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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Gripe matou 71 pessoas no RN nos últimos 10 anos, aponta Ministério da Saúde

Número representa os óbitos em hospitais do RN – públicos, privados e filantrópicos

Apesar da preocupação com a eventual chegada do coronavírus ao Brasil, outro tipo de agravo respiratório – mais simples e comum – segue fazendo vítimas e chamando a atenção dos serviços públicos: a gripe, dos tipos A e B.

O Rio Grande do Norte registrou 71 mortes causas por estas cepas de vírus entre os anos de 2009 até 2019, segundo dados pelo Ministério da Saúde.

O número representa os óbitos em unidades hospitalares do Estado – públicos, privados e filantrópicos. De acordo com os dados de morbidade hospitalar do Ministério, o Rio Grande do Norte registrou – dados referentes aos meses de janeiro a novembro – um total de 9 mortes causadas pela gripe em 2019.

Em comparação com outros estados da região Nordeste, o Rio Grande do Norte teve o terceiro menor registro de óbitos, ficando atrás de Piauí (1) e Sergipe (2). Em contrapartida, o Ceará contabilizou 88 mortes no ano passado.

No passado, ainda de acordo com os números, 138 pessoas foram atendidas em hospitais em razão de problemas relações com o vírus influenza em hospitais. O custo de internação das pessoas atendidas com o vírus foi de R$ 116 mil. Ao longo dos últimos 10 anos, as unidades hospitalares atenderam 2.819 pessoas infectadas com influenza.

“O vírus que mais mata em todo o mundo ainda é o da gripe. Causa mortes na China, Alemanha, Estados Unidos, Brasil, ou seja, em todos os lugares do planeta. Nosso foco tem que ser na prevenção, em ações para evitar o contágio, como a vacinação”, diz o secretário adjunto da Saúde, Petrônio Spinelli.

Segundo o Ministério da Saúde, a campanha de vacinação contra a gripe será realizada de 13 de abril a 15 de maio. Para 2020, a população de 55 a 59 anos foi adicionado ao grupo prioritário.

Em razão do surto global do coronavírus (2019-nCoV), o Rio Grande do Norte foi a primeira unidade federativa a construir um plano de contingência e um protocolo clínico para atender casos da doença. O instrumento irá proporcionar uma orientação a todas as equipes de saúde que receberão os possíveis doentes infectados pelo vírus.

“Nós temos um plano de contingência para casos suspeitos. Temos hospitais designados para atender os doentes. O Hospital Maria Alice Fernandes vai cuidar das crianças; já o Hospital Giselda Trigueiro vai receber adultos”, detalha Petrônio Spinelli.

O Ministério da Saúde ainda não determinou o bloqueio ou controle excessivo da entrada de passageiros nos portos e aeroportos, mas já existem planos de contingência específicos e fluxos determinados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Inicialmente os hospitais de referência para atendimentos dos possíveis casos suspeitos são o Giselda Trigueiro e Maria Alice Fernandes em Natal. Caso necessário, também serão inseridos os hospitais Rafael Fernandes, em Mossoró, e Telecila Freitas Fontes, em Caicó.

De acordo com André Prudente, infectologista e diretor do Hospital Giselda Trigueiro, as medidas de prevenção ao coronavírus se assemelham ao vírus da gripe influenza. “É importante lavar as mãos frequentemente com água e sabão, evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas, evitar contato próximo com pessoas doentes, ficar em casa quando estiver doente, cobrir a boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel”, encerra.

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