está acontecendo lá fora e viaje com as projeções que estarão em todas as paredes”. Palestras, encontros e shows musicais também podem ser realizados no auditório.

A história abraçada

Atrás do Museu do Aviador, o visitante vai se deparar com uma escultura construída pelo artista José Rufino com pedras especiais recolhidas na cidade e em outros municípios. Uma Figueira elástica, também conhecida por falsa seringueira, igual à que já existe no complexo,  será plantada junto à escultura porque ela tem a interessante característica de envolver o que toca com seus galhos o que dará a impressão de que está envolvendo a escultura. A concepção é de que as pedras da escultura trazem a história que será abraçada por seres vivos, representada pela árvore.

Exposições e artes

Ao entrar no edifício de exposições, banhado pelo rio Potengi, o visitante se depara com uma arribaçã-mãe, que traz no bico um fio vermelho. “A gente vai simular que ela furou com o bico por onde passa o fio vermelho para o outro lado. No ambiente há uma foto feita em Acari, adesivos de fotos e 120 pequenas arribaçãs que voam perfazendo um caminho para os outros módulos do espaço”, contou Gustavo Wanderley. As arribaçãs estão sendo feitas por artesãos do município de Acari e a imagem com figuras rupestres vai mostrar que desde a pré-história havia no ser humano que habitava em solo potiguar o desejo de voar. Do outro lado, um hall de exposições temporárias vai receber diferentes exposições que durarão quatro meses cada.

Voar na história de Natal

O fio vermelho seguido pela nuvem de pássaros apontará que aquele sonho do homem pré-histórico está numa cidade chamada Natal. Uma lâmina de tecido impressa com o primeiro vôo entre a África e as Américas, que teve Natal como destino, feito pelo Jean Mermoz, da Aeropostale, Correio Francês. Em seguida, o visitante relembrará a Natal dos anos 1920 e 1930 até chegar a um conteiner com a participação de Natal na segunda guerra Mundial. Um chão de vidro também contará essa história com imagens aos pés do visitante.

Lutas contemporâneas

Para chegar ao último módulo, o visitante escolhe os caminhos “em guerra” ou “em paz”. Ambos levarão para o mesmo destino. “Vamos mostrar o pioneirismo feminino do Rio Grande do Norte, o trabalho contra o analfabetismo na década de 1960, os guardiões das lutas e as lutas contemporâneas, que passam pela semente crioula, do público LGBTQIA+, questões raciais, eqüidade entre homens e mulheres, pensar sobre a questão da fome e segurança alimentar”, disse Gustavo Wanderley.

Píer para contemplação

Após toda a imersão que o visitante fizer nos diferentes espaços, ele vai se deparar com de píer para contemplação do pôr do sol do rio Potengi, considerado um dos mais belos do Brasil. A área que está sendo chamada de “calçada potengi” tem vista para a ponte Newton Navarro e para o porto, permitindo ainda a convivência com o Porto do Mangue e as atividades cotidianas dos pescadores, além de ser possível assistir a passagem de navios que atracam no porto.

Setur vai retificar processo após detecção de erro

Apesar da grandiosidade do projeto que vai compor o Museu da Rampa, em Natal, o caminho feito para chegar até sua execução está sob suspeita do Ministério Público do Estado (MPRN). O promotor de justiça do Patrimônio Público, Afonso de Ligório Bezerra Júnior, questiona a contratação de R$ 126,9 mil feita de forma direta, por inexigibilidade de licitação, há a justificativa de que a singularidade do objeto e a notória especialização da Casa da Ribeira tornaram inviável qualquer competição, dizendo que no acervo apresentado nos autos não consta a elaboração de qualquer projeto museológico e expográfico anterior no portfólio da Casa da Ribeira. Além disso, ele ressalta que uma exposição realizada em determinado museu, a princípio, é distinta da elaboração de um projeto museológico.


O extrato de contrato publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) do dia 25 de janeiro de 2020, firmado entre a Secretaria Estadual de Turismo (Setur) e o Espaço Cultural Casa da Ribeira, tem como objeto a elaboração do Plano Museológico e Expográfico do Complexo Cultural Rampa, bem como seu desenho e respectivo enquadramento em Leis de Incentivo à Cultura, nas esferas federal e estadual. Contudo, o que a Casa da Ribeira entregou foi uma proposta museográfica, que é um recorte, definição de um tema, objetivos, diagnóstico e toda a  concepção do que estará exposto no complexo.

