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quarta-feira, 4 de julho de 2018

60! Década de Arromba com Wanderléa


Representante maior do movimento da Jovem Guarda, a cantora Wanderléa faz sua estreia em musicais num espetáculo que faz um passeio musical pela década de 1960, com seus principais fatos e acontecimentos. Um doc. musical emocionante e divertido para toda a família.
Serviço:
Espetáculo: 60 Década de Arromba
Quando: 6 e 7 de Julho às 20h30
Local: Teatro Riachuelo
Ingressos: A partir de R$ 50 na bilheteria do Teatro ou pelo site uhuu.com

Alcione é internada às pressas e passa por cirurgia no coração

Estado de saúde da cantora é estável e deverá permanecer internada durante a semana


A cantora Alcione foi internada às pressas no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, nessa terça-feira (03), e passou por dois procedimentos cirúrgicos no coração: um cateterismo e uma angioplastia. Segundo o boletim médico compartilhado na conta no Instagram da cantora, ela tem um quadro de angina instável, termo utilizado para definir a dor ou desconforto no peito de uma pessoa.
“A cantora Alcione Nazareth deu entrada no Hospital Sírio-Libanês hoje (ontem, terça-feira), dia 03, com quadro de angina instável. Ela foi submetida a um cateterismo, seguido de angioplastia. A intervenção transcorreu com sucesso e sem intercorrências”, diz o boletim.
“A paciente encontra-se estável e deverá permanecer internada durante a semana. Ela está sendo acompanhada pelas equipes médicas coordenadas pelo Prof. Dr. Roberto Kalil Filho”, continua o informe. Em 2016 a cantora já havia realizado procedimento parecido após passar mal durante um show realizado em São Paulo.

Petrobras anuncia aumento de 4,4% no gás de cozinha

Novos preços para os botijões entram em vigor nesta quinta-feira


A Petrobras anunciou nesta quarta-feira (4) que aumentou em média de 4,4% o chamado gás de cozinha, referente a um botijão de 13 quilos de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP). O novo preço, sem tributos, será de R$ 23,10 na refinaria. No acumulado do ano, o GLP 13 Kg acumula queda de 5,2% em relação a dezembro de 2017, informou a estatal. Os novos preços entram em vigor nesta quinta-feira (5).
Pelo levantamento de preços da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do botijão de 13 kg ao consumidor no Brasil é de R$ 68,28, sendo o maior preço de R$ 115,00 e o menor de R$ 50,00.
O gás de cozinha começou a ter reajuste trimestral em janeiro deste ano, “para suavizar os repasses da volatilidade dos preços ocorridos no mercado internacional para o preço doméstico”, disse a Petrobras na época.
Em nota no seu site, a empresa apontou como motivos o ajuste à alta da cotação internacional do GLP, que subiu 22,9% entre março e junho, período em que a desvalorização do real frente ao dólar foi de 16%.
Segundo a Petrobras, o impacto ao consumidor brasileiro seria maior do que o concedido, mas foi diluído pela combinação entre o período de nove meses usado como base para o cálculo do preço, conforme definido na metodologia anunciada em janeiro, e do mecanismo de compensação que permitirá que eventuais diferenças entre os preços praticados ao longo do ano e o preço internacional sejam ajustadas ao longo do ano seguinte, conciliando a redução da volatilidade dos preços com os resultados da Petrobras.

Sob aplausos, Bolsonaro critica desde cotas para negros até imprensa

Discursando para empresários, pré-candidato à presidência pelo PSL atacou ainda o Congresso, o STF e a esquerda


