De acordo com o colunista do UOL Mauricio Stycer, a decisão partiu do próprio dono do SBT, Silvio Santos. Teria sido informada aos funcionários da emissora ao longo da tarde de sábado, quando eles trabalhavam na edição que não chegou a ser televisionada. O empresário, segundo o UOL, teria ouvido reclamações de governistas sobre a cobertura do SBT Brasil a respeito do vídeo da reunião ministerial de 22 de maio.
Silvio Santos é apoiador do presidente Jair Bolsonaro. Uma de suas filhas, Patrícia Abravanel, é casada com o deputado Fábio Faria (PSD-RN). De acordo com o site Na Telinha, do UOL, Faria teria feito chegar ao sogro reclamação que teria recebido do chefe da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência), Fabio Wajngarten, a respeito do telejornal. Essa informação não foi confirmada pelo Poder360.
O pivô do descontentamento dos bolsonaristas seria a abordagem de reportagens que trataram da reunião ministerial de 22 de abril, na qual Bolsonaro fala sobre troca na “segurança no Rio de Janeiro“. O ex-ministro da Justiça Sergio Moro afirma que o presidente revelou ali desejo de interferir na Polícia Federal por interesse pessoal.
No horário em que o telejornal iria ao ar neste sábado, às 19h45, a emissora exibiu uma reprise do programa Triturando. Não houve nenhum aviso da mudança aos telespectadores. A página do site da emissora com a programação para este sábado (23.mai) manteve a grade com a previsão de exibição do SBT Brasil.
A não exibição do telejornal motivou críticas nas redes sociais. Os termos “SBT Brasil” e “Silvio Santos” chegaram à lista dos mais comentados do Twitter na noite deste sábado (23.mai).
O SBT não se manifestou a respeito da mudança em sua programação.
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