O Rio Grande do Norte larga na frente na produção de buggy elétrico. De olho no “mercado do futuro”, o Estado será o primeiro da região Nordeste a desenvolver o tradicional veículo, que passeia pelas dunas potiguares, com motor 100% elétrico. Em setembro do ano passado foi assinado um acordo de cooperação entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/RN) e Indústria Selvagem para a produção do veículo. A ideia é utilizar a expertise da Selvagem — pioneira no setor, com 45 anos de atuação, e principal responsável pela frota de buggies do RN — para iniciar o novo modelo de produção.
Já a EIC/Trier vai fornecer a tecnologia e promover o treinamento necessário. Um curso de mecatrônica automotiva de 180 horas será ministrado para a equipe envolvida, por especialistas da Alemanha. O país é o maior produtor europeu de veículos elétricos.
Natal
Na capital potiguar, dependendo do sistema do carro, é possível recarregá-lo em uma tomada comum ou em pontos de recarga público, que estão disponíveis nos estacionamentos do Natal Shopping e Midway Mall. O tempo de recarga depende do carregador utilizado e da capacidade de armazenamento das baterias. Carregadores mais potentes reduzem o tempo. Para se ter ideia, há exemplos no mercado em que são necessárias aproximadamente 2 horas para atingir 80% de carga, com um carregador chamado de wallbox, que é mais rápido e não está incluso no preço de alguns veículos. Já em uma tomada comum, de casa, a mesma recarga pode demorar cerca de 14 horas.
O ponto de abastecimento localizado no Natal Shopping é mantido pela Neoenergia Cosern e integra o Corredor Verde, maior programa de mobilidade elétrica do Nordeste, que tem como objetivo conectar as capitais Salvador (BA) e Natal (RN), passando pelas cidades de Aracaju (SE), Maceió (AL), Recife (PE) e João Pessoa (PB). Com ele, a companhia espera estimular o uso de carros elétricos, oferecendo um percurso pelas capitais nordestinas com diversos pontos de abastecimento.
A estrutura do corredor verde conta com 18 postos de abastecimento ao longo das vias que ligam os estados e áreas urbanas. A primeira fase foi iniciada em dezembro de 2020, em Salvador, com avaliação de desempenho dos carros elétricos em rotas urbanas e a proposta de abertura dos eletropostos ao público. A perspectiva é de que em 2022, os demais eletropostos sejam entregues, concluindo o corredor verde. A iniciativa irá beneficiar 70 municípios, além de 37 milhões de pessoas de seis dos nove estados do Nordeste.
Realidade
Dentro da Neoenergia, no entanto, o carro elétrico já é uma realidade há algum tempo. A companhia tem sua própria frota de veículos elétricos desde março de 2020. Está previsto, também, o investimento em um caminhão inteiramente elétrico para uso em serviços de manutenção da rede de distribuição e, também, da ampliação no sistema de eletropostos abastecidos com energia solar, que atualmente está apenas em Fernando de Noronha (PE).
O Corredor Verde é resultado de um projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e faz parte do Programa de Mobilidade Elétrica da Neoenergia, que integra planos da companhia em investir no estímulo de utilização de veículos elétricos e no processo de descarbonização da economia.
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