Em evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o pré-candidato do PSL ao Planalto, Jair Bolsonaro, arrancou aplausos, na manhã desta quarta-feira, 4, ao atacar a política de cotas para negros, a legislação ambiental e indigenista, o Congresso, o governo, o Supremo, a esquerda e a imprensa.
À plateia formada por empresários, ele disse que, se eleito, pretende melhorar a economia com a retomada de diretrizes do “Brasil Grande”, como ficou conhecida a fase dos megaprojetos de infraestrutura da ditadura militar que antecederam, porém, ao período de recessão, aumento da dívida externa e dos dramas ambientais e sociais. “Não faremos nada da nossa cabeça. Os senhores que estão na ponta das empresas serão os nossos patrões”, afirmou.
Ele disse que gostaria de convidar os empresários a fazerem uma visita a Mato Grosso do Sul para buscar “soluções” aos problemas agrários. É no Estado que ocorrem graves conflitos de terra e altos índices de suicídios e assassinatos de índios guaranis caiovás. Foi aplaudido. Assim como foi aplaudido ao reclamar que o Ibama leva “dez anos” para conceder uma licença a uma pequena hidrelétrica. “Ninguém quer o mal para o meio ambiente”, ponderou.
Bolsonaro avaliou, por exemplo, que terá apoio popular se “redimensionar” a política de direitos humanos. “Se redimensionarmos a política de direitos humanos, não vamos ganhar a população? Não custa nada.”
Mais tranquilo após os primeiros aplausos e risos do público, Bolsonaro afirmou que o Supremo Tribunal Federal tem legislado no lugar da Câmara e do Senado e que, se a situação permanecer, o País ficará “ingovernável”. Em seguida, ele mirou no Congresso O ex-capitão do Exército disse que o parlamento era mais valorizado pela sociedade e que, atualmente, é dominado por “grandes interesses”. “No período militar, o deputado era gente. Hoje, temos operadores”, avaliou. A propósito, a ditadura impôs, já em 1964, ano do golpe contra o presidente João Goulart, uma rígida política de cassações de mandatos e retaliações a parlamentares oposicionistas.
Sem citar o presidente Michel Temer e o MDB, Bolsonaro perguntou aos empresários se eles sabiam como estava a situação do Porto de Santos. “Está na mão de qual partido? Vamos quebrar esse negócio, acabar com isso que está lá”, disse. Em discursos anteriores, ele acusou o presidente e a legenda de apadrinharem o porto.
Bolsonaro foi aplaudido até quando disse não saber responder a uma pergunta sobre como tratar o Senai. Ele disse que estava aberto a sugestões sobre o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. “Quero sugestões, não quero passar aquilo que não domino.”
O pré-candidato encontrou a fórmula para provocar risos e ganhar de vez aplausos da plateia: ataques à ex-presidente Dilma Rousseff e à esquerda latino-americana. Fez ataques ao Mercosul do tempo “bolivariano” e até ao educador Paulo Freire. “Tem três partidos que não quero conversar num eventual governo”, disse, referindo-se a legendas de esquerda. “Eu não quero colocar um busto do Che Guevara no Planalto”, disse. “Um presidente deve chegar lá e nomear seu time. Vou botar alguns generais em alguns ministérios. Os (governos) anteriores não colocaram terroristas e corruptos?”, perguntou. A plateia aumentou as palmas.
Nos momentos em que falou de assuntos de interesse direto da indústria, Bolsonaro reafirmou que defende uma reforma previdenciária em partes, mudanças na legislação trabalhista e desoneração de alguns setores, sem dar detalhes. O déficit da Previdência foi o tema escolhido pelo público para que o pré-candidato se pronunciasse. O pré-candidato, então, afirmou que o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, também na disputa presidencial, errou ao propor uma reforma em que a idade mínima de aposentadoria dos homens seria de 65 anos. “Isso assustou, pois no Piauí a média de vida é 69 anos”, disse. Ele, porém, criticou propostas para mudar a previdência dos militares, seu setor de origem. E disse que estava atento à esquerda, que “tira proveito enorme” desse debate. “A conotação que a esquerda dá acaba com qualquer esperança de mudar o Brasil por vias democráticas, o que tem que ser.”
Ele relatou que, em conversas com a equipe do economista de Paulo Guedes, seu principal conselheiro na área, ouviu que é possível mudar a situação orçamentária do governo sem aumentar tributos. “Dá para manter a inflação, diminuir a taxa de juros, um dólar que não atrapalhe quem quer importar e reduzir essa monstruosa dívida interna sem aumentar os impostos? Dá sim”, disse. “Precisamos fazer novamente o Brasil Grande.”

