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terça-feira, 2 de junho de 2020

Carroceiros colocam fogo em pneus como protesto por cestas básicas em Parnamirim; VEJA VÍDEO

https://youtu.be/PQpycaeM8SE

Carroceiros estão colocando fogo em pneus como protesto no bairro de Rosa dos Ventos, em Parnamirim, na Grande Natal. A motivo da revolta foi a suspensão das entregas de cestas básicas do Centro de Referência de Assistência Social (Cras).

O movimento começou por volta das 9h30 e até às 11h ainda seguia. Os funcionários da prefeitura e policiais tentaram acalmar a população para liberar a via.

As entregas das cestas básicas estão suspensas, pois encontram-se em processo final da licitação. Em contato com o Agora RN, a Prefeitura do município afirmou que a distribuição será retomada até sexta-feira (5).




Pacientes são transferidos, e UPA de Parnamirim é reaberta após dois dias

Por causa da superlotação, a unidade havia fechado as portas no sábado (30) para dedicar a assistência apenas aos que já estavam internados
Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Nova Esperança, localizada em Parnamirim, na Grande Natal, voltou a atender novos pacientes na noite desta segunda-feira (1º). Por causa da superlotação, a unidade havia fechado as portas no sábado (30) para dedicar a assistência apenas aos que já estavam internados.

Foram dois dias de suspensão de novos atendimentos. Com capacidade para apenas 19 leitos, a UPA de Parnamirim chegou a ter 25 pacientes internados no sábado, a maioria dos doentes diagnosticados com a Covid-19. Apenas novos casos de pediatria estavam sendo acolhidos.

De acordo com o diretor-geral da UPA, Henrique Costa, o atendimento foi normalizado nesta segunda porque 13 pacientes foram transferidos.

Desse total, 7 foram encaminhados para o Hospital Municipal de Campanha, que foi aberto nesta segunda; 2 foram transferidos para o Hospital Márcio Marinho, em Pirangi do Norte; outros 2 foram levados para o Hospital Giselda Trigueiro; 1 está no Hospital da Polícia Militar; e outro foi transferido para o Hospital Luiz Antônio, da Liga.

Com isso, até a publicação desta reportagem, na noite desta segunda, a UPA tinha 10 pacientes internados (8 na Sala Amarela e 2 na Sala Vermelha-CTI) e mais um na sala de estabilização.

Hospital de Campanha

Nesta segunda, a Prefeitura inaugurou o Hospital Municipal de Campanha. A estrutura foi montada no Centro Especializado em Reabilitação (CER), no bairro Vida Nova, e contará com 44 leitos de internação, para dar apoio aos pacientes de Covid-19 com sintomas leves e moderados.

Na primeira fase, serão 14 leitos disponíveis, sendo dois de estabilização exclusivos para pacientes graves. A função desses leitos é manter o paciente estável, até que ele possa ser transferido com segurança para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O espaço é diferenciado dos demais, pois conta com respiradores e outros equipamentos avançados.

segunda-feira, 1 de junho de 2020

Superlotada, UPA de Parnamirim suspende novos atendimentos

De acordo com Secretaria Municipal de Saúde, Parnamirim tem confirmados até este sábado 766 casos de Covid-19, sendo que 17 pacientes morreram por causa da doença
Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Nova Esperança, localizada no município de Parnamirim, na Grande Natal, suspendeu a realização de novos atendimentos na noite deste sábado (30). Até a publicação desta reportagem, a unidade atendia apenas pacientes já internados.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o motivo para o fechamento é a superlotação da unidade com casos confirmados e suspeitos de Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus.

Em nota, a pasta disse que a suspensão tem o objetivo de “normalizar o fluxo no pronto-atendimento da unidade de saúde e seguir toda a normatização de segurança dos pacientes e dos profissionais de saúde”.

O diretor da UPA, Henrique Costa, disse ao Agora RN que, na noite deste sábado, havia 24 pacientes internados no local utilizando suporte de oxigênio. Desses pacientes, 9 tinham diagnóstico positivo confirmado para coronavírus e 15 eram considerados casos suspeitos.

