“A comida não é só o que está no prato, ela tem uma história. É importante conhecer de onde vem o alimento e os motivos do nosso consumo”. É assim que o jovem Francisco Queiroz, de 21 anos, define a relação com a alimentação no dia a dia. Ele criou, no início de 2019, o “Comida de Verdade”, projeto que busca difundir a comida vegana entre os potiguares.
Francisco é estudante de Ciências Sociais na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e desenvolveu, em grupo, uma pesquisa sobre agricultura familiar. Este foi o início do interesse pela origem do alimento e, consequentemente, o jovem começou a se conectar com a cozinha, quebrando os estigmas sociais e esteriótipos que envolvem o assunto.
De lá para cá, Francisco participou de vários eventos na capital potiguar, como o Festival Camomila. “Fico feliz vendo as outras pessoas felizes, faz parte da mensagem que quero passar. Dá para descobrir novas texturas e novos sabores com a alimentação baseada em tudo que vem da terra”, disse.
“Não adianta comprar um hambúrguer vegano industrializado e achar que isso vai mudar algo. Essas grandes corporações só lucram. Algo que eu recomendo e tento fazer sempre é comprar de produtores locais justamente para incentivar e, também, mudar essa realidade”, argumentou Francisco sobre o crescente movimento de produtos veganos industrializados no país.
O objetivo do potiguar, agora, é expandir conhecimento sobre a nutrição proporcionada pelo veganismo. “Antes eu não acreditava no potencial do ‘Comida de Verdade’, mas venho me surpreendendo porque está crescendo e está sendo incrível. Já vemos grandes eventos na cidade procurando uma alimentação vegana para oferecer”, afirmou.