Corrida Soldados do Fogo entrega kits a partir desta quinta-feira

Prova será no sábado (7), às 16 horas, com largada e chegada no quartel do CBMRN


A entrega dos kits da 24ª Corrida Soldados do Fogo começa nesta quinta-feira (5). Os atletas inscritos devem ir ao quartel do Comando Geral do Corpo de Bombeiros do RN, na Avenida Prudente de Morais, das 10h às 19h. A prova será no sábado (7), às 16 horas.
Por causa do jogo da seleção brasileira, na sexta-feira (6), a entrega será realizada das 9h às 12h. No sábado, dia da corrida, o processo será no mesmo horário.
A prova, realizada há 24 anos consecutivos, festeja o aniversário dos Corpos de Bombeiros do Brasil comemorado na última segunda feira, 2 de julho. A expectativa da organização é reunir cerca de 5 mil pessoas, entre atletas inscritos e público geral.
Com poucas vagas, as inscrições seguem abertas. Os interessados podem se dirigir ao quartel do Corpo de Bombeiros e efetuar inscrição e pagamento, durante os dias e horários destinados a distribuição da entrega dos kits.
A organização pede aos que puderem colaborar, que doem 1Kg de alimento não perecível no ato da retirada do kit. Os alimentos arrecadados serão doados a Caravana Semeando O Amor – Paróquia da Nossa Senhora da Candelária.
A corrida terá os circuitos de 5 km e 10 km. A prova terá largada e chegada no quartel do Corpo de Bombeiros, passando pelas principais ruas dos bairros de Tirol e Petrópolis, como as avenidas Prudente de Morais, Alberto Maranhão, Rodrigues Alves e Campos Sales.

Meirelles diz que pode levar votos de Lula

Pré-candidato à presidência pelo MDB tentará convencer os eleitores de que foi responsável por crescimento econômico na Era Lula


Pré-candidato do MDB à Presidência da República, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles afirmou nesta quarta-feira, 4, que vai basear sua campanha nas experiências que teve no governo Michel Temer e Lula – de quem foi presidente do Banco Central. Meirelles conta com a propaganda eleitoral na TV para convencer eleitores de que foi responsável por crescimento econômico da Era Lula, captando votos dos lulistas, e da recuperação no governo Temer.
“Sirvo o País. Trabalhei com Lula e com Temer, sendo bem-sucedido em ambos os casos”, disse hoje o emedebista ao discursar para empresários no evento Diálogo da Indústria com Candidatos à Presidência da República, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). “Vou basear minha campanha no que fiz no governo Lula e no governo Temer também. As pessoas vão saber que o responsável por aquela época fui eu e não um candidato qualquer apoiado por Lula. E agora (governo Temer) também.”
Ele afirma considerar que poderá, com o início do horário eleitoral, levar o crédito, no lugar de um eventual candidato do PT, de eleitores que avaliam como positivo o governo Lula. Mesmo preso, o ex-presidente é pré-candidato do PT, mas foi condenado em segunda instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o que poderá levar a Justiça Eleitoral a barrar o registro.
O ex-ministro disse que obteve resultados excelentes nos dois governos, mas que ainda não houve tempo de a população perceber na gestão Temer. Meirelles afirmou que tem apoio majoritário no MDB para vencer a convenção nacional do partido, agendada para o fim de julho. Segundo o presidenciável, a base do partido já se mobiliza por sua campanha.
“Temos garantia da vasta maioria e de uma vitória consagradora na convenção do MDB. É natural que um ou outro questione. Calculo que mais de 80% dos delegados do MDB, de Estados que visitei, estão conosco”, disse.
Ele diz que, apesar de ter no geral entre 1% e 2% de intenções de voto, segundo pesquisas registradas, atinge patamares superiores em sondagens qualitativas encomendadas por seus aliados.
Meirelles considera possuir até 30% de preferência entre eleitores que o conhecem e julgam ter dados suficientes sobre ele para decidir o voto. O ministro ainda se julga desconhecido do eleitorado: “Vários dos atuais candidatos estão fazendo campanha há anos”.
Fintechs
O ex-ministro da Fazenda se comprometeu a enviar ao Congresso nos primeiros meses de governo, caso eleito, um projeto de simplificação do sistema tributário, tornando-o mais transparente, eficiente e benéfico para empresas. Em seguida, promete a redução da carga tributária, que considera crucial para a recuperação industrial. Ele disse que o excesso de processos trabalhistas também atrapalha a competição da indústria brasileira no mercado aberto.
Meirelles afirmou que “não há dúvida de que existe pouca competição no mercado financeiro brasileiro” e citou o excesso de agências bancárias como uma barreira à competição. Ele disse que aposta numa abertura do mercado às fintechs, para competição de crédito. Ele prometeu uma regulação no Conselho Monetário Nacional para abrir o mercado às fintechs.
Ele disse que a interferência governamental na taxa de juros “sempre deu errado no mundo inteiro” e que a redução virá com aumento da competição.
Caso eleito, ele promete montar um “time dos sonhos” nos ministérios.