Em nota, a Setur informou que “detectou um erro material, com utilização de uma nomenclatura equivocada — onde deveria grafar museográfico havia museológico — em um dos documentos do processo de contratação junto à Casa da Ribeira e fará a retificação. As expressões têm conceitos diferentes, e trata-se de produtos distintos”.

A pasta disse ainda que o produto contratado foi um projeto expográfico (projeto museográfico), de fato, entregue pela Casa da Ribeira, conforme evidenciado em todas as etapas do processo e disponíveis aos órgãos de controle interno e externo. “O custo de um plano museológico, se fosse esse o objeto de contrato, seria bastante superior àquele pago pela Secretaria, corroborando que desde o início a pretensão era a contratação de um projeto museográfico, e não museológico”, justificou a Setur.

O  produtor executivo do projeto Rampa Arte Museu Paisagem, Gustavo Wanderley, confirmou essa versão governamental. Ele garantiu que a Casa da Ribeira entregou um serviço que está dentro da legalidade e de sua comprovada expertise. “No orçamento da Casa da Ribeira está a proposta museografica”, pontuou Gustavo. Ele é cocriador da Casa da Ribeira, mas não integra o quadro societário desde 2020. Atualmente é diretor da empresa House Cultura, responsável por executar os trabalhos na Rampa, via lei de incentivo.

Segundo disse, foi elaborada uma proposta conceitual do que será o Complexo da Rampa a partir de uma análise curatorial. “Então, uma proposta museográfica é uma concepção artística. O projeto  museográfico foi feito pela Casa da Ribeira, que tem 54 exposições no currículo que começa em 2001, com participação de artistas sólidos do nível de Rosângela Rennó, Rochelle Costi, Efrain Almeida, Brígida Baltar, Selma Bezerra, Guaracy Gabriel, vários artistas; além de exposições em São Paulo como a de Câmara Cascudo, no Museu da Língua Portuguesa, sendo uma das representações culturais mais importantes desse país neste sentido”, explicou, justificando o termo de inexigibilidade que conferiu a expertise da Casa da Ribeira.

A apresentação desse projeto foi concluída em outubro de 2020 para o Governo que aprovou a ideia. Essa foi a primeira etapa para resultar naquilo que está sendo montado dentro do Complexo da Rampa. A partir daí era preciso adequar o projeto para captar recursos através da Lei Câmara Cascudo de Incentivo à Cultura.

Faltam R$ 4 milhões para a conclusão do projeto

Como é preciso captar os R$ 6,5 milhões com empresas que aderirem à Lei Câmara Cascudo, que consiste na renúncia fiscal do ICMS por parte do Estado para que o valor correspondente à contribuição seja investido em projetos culturais, o projeto museológico do Complexo da Rampa ainda não tem o valor total para ser finalizado. “A gente só tem R$ 2,5 milhões”, revelou Gustavo Wanderley.

Com isso, a  conclusão do acervo do Complexo da Rampa depende da adesão de empresas.  O valor compreende a elaboração dos projetos executivos, com o detalhamento técnico de cada parte do museu, contratação de pessoal, artistas, acervo e mobiliário do complexo.

“A gente está falando da dimensão do que será um dos maiores complexos culturais do país. É isso que a gente vai entregar pra cidade. São duas exposições, oito obras de arte de grande escala, seis obras comissionadas. Além disso, um campo completamente pronto para receber mobiliário, maquinário de altíssima ponta de audiovisual, projetores de leds, equipamentos sonoros, tudo está incluso dentro do projeto que é financiado pela Lei Câmara Cascudo”, disse ele.

O Museu da Rampa é esperado como importante equipamento turístico para fomentar a cultura e o turismo da cidade. Caso os R$ 4 milhões sejam, captados, a expectativa é que seja entregue à população ainda neste ano.