“Está no limite do limite. Neste momento, está fechado o atendimento na UPA. Não tem condições de atendimento extra. Se entrar (novos pacientes), vai ser negligência nossa, porque não tem como atender. São decisões duras, pesadas, mas a gente tem que tomar”, afirmou Henrique, em uma mensagem de áudio encaminhada à equipe no início da noite. A autenticidade da mensagem foi confirmada pelo Agora RN.

À reportagem, o diretor da UPA frisou que a suspensão para novos atendimentos é temporária e que, assim que a situação estiver estabilizada, as consultas a novos pacientes serão retomadas. Segundo ele, as portas da unidade foram fechadas por volta das 19h e devem ficar assim até a madrugada deste domingo (31). Homens da Guarda Municipal ajudam na segurança da unidade.

A UPA Nova Esperança é a única de Parnamirim. Com a suspensão dos atendimentos, não há uma orientação sobre que serviço os moradores da cidade devem procurar caso precisem de assistência em saúde. No município, além da UPA, existe o Hospital Márcio Marinho, em Pirangi do Norte, e o Hospital Regional Deoclécio Marques de Lucena. Um hospital de campanha com 44 leitos deve ser aberto na segunda (1º).

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, Parnamirim tem confirmados até este sábado 766 casos de Covid-19, sendo que 17 pacientes morreram por causa da doença. Além disso, outros 894 estão em investigação. Segundo a pasta, 197 foram curados e 1.039 casos foram descartados.

Procurada na noite deste sábado, a secretária municipal de Saúde, Terezinha Rêgo, não retornou aos contatos da reportagem

terça-feira, 26 de maio de 2020

Artistas chegam a faturar mais de 1 milhão de reais com lives

Especialistas falam sobre a evolução do formato, investimento das marcas nos shows ao vivo e o futuro das transmissões pós-pandemia
Desde que a quarentena pela pandemia de Covid-19 começou no Brasil, diversos artistas já se apresentaram de casa com transmissão ao vivo. Gusttavo Lima foi um dos pioneiros do novo modelo de shows e fez uma apresentação histórica com cerca de cinco horas de duração.

Se hoje as lives viraram um fenômeno, há alguns anos, a situação era bem diferente. Segundo Filipe Callil, CEO da ClapMe, empresa que trabalha com live streaming desde 2013, era um desafio provar a importância das transmissões ao vivo.

"A gente tinha uma dificuldade em convencer as pessoas que elas tinham que fazer live, principalmente artistas. Eles costumavam dizer 'a transmissão ao vivo vai comprimir meu áudio, vai deixar minha voz anasalada. Cantar na minha casa? Imagina, vai expor minha privacidade e minha família...'", relembra o empresário, que começou a ver uma mudança de comportamento quando o Facebook implementou a ferramenta de lives por conta das Olímpiadas de 2016 e, pouco tempo depois, também no Instagram.

Com a pandemia, as transmissões ao vivo se tornaram a única alternativa para o mercado musical obter receita e os artistas acabaram se rendendo ao formato. Atualmente, Filipe estima que grandes nomes da música, como Luan Santana e Marília Mendonça, possam faturar mais de 1 milhão de reais cada um por live.

"Isso só de patrocínio, porque há um impasse com relação ao pagamento do YouTube em cima das views. Mas se eles fecham três cotas de 300 mil reais cada uma nas lives...", declara.

O que as marcas procuram?

As transmissões ao vivo também fizeram as empresas e especialistas de marketing saírem da caixinha. Filipe explica que a live nunca foi vista como uma ferramenta de compra de mídia, como acontece agora.

"Muitos pensavam: 'Por que vou botar minha grana numa live do Gusttavo Lima e, de repente, ter a imagem da minha marca atrelada a algo não muito legal, se posso comprar mídia no YouTube ou em um portal, onde tenho segurança?' Na quarentena, a live começou a ganhar audiência, repercussão e virou basicamente a saída para todo mundo."

Thays Almendra, CEO da Social Digital BR e especialista em planejamento estratégico de projetos digitais e marketing de influência, afirma que desde o início da pandemia surgiram inúmeros pedidos de anúncios em lives. Para atender as marcas e indicar um artista, Thays diz que precisa entender as necessidades individuais.