Ministério lança portal para promover indústria 4.0 no país

Evento faz parte da agenda criada em março deste ano para a modernização da indústria nacional


O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge, lançou nesta quarta-feira (4) o Portal HUB i4.0, com objetivo de promover a indústria 4.0, em um esforço conjunto entre o governo e o setor privado. O evento, que ocorreu na Câmara de Comércio Internacional do Brasil (ICC-Brasil), na capital paulista, faz parte da agenda criada em março deste ano para a modernização da indústria nacional.
“Temos que investir em inovação e iniciativas que aumentem a nossa produtividade para garantir uma indústria mais forte e competitiva. Assim como já acontece em outros países, o Brasil precisa promover transformações inovadoras de eficiência, qualidade e redução de custos em seus parques industriais, para assim garantir ganhos expressivos de competitividade”, declarou o ministro.
De acordo com Marcos Jorge, o portal faz a integração de temas como robótica, internet das coisas, inteligência artificial e armazenamento de dados na nuvem. O ministro disse que, além da tecnologia, a indústria 4.0 deve permear ações de melhoria do ambiente de negócios. Foram listadas 10 medidas, como sensibilização e engajamento da indústria, financiabilidade e conexões globais.
A ferramenta vai funcionar como um marketplace de tecnologia, ou seja, modelo de negócio eletrônico que oferta produtos e serviços de diversos vendedores em um único ambiente. “Permitirá também que bancos e agentes financeiros ofereçam crédito e mecanismos adicionais de financiabilidade para o apoio das indústrias de qualquer segmento econômico”, acrescentou o ministro.
Financiamento
Marcos Jorge defendeu ainda ações como redução de impostos para aquisição de robôs colaborativos, harmonização regulatória e apoio às startups. Segundo o ministro, nos próximos três anos, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aportará R$ 5 bilhões com spread pela metade para as linhas desse setor. Spread é a diferença entre o que os bancos pagam na captação de recursos e o que cobram ao conceder um empréstimo a uma pessoa física ou jurídica.
Recursos para modernização dos parques industriais serão disponibilizados também pelos bancos regionais e pela empresa pública Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

Quatro anos depois, Zúñiga se aposenta por lesão no joelho que atingiu Neymar

Jogador de 32 anos teve como último clube na carreira o Atlético Nacional, que o revelou para o futebol em 2005


Em 4 de julho de 2014, o lateral-direito Camilo Zúñiga acertou o joelho direito nas costas de Neymar, causou uma lesão na terceira vértebra do craque brasileiro e o tirou da Copa do Mundo de 2014. Exatos quatro anos depois, o jogador colombiano anunciou a aposentadoria dos gramados por conta de uma lesão crônica no joelho direito.
Zúñiga não foi convocado para defender a Colômbia no Mundial da Rússia, mas revelou a decisão de pendurar as chuteiras no dia seguinte da eliminação da seleção de seu país para a Inglaterra nos pênaltis, por 4 a 3, nas oitavas de final.
O jogador de 32 anos teve como último clube na carreira o Atlético Nacional, que o revelou para o futebol em 2005. Ele foi contratado no início do ano, na tentativa de recuperar o problema crônico. “Foram muitos anos sofrendo, tratando de voltar bem. Mas só eu que sentia as dores. Para treinar precisava tomar anti-inflamatórios e injeções”, afirmou o jogador ao site oficial do clube colombiano.
Em sua segunda passagem, Zúñiga disputou apenas cinco partidas. “Sinto que cheguei a 40% do que jogava, mas cumpri meu sonho de retornar a este clube. Estou tranquilo por me aposentar em casa, onde me deram a oportunidade de mostrar meu futebol e que me levou para a Europa”, afirmou.
Em 2008, Zúñiga foi negociado com o Siena, da Itália, onde permaneceu por uma temporada. No ano seguinte, foi contratado pelo Napoli, onde permaneceu até o fim de 2017. Nesse período, chegou a ser emprestado ao Bologna, em 2016, e ao Watford, da Inglaterra, em 2016/2017.
“Hoje penso mais em meu futuro, na minha família. É melhor parar agora, para que no dia de amanhã, consiga ir ao parque correr com meus filhos”, disse. “Todos sabemos os problemas do joelho. Em dez, 11 anos seria um problema que realmente iria me incomodar”, afirmou.
Pela Colômbia, Zúñiga disputou 62 partidas oficiais. Foram 25 participações nas Eliminatórias Sul-Americanas, 24 amistosos, 8 duelos em Copa América e quatro jogos na Copa do Mundo do Brasil Nas quartas de final, perdeu por 2 a 1 para a seleção brasileira na melhor campanha colombiana em Mundiais.