Série D: América perde para o Afogados na Arena das Dunas

 O América deixou o campo de jogo sob vaias após ser derrotado por 1 a 0, pelo Afogados da Ingazeira. A partida foi disputada na tarde/noite deste sábado (30), na Arena das Dunas, válida pela Série D do Campeonato Brasileiro. O Alvirrubro permaneceu com quatro pontos, no Grupo C, caindo para a quinta colocação.


O Alvirrubro não pôde contar, no banco de reservas, com a presença do novo técnico do time. Édson Vieira não conseguiu ser regularizado junto à Confederação Brasileira de Futebol - CBF por não ter sido vacinado contra a COVID-19. 

Aos 56 anos de idade, o técnico ainda não tinha cumprido nenhuma etapa da sequência vacinal e, apenas, nesta sexta-feira (29) tomou a primeira dose do imunizante. Pela regra, apenas vacinados podem frequentar o campo de jogo.

Em campo, Rafael Carioca na ala esquerda era a principal novidade. O atleta, que sofreu um corte na perna durante os treinos, se recuperou e pôde estrear pelo Alvirrubro na competição nacional.

O time americano apostou nos passes velozes para romper a marcação do Afogados e nas faltas, com o objetivo de evitar os contra-ataques do adversário. Até a primeira metade da etapa inicial, a média era de uma falta à cada dois minutos.

Aos 26 minutos, numa entrada dura do ala Éverton, que já tinha cartão amarelo, acabou sendo expulso pelo árbitro sergipano, Jackson Sobrinho.

A expulsão desestabilizou ainda mais o time potiguar. Apenas aos 36 a equipe chegou com perigo, numa boa jogada pela direita com Araújo. Ele recebeu nas costas da zaga, invadiu a área e bateu para o meio. O goleiro Léo se complicou todo e quase entrega para o atacante americano.

O Afogados respondeu aos 43 minutos. No contra-ataque, Paulista recebeu, avançou e mandou um “chutaço”. Samuel Pires salvou mandando a bola para escanteio.

O América voltou para o segundo tempo com uma mudança. Luís Henrique entrou no lugar de Felipinho. Com isso, o camisa 19 foi ocupar a ponta esquerda e Araújo passou a fazer a meia.

Aos 11 minutos o time da casa chegou com perigo. A bola foi enfiada para a área e Mayco Félix não conseguiu desviar do goleiro para fazer o gol. Na sobra, Felipe chutou mal, por sobre o gol.

O Alvirrubro tentou de todas as formas melhorar a atuação em campo. Leandro Sena, obedecendo as ordens que chegavam até ele via rádio, mudou a equipe várias vezes. 

Se o time não melhorou técnica e taticamente, em termos de vontade o Alvirrubro foi para cima do Afogados, que acabou tendo o zagueiro Airton Júnior expulso após falta em cima do atacante Zé Eduardo, que havia entrado no lugar de William Marcílio.

No entanto, na sequência do jogo, o América cometeu dois erros seguidos e tomou o castigo. Aos 40 minutos, Jean Pierre errou o passe e, no contra-ataque, na falha de marcação, Paulista recebeu na frente e mandou para o gol, dando a vitória para a equipe pernambucana, na Arena das Dunas: 1 a 0.




sábado, 30 de abril de 2022

Mulher é assassinada em local de trabalho na Grande Natal

Mulher é assassinada a tiros dentro de loja em Parnamirim, Grande Natal, na tarde desta sexta-feira (29). A jovem se chamava Bruna e era empregada de uma loja de artigos de artesanato, que fica na Avenida João Câmara.
As imagens da câmera de segurança da loja registraram o momento em que Bruna é assassinada por um assaltante, que está armado e encapuzado.

Segundo informações da Polícia Militar, ela foi morta com cinco ou seis disparos à queima roupa. O autor dos tiros fugiu e ninguém foi preso.

domingo, 24 de abril de 2022

Dilma chama Bolsonaro de “ovo da serpente chocado no impeachment”

 Ex-presidente afirmou que o governo atual tem diminuído direitos do povo brasileiro, que “vem sendo roubado”


A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) fez críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL), neste sábado (23/4), durante palestra no Brazil Summit Europe. Para ela, o atual chefe do Palácio do Planalto é resultado de um “ovo da serpente chocado durante o impeachment”, ocorrido em 2016. As informações são do Metrópoles.