"A primeira pergunta que eu faço é: qual seu objetivo? Se a marca 'x' quer o maior alcance de todos com total de views de 15 milhões, você pensa em Gusttavo Lima ou Simone e Simaria. Tem marca que investe em lives pequenas, porque ela quer de fato alcançar o público nichado daquele artista. Mas, muito mais do que ter alcance, uma live tem que ter alguma relevância tanto para a marca, quanto para o artista", explica.

Thays afirma que a live por si só não vai trazer a conversão imediata que a marca procura, pois existe todo um fluxo de compra (interação com QR code ou cross com outras mídias, por exemplo). Mas, diante da grande visibilidade dos shows ao vivo, ela acredita que o investimento seja o mais vantajoso atualmente.

"A live está na crista da onda e os clientes vão querer estar por trás dela. Os olhos das pessoas estão voltados para o digital, principalmente para o YouTube. Cresceu muito a procura de quem não usava essa ferramenta (75% de aumento na faixa etária de 35 a 54 anos, segundo dados da Kantar). Se você for ver o ibope no momento que passa seu comercial na TV e a quantidade de pessoas atingidas, o alcance que determinadas lives têm, muitas vezes, é maior. Acho que uma coisa não anula a outra, mas se você tem só uma grana pra investir, eu investiria na live."

Futuro das lives pós-pandemia

Para Filipe, o uso do streaming e as ramificações em cima deste mercado que vão surgir daqui pra frente são um caminho sem volta.

"Se antes já era uma tecnologia latente, prestes a explodir, agora, a marca que não fizer ativações pensando em live, depois da quarentena e do boom das lives, vai estar para trás. Não dá pra prever os novos produtos e ideias que virão, fugindo da parte da música, esporte, gastronomia para outras frentes. Mas a gente quer estar na guarda como autoridade e ditador de tendência. É briga de cachorro grande", avalia o especialista.

Thays engrossa o coro e declara que, apesar de as lives já serem tendência entre gamers e grandes festivais no passado, foi aceita pelos músicos e veio para ficar.

"O digital virou o foco da campanha, trouxe autenticidade para os conteúdos. Os artistas e influenciadores vão repensar que as pessoas querem estar mais próximas deles. O que acho que vai cair são influenciadores fakes que não dão a cara a tapa. Pode ser em live, ou em outro formato que vier pós-pandemia, o que vai impactar de fato é a realidade, o que está acontecendo na sua casa? A live veio a partir disso, dentro da casa do artista e do influenciador", sugere.

Professora mossoroense fica gravemente ferida em acidente de trânsito no Ceará

Professora é filha de Crispiniano Neto, presidente da Fundação José Augusto (FJA)
psicopedagoga Penélope Crispiniano, natural de Mossoró (RN), ficou gravemente ferida em um acidente de trânsito ocorrido na manhã deste domingo (24) no município de Aracatí no estado do Ceará. Professora é filha de Crispiniano Neto, presidente da Fundação José Augusto (FJA).

Segundo informações, a vítima, que trabalha em uma escola na zona rural de Aracati, teria perdido o controle da direção do seu veículo e colidiu com um poste de iluminação na entrada de uma praia do município.

Com a força da colisão, o carro ficou bastante danificado do lado da motorista. A professora sofreu traumatismo craniano e foi transferida de helicóptero da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (CIOPAER), para o Instituto José Frota (IJF), de Fortaleza. As causas do acidente não foram informadas.

Luiz Almir sugere que violência doméstica tem aumentado por falta de sexo na quarentena

Em sessão na Câmara, parlamentar brincou com o assunto e disse que brigas conjugais têm acontecido porque homens não estariam satisfazendo o desejo das mulheres
vereador Luiz Almir (PSDB) sugeriu nesta segunda-feira (25) que o aumento da violência contra a mulher no Rio Grande do Norte tem sido motivado pela falta de sexo entre os casais durante o período de isolamento social provocado pela pandemia do novo coronavírus.