Brasil desperdiça dinheiro público com 517 obras paralisadas

Estudo da CNI faz diagnóstico dos prejuízos causados pelas interrupções de empreendimentos


Além de investir pouco em infraestrutura – apenas 2% do Produto Interno Bruto (PIB) –, o Brasil joga no ralo um volume significativo dos recursos aportados no setor, em razão do excesso de obras que são interrompidas antes da entrega. As paralisações consomem recursos sem gerar benefícios para a sociedade e são, em geral, consequência de falhas na forma como o setor público executa seus projetos. As conclusões são do estudo Grandes obras paradas: como enfrentar o problema, elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O trabalho integra uma série de 43 documentos sobre temas estratégicos que a CNI entregará aos candidatos à Presidência da República.
De acordo com números obtidos pela CNI junto ao Ministério do Planejamento, 2.796 obras estão paralisadas no Brasil, sendo que 517 (18,5%) são do setor de infraestrutura. A área de saneamento básico lidera o ranking, com 447 empreendimentos interrompidos durante a fase de execução. Na sequência, aparecem obras de rodovias (30), aeroportos (16), mobilidade urbana (8), portos (6), ferrovias (5) e hidrovias (5). As obras paradas de infraestruutra já custaram R$ 10,7 bilhões e não trouxeram nenhum retorno para a sociedade.
O estudo aponta que, entre as principais razões para a interrupção de obras, estão problemas técnicos, abandono pelas empresas e dificuldades orçamentárias/financeiras. A CNI recomenda seis medidas para que o país evite paralisações e atrasos: melhorar o macroplanejamento, avaliar qual modalidade de execução é a mais adequada; realizar microplanejamento eficiente; aparelhar melhor as equipes; desenhar contratos mais equilibrados; e fortalecer o controle interno.
“É recorrente o problema da paralisação de obras. O país parece incapaz de aprender com todos os levantamentos, perdas e conflitos que esse processo gera”, afirma o diretor de Políticas e Estratégia da CNI, José Augusto Fernandes. “Por mais urgente que seja encontrar soluções para as obras paradas, também é preciso atenção com programas e metas direcionados a não repetição dos mesmos erros no futuro”, acrescenta o diretor.
Deterioração fiscal – A crise econômica enfrentada pelo país gerou a necessidade de contenção de gastos e levou o governo federal a paralisar importantes projetos de infraestrutura. Ainda que mais evidente no caso da União, esse processo de deterioração fiscal e contração de investimentos também afetou projetos de estados e municípios, que acabaram por cortar investimentos, também provocando a paralisação de obras de infraestrutura.
No entanto, a crise econômica e fiscal não foi o único motivo para haver tantas obras paradas Brasil afora, tampouco essa é uma situação nova no país. “Um obstáculo importante ao desenvolvimento da infraestrutura nacional é a difícil interação entre os gestores públicos, responsáveis por fazer os projetos virarem realidade, e os órgãos de controle”, destaca o estudo da CNI.
José Augusto Fernandes observa que a paralisação das obras nunca é a melhor solução por representar perdas duplas para a sociedade – recursos públicos desperdiçados e empreendimentos não entregues para o uso da população. “Os prejuízos para consumidores e empresas são enormes, o mesmo acontecendo com o setor público, uma vez que se trata de projetos que consumiram e continuam a absorver vultosos recursos públicos, sem gerar contrapartidas”, enfatiza o diretor da CNI.
Grandes obras no Nordeste
O governo federal, por meio do Programa Avançar, tem buscado privilegiar a liberação de dinheiro público para obras inacabadas e com potencial de conclusão no curto prazo. Os recursos, porém, são escassos, o que mantém as principais obras paralisadas. O estudo faz uma análise sobre três grandes empreendimentos da região Nordeste: o Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF), a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e a Ferrovia Transnordestina.
No caso da Fiol, a CNI avalia que a retomada da obra só será viável se realizada simultaneamente com a construção do Porto de Ilhéus (BA) e o desenvolvimento das instalações de minério na região de Caetité (BA). “Não faz sentido investir mais recursos na ferrovia, sem que o conjunto dessas obras esteja equacionado”, aconselha o trabalho da CNI.
Em relação ao Rio São Francisco, a CNI recomenda que as obras sejam concluídas. Nesse projeto há três questões pendentes, sendo a primeira a conclusão do trecho 1 das obras do Eixo Norte. A segunda é a operação em si da transposição de águas, cujo custo é estimado em cerca de R$ 500 milhões por ano. “Os estados beneficiados devem, em tese, ficar responsáveis por essa conta, que por sua vez será transferida aos usuários finais. Não está claro como o governo federal irá viabilizar um arranjo que viabilize essa transferência da responsabilidade pelas despesas operacionais do projeto”, menciona o estudo.
A terceira questão diz respeito aos investimentos bilionários que os governos estaduais terão de fazer nos sistemas de distribuição e armazenagem da água em seus territórios, para permitir explorar os benefícios do projeto na sua integralidade. O trabalho da CNI recomenda que o governo federal busque uma solução para esses investimentos e a transferência das despesas operacionais em um único arranjo.
No caso da Transnordestina, por sua vez, a avaliação é de que o projeto, no modelo atual de financiamento e gestão, não é viável. Tal situação, no entanto, pode ser reavaliada a partir dos estudos que estão sendo produzidos. “Se esses trabalhos contrariarem a avaliação feita aqui e se a decisão for por continuar o projeto, recomenda-se que seja buscado um novo arranjo para organizar as obras”, diz o estudo da CNI. “Recomenda-se também implementar o menor projeto economicamente viável e, possivelmente, reduzir sua ambição tecnológica”, acrescenta.