“Sabemos que o Bolsonaro é resultado do ovo da serpente chocado no golpe de 16, no discurso de ódio que o sustentou e na interdição do presidente Lula.”

Dilma afirmou que o governo Bolsonaro tem diminuído direitos do povo brasileiro que “vem sendo roubado” desde o que ela chamou de “impeachment fraudulento”.

“É este o preço cobrado pelos neoliberais para manter algum suporte ao neofascismo”, criticou ao citar a Reforma Trabalhista e o teto de gastos.

O Brazil Summit Europe é um evento organizado por alunos da Hertie School, escola de governança e administração pública alemã.

A conferência ocorre em Berlim, nos dias 23 e 24 de abril, e reunirá políticos, gestores públicos, empresários e professores da Alemanha para debater as perspectivas brasileiras neste ano eleitoral e no futuro, além de analisar e fortalecer a relação entre o Brasil e a União Europeia.




Dono do Borogodó ‘causa’ na web ao abrir seleção para contratar garotas de programas

 Anúncio foi bastante comentados nas redes sociais e divide opinião


O bar Borogodó das Meninas anunciou, através das redes sociais, que está com vagas abertas para a contratação de mulheres, com idade acima de 18 anos, que realizam programas sexuais. As informações são do site Polêmica Paraíba.

O bar está localizado no bairro Colinas do Sul 2/ Gramame, em João Pessoa. E conforme comunicado postado, a gerência do bar informou que se a garota quiser se manter no anonimato, a identidade será preservada.

No Brasil, a prostituição não é crime, mas quando é feita alguma prisão, quase sempre é pelos delitos de Ato Obsceno (art. 233 do Código Penal), ou Importunação Ofensiva ao Pudor (art. 61 da Lei de Contravenções Penais)




Série C: ABC arranca vitória no finalzinho contra o Campinense/PB

O ABC conseguiu uma vitória difícil contra o Campinense/PB por 1 a 0, na noite deste sábado (23), no estádio Frasqueirão, em Natal. O jogo foi válido pela Série C do Campeonato Brasileiro e o Alvinegro “dorme” na segunda colocação com sete pontos. O Botafogo/SP lidera com a mesma pontuação e um gol a mais que os potiguares. 


O Alvinegro foi para campo com um grande reforço. O atacante Wallyson, ídolo da Frasqueira, conseguiu a liberação junto ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e foi escalado pelo técnico Fernando Marchiori.

Pelos lados do Campinense, o técnico Ranielle Ribeiro, que começou a carreira no Alvinegro, escalou o que tinha de melhor para a partida em Natal, com destaque para o artilheiro Olávio.

E aos seis minutos de bola rolando, Wallyson mostrou porque faz falta quando não está em campo. O atacante recebeu na área, driblou três e mandou um “balaço”. O goleiro Mauro Iguatu fez uma grande defesa.

Aos 13 foi Pedro Paulo quem salvou o ABC. Numa bobeira da zaga, a bola cruzada ficou na cara do gol para Dione cabecear. O goleiro abecedista fez uma grande defesa com os pés.

O jogo ficou igual, com espaço e ataques dos dois lados. Aos 31, quase sai um golaço do time potiguar. Wallyson achou um passe maravilhoso por elevação. Fábio Lima se antecipou aos zagueiros do Campinense e tocou de cabeça. A bola “tirou tinta” do travessão de Iguatu.

O jogo seguiu em alta velocidade. O Campinense tocava a bola e esperava o espaço para lançar nas costas da zaga abecedista. O Alvinegro tentava os passes de primeira e a individualidade. Numa dessas, aos 42, Fábio Lima recebeu na área e chutou. A bola “explodiu” no travessão e o primeiro tempo terminou mesmo 0 a 0.

O Alvinegro voltou com três mudanças. Raphael entrou no lugar de Varão, Jefinho substituiu Eduardo e Marquinhos foi para a vaga de Thalyson. A intenção era garantir, no ataque, um homem de área e, no meio, mais presença e criatividade.

Apesar das mudanças, o melhor em campo, por parte do ABC, já estava jogando desde o início da partida. Kelvin apareceu em todos os melhores momentos do Alvinegro. Numa das melhores, aos 32 ele recuperou no meio e chutou. Iguatu deu rebote, mas Jefinho não aproveitou. 