Em outras palavras, o parlamentar disse que brigas conjugais têm acontecido porque homens não estariam satisfazendo o desejo das mulheres. “O cara quer fazer sexo uma vez por mês… aí lá vai o cacete e a confusão é grande”, afirmou o vereador, ao indicar o que, para ele, origina as agressões.

A fala de Luiz Almir aconteceu durante uma reunião da Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final da Câmara Municipal de Natal. Durante a sessão, o vereador Fúlvio Saulo Mafaldo (Solidariedade) pediu a palavra para comentar o aumento no número de casos de violência contra a mulher no Estado.

Nesta segunda, uma reportagem do Agora RN mostrou que, durante o período de isolamento social, os registros de casos de violência doméstica aumentaram 258% no Rio Grande do Norte. De acordo com um estudo do Observatório da Violência Letal e Intencional (Obvio), entre 12 de março e 18 de maio, o sistema estadual de segurança registrou 739 casos de violência doméstica. Ou seja, a média é 10 agressões casos por dia. No ano de 2019, durante o mesmo período, as agressões somaram 206 casos, o que representa três atos violentos durante as 24 horas.

Para Fúlvio Saulo, além de disponibilizar ferramentas de denúncias para as mulheres, o poder público precisa dar assistência emocional para as vítimas e os agressores. “A Prefeitura do Natal tem que se preparar para o novo momento que a gente vive. (…) São pessoas que estão doentes emocionalmente”, afirmou o vereador, cobrando que o Município escale psicólogos e psiquiatras para atenderem nas unidades básicas de saúde.

Ao comentar a declaração do colega, Luiz Almir disse que o apoio emocional é mais responsabilidade da família do que do poder público, mas defendeu punição severa para agressores de mulheres. “O homem que bate numa mulher não é homem. Tem que ser uma cadeia segura. Se não quer a mulher, deixa”, afirmou o vereador.

Ele ainda colocou em dúvida a necessidade de apoio emocional para os agressores. “Nada justifica isso. Se é doido, por que não pula da ponte? Por que não bota um cabo de vassoura no rabo? Quando não quer mais, separe. Ninguém é dono de ninguém”, argumentou o vereador do PSDB.

O vereador Fúlvio Saulo advertiu que a violência doméstica tem múltiplas facetas e que nem sempre é o companheiro agredindo a mulher. “Às vezes é o pai agredindo uma filha, um filho agredindo uma mãe. Não é só o marido batendo na mulher. Essa pessoa precisa de acompanhamento”, defendeu.

Foi então que Luiz Almir interrompeu o colega para contar uma história. Aos risos, ele afirmou que os pacotes de preservativos com 12 unidades são recomendados para homens e mulheres casados há muito tempo e que cada camisinha é usada uma vez por mês. “O cara quer fazer sexo uma vez por mês… aí lá vai o cacete e a confusão é grande”, disse.

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
O isolamento social provocado pela pandemia da Covid-19 tem exposto mulheres a mais episódios de violência dentro de casa. Os relatos de agressões explodiram desde que casais passaram a conviver mais juntos por causa de práticas como o home office.

Em recente debate na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, a promotora de Justiça Erica Canuto, coordenadora do Núcleo de Apoio à Mulher Vítima de Violência do Ministério Público Estadual, disse que todo o Estado tem registrado mais casos de agressões a mulheres, e também feminicídios.

A promotora cobrou ações para combater o avanço da violência contra as mulheres no Rio Grande do Norte. “Pelo número de violência no País, o quinto do mundo que mais mata mulheres, temos o dever de nos anteciparmos em políticas públicas. Não podemos esperar a morte da mulher, tem que se antecipar para evitar que ela aconteça. O Estado precisa se aparelhar, precisa ter Casa Abrigo Estadual, as mulheres do interior não têm para onde recorrer, para onde ir e se refugiar”, afirmou.

Ainda de acordo com a representante do Ministério Público, o isolamento social se transformou em um fator de risco para as mulheres porque a “casa é um lugar perigoso” para elas.

segunda-feira, 25 de maio de 2020

Menino de 9 anos mata irmã de 7 com tiros de arma artesanal durante brincadeira no PR

O avô das crianças, responsável pela arma, pode responder por omissão da guarda e posse ilegal de arma de fogo
Uma tragédia choca a cidade de Mariluz, no Noroeste do Paraná. Uma menina de sete anos morreu após levar um tiro de uma arma artesanal na tarde deste sábado (23)

O irmão dela, de nove anos, é o suspeito de ter efetuado os disparos. A garota levou cinco tiros pelo corpo, incluindo na cabeça.