Em Natal, Guilherme Boulos pede o fim das oligarquias

Pré-candidato à presidência pelo PSOL criticou perpetuação de famílias em cargos públicos no RN


O pré-candidato do PSOL à presidência da República, Guilherme Boulos, esteve em Natal nesta quarta-feira, 4. Exaltando o apoio aos candidatos do partido no Rio Grande do Norte, ele ressaltou que se faz necessário acabar com as oligarquias que se perpetuam no estado.
“Essas oligarquias representam um atraso. É gente que se acha dona da política. Gente que troca até água por voto. Temos que tirar Henrique Alves, os Maias e todos esses nomes daqui”, afirmou Boulos.
Ao lado do pré-candidato ao Governo do Estado, professor Carlos Alberto, da pré-candidata a vice-governadora, Cida Dantas, da professora Telma Gurgel, que é pré-candidata ao Senado, e do professor Lailson Almeida, também postulante ao Senado, Boulos afirmou que o Brasil precisa de mudança.
“É preciso renovar o congresso e as assembleias legislativas e temos aqui bons nomes para essa renovação. Nossa campanha é para valer e seria até irresponsabilidade fazer campanha para marcar posição”, comentou.
Tema de grande preocupação popular, a segurança pública foi um dos assuntos abordados pelo pré-candidato em entrevista com a imprensa potiguar.
“Hoje o que se pratica é um modelo caro, violento e ineficaz de fazer segurança. É preciso mudar isso. E o investimento na educação é fundamental. Pois quem constrói escolas não vai precisar construir presídios”, declarou