Aos 41 minutos finalmente o torcedor abecedista pôde tirar o “nó da garganta”. Em boa jogada pela esquerda, o cruzamento veio na medida para Giovani fazer o gol da vitória por 1 a 0 do ABC. Marcos Vinicius ainda foi expulso.



Atleta potiguar compete em Baraúna e espera campeonato nacional

 A ciclista potiguar, Miriam Araújo iniciou a preparação para a disputa do Campeonato Brasileiro da modalidade, que ainda não tem data oficializada pela Confederação Brasileira de Ciclismo. No ciclo de treinos, ela incluiu algumas provas e disputa, no dia 29 de maio, a prova Raimundo Nogueira, na cidade de Baraúna, interior do Rio Grande do Norte.


“Como a CBC, ainda não marcou a data, o que dificulta muito para meu treinador essa demora em ter datas definidas, pois é preciso fazer uma periodização para a prova (que significa um ciclo de treinamento até o dia da prova). A próxima prova será Raimundo Nogueira 29 de maio, uma prova em que não havia a categoria feminina, no qual, consegui inserir após muito diálogo com os organizadores”, explica a atleta.

A prova na cidade de Baraúna deverá receber cerca de 300 atletas, nas categorias: Infanto juvenil, Aspirantes, MTB, Elite masculina e a Elite Feminina, categoria na qual está inserida Miriam Araújo.

Segundo a atleta, a prova em Baraúna não faz com que ela perca o foco no torneio nacional. “Atualmente corro pela UCRJ/Turim, uma equipe do Rio de Janeiro focada em provas do campeonato brasileiro, meu treinamento é diretamente com a assessoria pedalegal com o Professor Ricardo Torres, que tem uma dedicação diária e muito conhecimento de Treinamento Desportivo e Fisiologia e conseguiu me colocar em um nível que jamais tinha alcançado”, comemora.

Miriam afirma que está esperando por grandes resultados na atual temporada. “Minha expectativa é a melhor possível, como citei, estou em um nível de performance extremamente elevado, porém o dia de amanhã, pertence a Deus. Cada prova é uma surpresa, existem os fatores alheios ao nosso controle, como furo de pneu, quedas, problemas mecânicos, etc., mas estou minimizando essas possibilidades inoportunas a cada dia, com checagem da bicicleta, reconhecimento do percurso, etc”, diz.

Apesar de a competição no interior potiguar não ser classificatória para outras em nível nacional, a ciclista afirma que trata-se de uma competição importante. “É uma prova tradicional e clássica, onde a disputa é sempre muito acirrada”, comenta.

Como todos os atletas, Miriam Araújo revela que sofreu muito com a pandemia de covid-19. “Todos perdemos muito, foi um período inesquecível para o mundo em todos os setores, precisei recomeçar fazendo um grande trabalho de base (inicial) aeróbico, como uma “ciclista novata” e o específico que define nossas características no ciclismo estamos trabalhando agora. Os objetivos são os mesmos, principalmente o Campeonato Brasileiro, porém a vontade de conseguir a vitória está muito maior", finalizou.




Em recuperação judicial, Ricardo Eletro tenta sair do 'fundo do poço'

Quem acessa o site da Ricardo Eletro procurando por promoções de televisores a máquinas de lavar pode ficar frustrado. Isso porque no site daquela que já foi a segunda maior varejista de eletrônicos do Brasil existem apenas alguns itens aleatórios à venda, como coleira antilatido, colchonetes para exercícios e um repelente eletrônico.

Segundo o presidente da companhia, Pedro Bianchi, essa complicada realidade está prestes a mudar. Já no próximo mês, a varejista - que é uma marca da Máquina de Vendas - irá retomar a comercialização dos mais variados itens e de diversas marcas por meio de seu marketplace, com uma marca totalmente reformulada. E futuramente, voltará a operação própria.

"A empresa chegou ao fundo do poço, mas agora estamos apostando em uma reformulação total e uma pegada mais digital, porém sem megalomania", afirma Bianchi.