De acordo com o Boletim de Ocorrência (BO), a criança estava brincando com outras crianças quando a tragédia aconteceu.

Silvio Santos barra principal telejornal do SBT após repercussão de reunião

Deputado Fábio Faria (PSD-RN), teria feito chegar ao sogro reclamaçãoo do chefe da Secom a respeito do jornal sobre vídeo da reunião ministerial de 22 de maio
SBT não exibiu neste sábado (23) seu principal telejornal, o SBT Brasil. Esta é a 1ª vez que o programa não foi ao ar desde sua estreia, em 2005.

De acordo com o colunista do UOL Mauricio Stycer, a decisão partiu do próprio dono do SBT, Silvio Santos. Teria sido informada aos funcionários da emissora ao longo da tarde de sábado, quando eles trabalhavam na edição que não chegou a ser televisionada. O empresário, segundo o UOL, teria ouvido reclamações de governistas sobre a cobertura do SBT Brasil a respeito do vídeo da reunião ministerial de 22 de maio.

Silvio Santos é apoiador do presidente Jair Bolsonaro. Uma de suas filhas, Patrícia Abravanel, é casada com o deputado Fábio Faria (PSD-RN). De acordo com o site Na Telinha, do UOL, Faria teria feito chegar ao sogro reclamação que teria recebido do chefe da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência), Fabio Wajngarten, a respeito do telejornal. Essa informação não foi confirmada pelo Poder360.

O pivô do descontentamento dos bolsonaristas seria a abordagem de reportagens que trataram da reunião ministerial de 22 de abril, na qual Bolsonaro fala sobre troca na “segurança no Rio de Janeiro“. O ex-ministro da Justiça Sergio Moro afirma que o presidente revelou ali desejo de interferir na Polícia Federal por interesse pessoal.

No horário em que o telejornal iria ao ar neste sábado, às 19h45, a emissora exibiu uma reprise do programa Triturando. Não houve nenhum aviso da mudança aos telespectadores. A página do site da emissora com a programação para este sábado (23.mai) manteve a grade com a previsão de exibição do SBT Brasil.

A não exibição do telejornal motivou críticas nas redes sociais. Os termos “SBT Brasil” e “Silvio Santos” chegaram à lista dos mais comentados do Twitter na noite deste sábado (23.mai).

SBT não se manifestou a respeito da mudança em sua programação.

Sob Bolsonaro, militarização na Saúde bate recorde e ultrapassa ditadura

Levantamento do Metrópoles mostra que são ao menos 18 militares em cargos de chefia. Um feito inédito em 56 anos
Ministério da Saúde nunca esteve tão verde-oliva. Sequer nos 21 anos da ditadura militar um oficial chegou ao posto máximo do órgão. Pelo contrário. Em um dos períodos mais obscuros da história recente do país, nenhum dos oitos ministros nomeados pertenciam às Forças Armadas.

Após a saída consecutiva de dois titulares da pasta — o médico ortopedista Luiz Henrique Mandetta e o oncologista Nelson Teich —, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) conduziu o general do Exército Eduardo Pazuello ao cargo.

Ao todo, segundo levantamento do Metrópoles, com base em nomeações publicadas no Diário Oficial da União (DOU), são ao menos 18 oficiais em cargos de chefia e estratégicos, como de orçamento, planejamento, logística, contabilidade, avaliação de programas e assessorias especiais. Um feito inédito em 56 anos. A pasta nunca esteve com tantos oficiais em cadeiras de comando.

Desde a chegada de Teich, a pasta vinha sendo povoada por militares. Somente ele conduziu — por intermédio do Palácio do Planalto — ao menos cinco nomes das Forças Armadas. Com Pazuello no comando, o índice saltou. O general nomeou 13 oficias para cargos de chefia nos segundo e terceiro escalões (vejas listas no fim da reportagem).

