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domingo, 9 de fevereiro de 2020

Mulher é presa no RJ após dizer ter coronavírus para furar fila

Autoridades chegaram a mobilizar isolamento e acionar Ministério da Saúde; família negou versão da mulher, que disse ter viajado para Hong Kong recentemente

Uma mulher foi presa em flagrante em Copacabana, no Rio de Janeiro, após dizer que havia voltado recentemente da China e que teria todos os sintomas do novo coronavírus —responsável pela epidemia que já matou mais de 700 pessoas. 

De acordo com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, a mulher esperava por atendimento em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) quando procurou funcionários do local e disse que havia voltado há poucos dias de Hong Kong, onde teria trabalhado como babá.

“A paciente foi de rapidamente isolada e submetida a uma série de exames e questionamentos, tendo insistido durante horas em uma narrativa fantasiosa sobre sua viagem como babá de uma família àquela localidade”, diz nota da Polícia Civil. 

As autoridades sanitárias foram informadas do caso e acionaram o Ministério da Saúde para possível caso de infecção.

Familiares da mulher foram acionados e alegaram que ela jamais havia viajado para fora do país e sequer tinha passaporte. As informações foram confirmadas pelo Departamento de Polícia Federal. 

Ao ser questionada pelos policiais, a mulher admitiu ter mentido para furar a fila de atendimento da unidade de saúde. 

Ela responderá por crime de falsidade ideológica e pela contravenção de provocar alarme anunciando desastre ou perigo inexistente, praticando ato capaz de produzir pânico ou tumulto. O caso foi registrado na 12ª DP de Copacabana.

Até o momento, não há casos de infecção pelo novo coronavírus no Brasil. A maior parte dos casos investigados já foi descartada pelo Ministério da Saúde. 

No quinta-feira (6), o presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei de quarentena para casos suspeitos do vírus. A medida foi votada em tempo recorde pelo Congresso após Bolsonaro voltar atrás e aprovar missão de evacuação de brasileiros que viviam em Wuhan, cidade chinesa que é o epicentro da epidemia.

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