Para entender a atual situação da companhia é preciso voltar um pouco no tempo. Após uma consolidação em série de varejistas regionais no começo da década passada feita pela Ricardo Eletro, cujo dono era o empresário Ricardo Nunes, surgiu a Máquina de Vendas.

Além da marca principal, o grupo tinha outras, como a Insinuante Salfer, City Lar e Eletroshopping. O faturamento chegou a R$ 9,5 bilhões em 2014, com 1,2 mil lojas. Porém, com dificuldades de absorver as empresas adquiridas e uma operação digital bem abaixo da concorrência, tudo começou a desandar.

Em 2018, veio a recuperação extrajudicial - graças aos bilhões em dívidas com bancos e fornecedores - e a promessa de que as coisas iriam mudar. Foi nessa época que Bianchi, então sócio do fundo Starboard, entrou no comando da empresa.

A pandemia complicou o cenário da já combalida Máquina de Vendas, que decidiu fechar todas as lojas. Resultado: a receita da empresa foi minguando, de R$ 180 milhões mensais em 2019 para praticamente zero.

Para completar, por dívidas tributárias, Ricardo Nunes foi preso em 2020, acusado de sonegação, mas ficou só um dia na cadeia. Bianchi comprou a participação de Nunes e o antigo dono partiu para a vida de coach.

Durante a pandemia, Bianchi decidiu largar o seu cargo na Starboard para focar totalmente na Máquina de Vendas. Com isso, a sua principal missão foi renegociar todas as dívidas da companhia, que chegam a R$ 4 bilhões, além de mais R$ 1 bilhão em atrasos tributários. O resultado disso tudo foi que a empresa precisou entrar em recuperação judicial.

Presente

Enquanto isso era feito, a empresa se readequou à nova realidade. O número de funcionários - que chegou a ser de 28 mil - está em 40, com a maioria trabalhando de casa e alguns no modelo híbrido, em uma pequena sede em Contagem (MG).

O sistema do e-commerce, que era próprio, foi trocado pelo da VTEX. Com o site novo, Bianchi aposta na atração de vendedores cobrando comissões menores nas vendas em comparação às suas rivais para fazer frente nesse novo momento.

Com essa estratégia, Bianchi estima que a Máquina de Vendas volte a ter vendas brutas de R$ 120 milhões mensais até o fim do ano.

O retorno das lojas físicas está previsto para 2023, começando por São Paulo e Minas Gerais. "Apesar de nunca termos tido lojas em São Paulo, é o mercado que mais compra do nosso e-commerce. E também estamos estudando voltar com algumas marcas, pois há muitos consumidores pedindo a volta de lojas como a Salfer e a Insinuante", diz o presidente.




 

Série A: Botafogo encara Dragão para manter boa fase

 O Atlético goianiense recebe o Botafogo no Estádio Antônio Accioly, neste domingo (24), às 18h30. A partida é válida pela terceira rodada do Brasileirão Série A.


Desfalque nos jogos contra o Ceará, no último domingo, e Ceilândia, nesta quarta-feira, pela Copa do Brasil, o goleiro Gatito Fernández deve retornar normalmente ao gol do Botafogo. Gatito foi preservado das duas viagens para Fortaleza e Brasília para fortalecer o joelho, que estava provocando algumas dores no goleiro. 

Com pouco tempo de trabalho e ainda com reforços estreando, o Botafogo já começa a mostrar um estilo de jogo diferente sob o comando de Luís Castro. Após a vitória sobre o Ceilândia por 3 a 0 na última quarta-feira, pela Copa do Brasil, o treinador foi questionado se o Glorioso já teria sua “cara”. E ele respondeu assim:

“A equipe terá sempre a cara do Botafogo. Isso é individualizar as coisas. O Luís Castro é só mais um na família Botafogo. Estamos na primeira parte longe de fazer o que queremos, e na segunda parte estivemos mais próximos de fazer. Quer dizer que a equipe está a passar por momentos bons, e depois por momentos não tão bons. E nós passamos por momentos horríveis dentro do jogo, agora tivemos a capacidade de colocar a equipe num bom caminho e fazer um bom resultado”, disse Castro.

Santos x América/MG

Santos e América-MG vão se enfrentar neste domingo (24), às 16h, na Vila Belmiro. Nesta semana, tanto a equipe paulista quanto a mineira entraram em campo pela Copa do Brasil.

