Ao mesmo tempo, a instituição sinalizou que, no próximo encontro, marcado para o início de agosto, pode manter a taxa no atual patamar ou efetuar novo corte, mas de menor intensidade.
Na avaliação do empresário Caio Fernandes, este cenário, aliado ao aumento da procura, pode alavancar o segmento imobiliário, apesar da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus.
Nesta entrevista exclusiva ao Agora RN, o empresário – fundador da imobiliária homônima, fala sobre os impactos da crise no setor e comenta ainda prováveis tendências de mercado no pós-pandemia. Confira:
AGORA RN – Compra e venda de imóveis. Qual o horizonte desse mercado com a pandemia do coronavírus?
CAIO FERNANDES – Possibilidades infinitas, sem dúvidas. Temos atualmente a menor taxa Selic da história, o que afeta diretamente os investimentos financeiros. Como consequência, há uma redução das taxas de juros de financiamentos, facilitando e barateando a compra do imóvel. Somo a isso a necessidade crescente de morar bem, já que a tendência é que fiquemos muito mais tempo em nossos lares. Sou convicto de que imóvel sempre foi um grande investimento, mas, dentro da nossa realidade atual, é imbatível.
AGORA – O senhor já viveu do céu ao inferno no mercado imobiliário nessas últimas décadas. O senhor considera que o mercado tem lições a tirar desse momento?
CF – Sempre temos lições para tirar de todos os acontecimentos, sobretudo quando tratamos dos difíceis. Acredito que o mercado imobiliário ganha com a capacitação dos profissionais e com a qualidade do atendimento e da consultoria prestada. Quem é bom ficará melhor. Quem não é provavelmente não ficará no nosso mercado.
AGORA – Houve um tempo em que o mercado só queria imóveis grandes. Depois, só buscava imóveis pequenos. Com o home office, o senhor acredita em novas mudanças agora?
CF – Já vínhamos notando um crescimento na procura pelos imóveis de médio e alto padrão na imobiliária Caio Fernandes. Acho que, agora, há uma tendência natural de se morar cada vez melhor, com mais conforto e qualidade de vida.
AGORA – Em poucas palavras, o que o senhor diria às pessoas neste momento tão delicado?
CF – Os bons e maus momentos sempre passarão, mas é fundamental que cresçamos e saiamos melhor disso. Estamos dando mais valor à vida e às pequenas coisas, então espero que isso não se perca novamente no nosso dia a dia. Encontrar propósito no que fazemos e viver intensamente.