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quinta-feira, 28 de junho de 2018

Loja dos Cachina era a maior adulteradora de hodômetros de Natal, mostra MP

GC Velocímetros atuava como uma espécie de empreendimento especializado na fraude


Vitruvius foi o precursor do hodômetro e, por isso, o engenheiro militar romano que viveu no século 1 a.C., deu nome a operação deflagrada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte nessa terça-feira, 26. Se ele é o inventor, os Cachina são os maiores adulteradores do equipamento já vistos em solo potiguar – é o que diz o próprio MPRN.
De acordo com o MPRN, Tiago Cachina pode ser considerado o maior fraudador de hodômetros de Natal, além de possuir ‘clientes’ em outras cidades do Rio Grande do Norte. E o ‘trabalho’ de Tiago começou junto ao pai, Gileno Cachina, que usou as iniciais do nome próprio para batizar a loja GC Velocímetros, uma espécie de empreendimento especializado na fraude.
“Ele [Tiago] começou a trabalhar com o pai [Gileno], mas depois passou a atuar de forma autônoma”, contou o promotor Leonardo Cartaxo. O negócio dos Cachina deu tão certo que Tiago trabalhava apenas fraudando velocímetros de automóveis. Ganhando, em média, R$ 80 por cada carro em que fazia o serviço chegou a comprar até apartamento, que foi sequestrado pela Justiça durante a operação Vitruvius.
Pai e filho foram presos junto a outros quatro homens. Desse quarteto, três estão ligados diretamente aos Cachina. João Otávio Macedo da Silva, Alcivan Eufrásio da Silva e Lucas Oliveira de Farias eram funcionários da GC Velocímetros. Formavam, de acordo com o promotor Cartaxo, “uma associação criminosa que, devido à hierarquia da empresa, era chefiada por Gileno”.
O outro preso da operação, o que não tem ligação com os Cachina, é Antônio Eric Carvalho de Souza. “Esse é de Natal, mas estava morando na Paraíba e voltava ao Rio Grande do Norte para praticar o crime”, diz Cartaxo.
O MPRN orienta que o consumidor que suspeitar que teve o carro adulterado pelo negócio dos Cachina e de Eric de Souza deve procurar uma concessionária ou oficina de confiança para fazer testes. Caso seja comprovada a fraude, deve ser feita a denúncia ao MPRN pelo número 127 ou pelo e-mail denuncia@mprn.mp.br.

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