O Alvinegro Praiano foi até a capital do Paraná e acabou derrotado por 1 a 0 para o Coritiba dentro do Couto Pereira. Já o Coelho foi a Maceió e venceu com tranquilidade o CSA por 3 a 0.

Treinado pelo argentino Fabian Bustos, o Peixe ainda não perdeu no Brasileiro. Empatou com o Fluminense na estreia da competição em uma partida sem gols no Maracanã e ganhou do Coxa por 2 a 1.

O América Mineiro começou perdendo no Brasileirão para o Avaí por 1 a 0, mas se reabilitou na última rodada, quando goleou o Juventude por 4 a 1 em Belo Horizonte.

O técnico Wagner Mancini falou sobre a maratona do Coelho, que disputa Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores da América. “Não tenho a intenção de descaracterizar o grupo, mas se perceber que um ou outro atleta está perto de uma zona de risco devido ao desgaste, poderei tirar do time”, explicou.




Beco da Lama sofre com insegurança; furtos são comuns

 A preocupação com a insegurança nos eventos que acontecem no Centro da cidade, sobretudo no Beco da Lama, na zona Leste de Natal, é unânime entre ambulantes, produtores e frequentadores do local. No último dia 14 de abril, véspera do feriado da Sexta-feira Santa, chamou a atenção uma agressão ao repórter da FM Universitária, Gustavo Sousa, que sofreu golpes no rosto e na cabeça e teve o celular roubado. Comerciantes e visitantes dizem que as denúncias de furtos são constantes, o que vem afastando a população do Beco.


De acordo com o 2º Distrito de Polícia Civil, não há um levantamento do número exato de ocorrências no local, mas os registros são frequentes. “Aqui todo dia tem de cinco a seis BOs que a gente faz, não só sobre furto, mas de ocorrências em geral. Ali tem se tornado um ponto crítico, é preciso reforçar o policiamento ali porque é um canto onde se tem evento toda semana, não é uma coisa isolada”, ressalta um agente, que preferiu não se identificar. Ainda segundo o policial, um inquérito foi aberto para investigar a agressão ao repórter e imagens de câmeras de segurança estão sendo coletadas para identificar o suspeito.

Furtada duas vezes em um período de menos de dois meses no Beco da Lama, a estudante Eloize Cabral, de 25 anos, se diz receosa em voltar ao local que costumava ir. Ela teve o celular furtado pela primeira vez na quinta-feira de Carnaval, fato que se repetiu no último dia 14 de abril. “Nos dois episódios acredito que o furto ocorreu enquanto eu estava transitando de um lugar para outro porque realmente é o momento em que estive mais no meio da multidão. Da primeira vez eu fiquei mais tranquila, tomei aquele choque de início, percebi que fui furtada, mas pensei ‘está tudo bem, pelo menos não foi algo violento, depois eu resolvo’”, relembra.

Após o primeiro furto, Eloize conta que passou a ficar mais atenta nos lugares. “Passei a andar só de pochete, principalmente para o beco, e eu estava com a pochete bem presa ao meu corpo e não estava esperando que isso fosse acontecer de novo porque achava que estava tomando os cuidados para evitar”, conta a estudante. Eloize diz ainda que o segundo furto provocou um efeito emocional diferente. “Quando percebi o furto precisei sair de perto das pessoas, uma amiga me acompanhou. Tive início de uma crise de pânico, taquicardia, respiração ofegante, precisei sentar, me senti desesperada, vontade chorar”, desabafa.


A situação também atinge quem promove eventos. O produtor cultural Anderson Foca, um dos responsáveis pelo Festival DoSol, diz que as reclamações da população denunciam a necessidade de se reforçar a segurança nos locais de festas no Centro da cidade. “Nos eventos do DoSol a gente não teve nenhuma violência física, agressão, não precisamos acionar a segurança para isso, mas nos eventos abertos isso acontece e não é só no Beco. O samba é um evento espontâneo, a cidade abraçou aquela região. As pessoas vão para a rua e sempre que há aglomeração, isso pode ocorrer, então é papel do poder público garantir que os eventos ocorram de forma mais tranquila”, comenta.

