Nascido em Upanema, no Oeste Potiguar, Marcelo Freitas sempre foi apaixonado pela música. Aos 4 anos, já demonstrava interesse e era admirado pela voz, tanto em casa quanto na escola. Aos 12, em um concurso local chamado “A mais bela voz”, Marcelo se destacou e chamou a atenção dos potiguares. Foi quando decidiu partir em busca do grande sonho de ser cantor.
Ele, que hoje, além de cantor, é compositor e toca violão, guitarra e teclado, batalhou para iniciar a carreira. Com situação financeira difícil em casa, o jovem foi sozinho para Mossoró, conseguiu um emprego e comprou um violão. Quando completou 16 anos, compôs a primeira canção, intitulada “Calar da Noite”.
Marcelo sempre admirou a música do sertão e chegou no mercado para dar voz ao “forronejo” – mistura de forró e sertanejo. “Me inspiro em grandes nomes como Luiz Gonzaga e Trio Nordestino. Tenho orgulho de dizer que foi com os violeiros, como Damião da Silva e Zé Monteiro, que aprendi a escrever poemas”, conta.
“Passei por vários pequenos grupos de forró até ser convidado para ser vocalista da banda Toca do Vale, onde fiquei por nove meses. Depois dessa experiência, comecei a seguir minha carreira independente e criei meu próprio grupo. Foram com minhas canções de vaquejadas, ‘Vanerão’ e ‘A Bela Voz’, que ganhei destaque no Nordeste”, relembrou Marcelo. Já conhecido como o poeta das vaquejadas, o artista escreveu a letra de “Tá complicado”, para Wesley Safadão, além de “A gente se amando”, para Raí Saia Rodada.
Com planos de lançar o primeiro DVD solo em breve, Marcelo quer ser reconhecido nacionalmente pelo talento musical. Em entrevista ao Agora RN, ele falou sobre os planos para o futuro. Confira:
AGORA RN – Qual é a expectativa para seu projeto como cantor solo?
MARCELO FREITAS – Meu primeiro EP de carreira solo a nível nacional é um trabalho que fiz com muita dedicação. É uma obra com músicas 100% autorais que passeiam por vários estilos musicais, como sertanejo, forró e funk. É um projeto feito com carinho e que, se Deus quiser, vai dar certo no Brasil inteiro. Acredito que já está dando, porque lançamos a primeira música, “Safado mesmo” (que dá nome ao DVD), e ela está sendo bastante comentada e tocada no país, especialmente no nosso Nordeste.
AGORA – Como a pandemia do novo coronavírus afetou seus planos?
MF – Fomos os primeiros a parar e seremos os últimos a voltar. Somos movidos pelas pessoas nos shows. Enquanto isso não é possível, estou “dando meus pulos”, como diz o ditado popular. Eu venho compondo músicas, passo o tempo planejando os próximos projetos junto à M Music. Recentemente, fizemos uma live no Rio de Janeiro e também temos um outro trabalho saindo do forno. Será um EP de pizeirão, que deve ficar pronto ainda este ano.
AGORA – Você acredita que o mundo musical vai mudar depois da pandemia?
MF – Acredito que depois da pandemia, principalmente no sertanejo, as bilheterias vão ser mais rentáveis. Isso porque muitos artistas ficaram conhecidos pelas redes sociais, através das lives, e tiveram lançamentos de músicas que nunca foram tocadas em shows ao vivo. Muitos artistas estouraram durante o período de isolamento social. Assim, espero que a indústria musical saia fortalecida deste período difícil.
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