Pela história

Nos primeiros dias da ditadura, os militares colocaram interinamente na chefia da Saúde Vasco Tristão Leitão da Cunha, formado em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro. Ele ficou no cargo por oito dias durante a formação do governo e deu lugar a um médico-cirurgião cardiovascular.

Os especialistas da área da saúde não deixaram mais a cadeira de ministro. Por lá, passaram diplomados em clínica cirúrgica, imunologia, virologia, saúde pública, sanitaristas, entre outros.

Para o cientista político e professor da Universidade de Brasília (UnB) Wladimir Gramacho, ocupar o Ministério da Saúde com militares é um “equívoco aventureiro”.

“Seria como colocar médicos sanitaristas para comandar o Ministério da Defesa em meio a uma guerra. Pode dar certo? Pode. Mas para que correr esse risco agora? Quem vai pagar pelo risco de aprendizado dos militares na saúde?”, pondera.

O especialista acredita que os militares são uma corporação de alto nível, treinada e organizada de forma eficiente, mas alerta: “No caso do enfrentamento à pandemia, podem ajudar muito com questões logísticas, no contato com a população e, excepcionalmente, até na garantia da ordem pública. Mas as questões de saúde devem estar a cargo dos profissionais da área. Militares e sanitaristas devem trabalhar juntos nesta crise, mas cada um deles dirigindo a organização que conhece bem. Erros elementares neste momento são imperdoáveis”, avalia.

Os ministros da Saúde durante a ditadura militar:

Vasco Tristão Leitão da Cunha (06/04/64 a 14/04/64)
Formação: ciências jurídicas e sociais pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro

Raimundo de Moura Britto (15/04/64 a 14/03/67)
Formação: cirurgião cardiovascular pela Faculdade Nacional de Medicina no Rio de Janeiro

Leonel Tavares Miranda de Albuquerque (15/03/67 a 29/10/69)
Formação: especialista em clínica cirúrgica pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro

Francisco de Paula da Rocha Lagoa (30/10/69 a 18/06/72)
Formação: especialista em imunologia, virologia e saúde pública pela Faculdade Fluminense de Medicina

Mário Machado de Lemos (19/06/72 a 14/03/74)
Formação: médico pela Faculdade de Medicina da Bahia e funcionário concursado do então Ministério da Educação e Saúde

Paulo de Almeida Machado (15/03/74 a 14/03/79)
Formação: médico pela Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil

Mário Augusto J. Castro Lima (15/03/79 a 29/10/79)
Formação: médico pela Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Waldyr Mendes Arcoverde (30/10/79 a 14/03/85)
Formação: médico sanitarista pela Universidade Federal do Paraná

Realidade vs discurso

A condução de militares para a pasta gera um debate. O discurso negacionista da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, vindo da ala ideológica do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) esbarra na prática adotada pelas Forças Armadas, sobretudo o Exército, ao longo da história que se pauta pela ciência.

O sociólogo Antônio Carlos Mazzeo, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), alerta que usar as Forças Armadas como uma executora de ordens da presidência é um risco. “Ele [o presidente Bolsonaro] se deu o direito de demitir dois médicos que estavam no Ministério da Saúde. Chega a uma situação que de fato fica insustentável”, frisa.

“Algumas pesquisas apontam que já tem 50% de pessoas dizendo que o governo não tem política para a crise. Temos uma crise política permanente que agrava a situação sanitária. O abominável discurso como o de que as pessoas têm mesmo que pegar a doença”, rechaça.

Servidores de carreira incomodados

O secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo, afirma que o governo tem usado os militares para implementar um política “genocida” no combate à pandemia.

“O papel do militar não é cumprir missões de especialistas, mas, sim, proteger fronteiras, garantir a ordem. O que vemos hoje no Ministério da Saúde é um amontoado de militares que não têm perfil para o combate. Sabemos que nenhum dos oficiais fez medicina. A partir do momento que o governo nomear [especialistas], será possível combater a Covid-19”, critica.

Versão oficial

Em nota, o Ministério da Saúde informou que “possui um corpo técnico de servidores qualificados” e que mantém a normalidade das atividades da pasta, mas não falou sobre a presença de militares em cargos de chefia.