Na quarta-feira (20), a reportagem da TRIBUNA DO NORTE esteve no Beco da Lama para acompanhar a movimentação no local, que recebeu bom público na véspera do feriado de Tiradentes. O número de visitantes, no entanto, foi menor do que o registrado na véspera do feriado da semana anterior. Mesmo assim, muitas pessoas circularam pelo Bar da Meladinha, Borogodó, Bar de Nazaré e Bardallos, alguns dos principais pontos da região.

Como de costume, a noite do Beco teve início por volta das 19h com o projeto Quinta Que Te Quero Samba e se estendeu pela madrugada. O secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Civil (Sesed), Coronel Francisco Araújo, disse que o policiamento na área será reforçado às quintas-feiras. “A gente lamenta que essas práticas venham acontecendo ali no Centro, mas já mandamos reforçar o policiamento ali na região. Dácio [Galvão, secretário de Cultura de Natal], inclusive, ligou para mim pedindo essa força ali no patrulhamento e assim será feito para garantir uma noite segura para todos”, disse o chefe da segurança do Estado.

Conforme constatado pela TN, o policiamento contou com três viaturas da Polícia Militar, que se revezavam no patrulhamento por todo o quarteirão. Segundo os próprios militares, a noite foi tranquila “sem maiores alterações”. Os policiais ficaram estacionados em uma “base” na Ulisses Caldas e contaram com o apoio de viaturas que já faziam o patrulhamento regular na região. 


A Guarda Municipal de Natal (GMN) também informou que pretende reforçar as rondas na Cidade Alta em dias de eventos. “A gente vai intensificar o patrulhamento nessas áreas e vamos ver com o setor de inteligência os locais onde os furtos estão acontecendo mais. Por isso que é importante o registro, o boletim de ocorrência, porque nos ajuda a mapear as áreas mais sensíveis e assim prestar esse apoio. É uma soma de forças, da Guarda, da PM, da Civil e também da população”, destaca Rozivam Valle da Costa, comandante da GMN.

Insegurança gera protestos de frequentadores

O comerciante Bruno Sabino, que organiza uma roda de samba na frente do Bar Borogodó, diz que fará uma pausa nos eventos em protesto contra a insegurança no local. “A gente vai dar uma parada agora em maio, depois vamos pensar no que fazer porque do jeito que está não tem como. Vários e vários clientes chegam para mim e dizem que vão parar de vir porque estão com medo. É triste, é vergonhoso, porque vendem um local revitalizado, reformado, mas não oferecem segurança para o povo frequentar. Isso não pode, por isso que a gente tem que fazer essa crítica. Fica ruim para todo mundo”, pontua o empresário.

Antônia da Silva, que também é dona de um bar nas imediações, endossa o coro contra a insegurança e também diz ter perdido clientes. “Acontece muito do pessoal deixar de vir por medo. A gente não quer isso, a gente quer que tenha segurança para os clientes se sentirem à vontade, mais tranquilos. A gente sente muita falta de ter um policiamento ativo aqui, principalmente nos dias mais movimentados, falta o poder público chegar junto para apoiar. Se o cliente deixa de vir, o local deixa de existir, os comerciantes param de vender. Vamos torcer para que a partir de agora nossos governantes façam algo”, comenta a empresária.

O estudante André Nóbrega, 22 anos, relaciona o cenário de insegurança à pandemia de covid-19. Segundo ele, após longo período de isolamento e reabertura dos eventos culturais, as pessoas passaram a sair de casa ao mesmo tempo para um mesmo local. “Isso também provocou o aumento da desigualdade social e consequentemente o aumento da marginalidade. Muitas pessoas passaram a frequentar o beco, acho que até mais do que antes da pandemia, e também muitos viram nisso a oportunidade de praticar roubos e furtos. Uma coisa meio que esbarrou na outra”, conta.

Quem também frequenta o beco e reclama da falta de segurança é a estudante Mariana Nunes. “A gente sempre vem aqui e realmente todo mundo reclama. Além dos furtos, outra coisa que acontece com frequência é a questão do assédio, principalmente quando tem muita gente. O pior é que a gente não encontra policiamento”, ressalta.