Unidade de Nova Esperança deixou de receber pacientes às 7h desta sexta-feira (20). Segundo secretária, serviço será retomado após remanejamento de profissionais.
Sem médicos desde às 7h desta sexta-feira (20) a Unidade de Pronto-Atendimento do bairro Nova Esperança, em Parnamirim, suspendeu atendimento à população do município da região metropolitana de Natal. Pessoas que procuraram a unidade durante a manhã foram orientadas a seguir para outras duas UPAs da cidade, em Pirangi do Norte e Nova Parnamirim.
De acordo com a Secretaria de Saúde, o contrato com os profissionais foi encerrado no dia 15 de novembro e não pôde ser renovado por causa do período eleitoral. O serviço poderia ser mantido por meio do pagamento por indenização, mas, de acordo com o município, os profissionais não aceitaram acordo para atuar nesse formato.
Por dia, a unidade conta com cinco médicos plantonistas. Não havia nenhum nesta sexta (20). De acordo com a secretária de Saúde, Terezinha Rêgo, profissionais do quadro do município estão sendo remanejados de outras unidades e os serviços serão retomados ainda nesta sexta-feira (20).
O pedreiro Wellington Silva procurou a unidade porque estava com a pressão alta, mas voltou para casa sem atendimento. "Eu fui no posto e minha pressão estava 21 por 9. Mandaram eu vir direto para cá. Cheguei aqui, disseram que não tinha médico", relatou.
A dona de casa Ana Paula Barros procurou atendimento para o filho, que estava com dor na barriga. "Vou ter que correr para outro hospital. Falaram simplesmente que não tinha médico. Vou ter que irpara outra urgência, porque não posso voltar para casa com meu filho doente desse jeito. Vou fazer o quê?", disse.
Segundo a secretária de Saúde, o atendimento será retomado ainda nesta sexta-feira (20). Ainda de acordo com ela, um novo processo seletivo para contratação de mais médicos está encaminhado e deve ser aberto na próxima semana.
"Nós tínhamos uma escala médica composta por médicos contratados e médicos do quadro, concursados. E os contratos dos médicos contratados venceram dia 15. Nós não poderíamos fazer novos contratos, no período eleitoral, nem pós-eleição, a não ser por processo seletivo. Estamos organizando, porque não tenho mais concursados", afirmou.