Passado o primeiro ano dos governos Bolsonaro (Brasil) e Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte), avizinha-se a eleição municipal. O natalense voltará às urnas em outubro próximo para escolher o prefeito de Natal e 29 vereadores.
Esse tempo que passou ainda não foi suficiente para romper o clima de polarização que se criou no País em 2018 entre bolsonaristas e petistas. Se você não é bolsonarista, é petistas e/ou comunista. Se não é lulopetista, é bolsonarista/fascista. Como se a o espectro ideológico da vida política brasileira a isso se resumisse.
Será que o Brasil é só isso mesmo? Somos tão pobres de ideias assim? O fato é que esse cenário se reproduz aqui em Natal. A pobreza de ideias no debate político leva a esse simplismo reducionista.
Esses dias vi numa rede social (não lembro qual) uma pessoa dizer que era odiada pelos bolsonaristas e petistas quando discordava de um lado ou de outro. Ela não era nenhuma coisa e nem outra.
É preciso saber se o natalense vai aceitar esse reducionismo ou vai querer efetivamente que o debate, o confronto de ideias seja travado sobre questões que afetam a sociedade no seu dia a dia, tais como saúde, segurança, transporte e infraestrutura, turismo, geração de emprego e renda e educação.
Entra eleição, passa governo, entra eleição, passa governo, e nova eleição se avizinha, e todos esses temas já foram abordados, com soluções para a “salvação” de Natal. A sociedade cansou de ouvir durante tantas eleições promessas que não deram em nada ou, quando deram, foi muito pouco do resultado prometido.
E aí? Como estamos? O que você acha? 45 mil famílias sem moradia digna; mais de 80 mil natalenses vivendo abaixo da linha da miséria com menos de cinco reais por dia; sistema público de saúde sem atender às necessidades daqueles que recorrem a ele; índices educacionais disputando a posição de rabeira nas estatísticas; turismo descendo de ladeira abaixo com a queda do número de turistas que não veem mais; sistema de transporte público caro e péssimo; ruas e avenidas sujas e esburacadas; a insegurança por todos os cantos da cidade (diga-se de passagem mais nas zonas periféricas, é só assistir os telejornais locais de qualquer emissora para tomar um banho de sangue; os cruzamentos cheios de desempregados; crianças e idosos pedindo algum tipo de ajuda.
Quer mais? Vai ficar no conforto da poltrona de sua sala assistindo Netflix acreditando que essa situação não o atinge? Não se engane, ela está bem pertinho de sua porta.
E agora? Vamos ficar novamente sentados à beira do caminho olhando passivamente a agenda deles ou vamos construir uma agenda que interesse a todos?
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