“Cabe ressaltar que a estratégia de resposta brasileira à Covid-19 não foi prejudicada em nenhum momento. As ações de atenção à saúde, aquisição de insumos e equipamentos continuam sendo adotadas e reforçadas pela pasta a partir de necessidades da população, bem como todas as políticas públicas de saúde”, destaca o texto.

A pasta defende que “as ações de enfrentamento ao coronavírus são intersetoriais, envolvendo todos os órgãos do governo federal”. “As recomendações da pasta são realizadas conforme a compreensão da evolução da doença e de acordo com o cenário epidemiológico no país, com o objetivo da estruturação dos serviços de saúde e viabilizar atividades essenciais, diante da emergência por coronavírus”, conclui o comunicado.

Metrópoles procurou o Palácio do Planalto e o Exército, mas os órgãos preferiram não comentar. O espaço continua aberto para esclarecimentos.

Os militares nomeados pelo ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello:

  • André Cabral Botelho, subtenente de infantaria, coordenador de contabilidade
  • Ramon da Silva Oliveira, major, coordenador-geral de Inovações de Processos de Estruturas
  • Giovani Cruz Camarão, subtenente, coordenador de Finanças do Fundo Nacional de Saúde (FNS)
  • Alexandre Magno Asteggiano, capitão, assessor
  • Marcelo Sampaio Pereira, tenente-coronel, diretor de programa
  • Vagner Luiz da Silva Rangel, tenente-coronel, coordenador de execução orçamentária
  • Luiz Otávio Franco Duarte, coronel, assessor especial do ministro
  • Angelo Martins Denicoli, major, diretor do Departamento de Monitoramento e Avaliação do SUS
  • Mario Luiz Ricette Costa, tenente, na Subsecretaria de Planejamento e Orçamento
  • Alexandre Martinelli Cerqueira, coronel, subsecretário de Assuntos Administrativos
  • Laura Triba Appi, 1º Tenente, como assessora da Secretaria-Executiva
  • Celso Coelho Fernandes Júnior, major,  o cargo de coordenador-Geral de Acompanhamento e Execução de Contratos Administrativo
  • Paulo César Ferreira Júnior, capitão, diretor de Programa da Secretaria- Executiva

Os militares nomeados pelo ex-ministro da Saúde, Nelson Teich:

  • Jorge Luiz Kormann, tenente-coronel, diretor de Programa
  • Marcelo Blanco Duarte, tenente-coronel, assessor no Departamento de Logística
  • Paulo Guilherme Ribeiro Fernandes, tenente-coronel, coordenador-geral de Planejamento
  • Reginaldo Machado Ramos, tenente-coronel, diretor de Gestão Interfederativa e Participativa
  • Emanuella Almeida Silva, terceiro-sargento, coordenadora de Pagamento de Pessoal e Contratos Administrativos

Prefeitura de Parnamirim estabelece retomada gradativa do comércio

Decreto foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM) deste sábado (23)
Prefeitura de Parnamirim, na Região Metropolitana de Natal, estabeleceu, por meio de decreto publicado no Diário Oficial do Município (DOM) deste sábado (23), a retomada grativa das atividades do comércio na cidade.

O decreto, que já está em vigor, prevê a abertura gradativa de açougues, lotéricas, clínicas, indústrias, dentre outros, das 8h às 16h. Já supermercados, serviços funerários, farmácias, hotéis e panificadoras, poderão retornar aos horários normais de funcionamento.

Segundo o decreto, festas, sessões de cinemas e demais eventos que acarretem aglomerações, permanecem proibidos. Bares e restaurantes devem continuar o atendimento por delivery. Atividades religiosas só deverão ser realizadas por meio virtual e serviços essenciais que funcionem em shoppings e centros comerciais devem manter expediente das 8h às 16.

O texto determina ainda que os estabelecimentos da cidade devem cumprir uma norma de distanciamento entre clientes, equivalente ao mínimo de 1,5 metro, com sinalização de marcadores no chão. Tabém só deve ser permitido o acesso de uma pessoa por vez aos estabelecimentos.