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sábado, 9 de junho de 2018

No último dia em Londres, seleção treina todos setores do time

Cada setor do time fez trabalho específico, orientado pelos auxiliares de Tite


No último dia de treino da seleção brasileira no Centro de Treinamento (CT) do Tottenham, em Londres, a comissão técnica, sob o comando de Tite, levou os jogadores para realizarem atividades nos três campos de treinos do CT do time inglês.
Cada setor do time (defesa, meio de campo e ataque) fez trabalho específico, orientado pelos auxiliares técnicos de Tite. O treinador acompanhava toda a movimentação com muita atenção e vez por outra passava orientações aos atletas.
O Renato Augusto, que se recupera de uma lesão no joelho esquerdo, participou normalmente das atividades com os demais jogadores, mas ainda depende de uma avaliação médica para saber sua real condição de jogo.
Ao todo, a seleção fez nove dias de treinos e trabalhos físicos no CT do Tottenham. A delegação segue agora para Viena, para o último amistoso domingo (10), às 11h (horário de Brasília), contra a Áustria. Da capital austríaca, a equipe brasileira viaja para a Rússia.

Marina Silva diz que não existe mágica em economia

Presidenciável disse que, se eleita, não vai "inventar a roda" para consertar a economia


A pré-candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, afirmou na tarde desta sexta-feira, 8, durante entrevista aos correspondentes estrangeiros no Rio de Janeiro, que, se eleita, não vai “inventar a roda” para consertar a economia.
“Não tem nenhuma mágica. É preciso resgatar a política econômica que esteve em vigor desde o início do Plano Real, recuperar o superávit primário, sem prejuízo dos investimentos em programas sociais, e controlar a inflação. O sistema de metas (de inflação) é positivo, o que aconteceu é que primeiro ultrapassaram o centro da meta, depois furaram o teto. Agora, até em função do cenário econômico, a inflação caiu novamente, e é preciso mantê-la sob controle. Agora a questão do câmbio é que está com problemas, mas ele deve ser flutuante, e o governo e o Banco Central têm instrumentos para controlá-lo”, afirmou Marina
Questionada sobre uma eventual reação do mercado à polarização entre os pré-candidatos Jair Bolsonaro e Ciro Gomes, Marina afirmou que “não quero contribuir com qualquer especulação sobre candidaturas”: “Estamos no começo do processo, e o povo é que vai decidir”.
Sobre a prisão de Lula e a possibilidade de que sua candidatura seja proibida em função da lei da Ficha Limpa, Marina repetiu que “a lei é para todos e não pode se adaptar às pessoas. As pessoas é que devem se adaptar a ela”.
A pré-candidata do Rede criticou a gestão do presidente Michel Temer (MDB) e da ex-presidente Dilma Rousseff (PT): “Eles não governaram. O atual governo faz loteamento de cargos para se manter. É preciso ter alianças programáticas. O País não pode ser governado pelo Judiciário, como tem acontecido”.

Bandidos usam nomes de Fátima Bezerra e Felipe Maia para aplicar golpes

Criminosos se passam pelos políticos e pedem dinheiro pelo WhatsApp e por ligações


Os nomes da senadora Fátima Bezerra e do deputado federal Felipe Maia estão sendo usados para a aplicação de golpes por criminosos. As denúncias foram feitas por ambos na noite dessa quinta-feira (7), por seus perfis pessoais no Twitter.
Em sua publicação, a senadora petista destacou que os bandidos clonaram seu número e estão solicitando transferências bancárias através do WhatsApp.
O deputado do DEM denunciou prática semelhante. Ele alertou que também teve o número clonado e que os criminosos estão entrando em contato com os números da agenda para pedir dinheiro.

RN tem um policial morto a cada 10 dias em 2018

Em apenas seis meses, número de policiais assassinados no estado já supera o total registrado em 2017



O Rio Grande do Norte registra, em 2018, a morte de um policial a cada 10 dias. O caso mais recente aconteceu na tarde desta sexta-feira (8). O cabo da Polícia Militar Melqui Djalcy Rodrigues, de 41 anos, foi assassinado com tiros na cabeça na zona Norte de Natal. Ele é o 15° agente de segurança morto em apenas seis meses.
Os policiais militares são as principais vítimas das ações dos criminosos. Onze dos 15 oficiais assassinados neste ano faziam parte do patrulhamento ostensivo da Secretaria de Segurança Pública. Nenhum deles estava em serviço no momento em que veio a óbito.
O número total de vítimas já supera o quantitativo registrado no ano passado. Durante os doze meses de 2017, onze policiais foram mortos no Rio Grande do Norte. A Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesed) investiga as causas do aumento desses crimes.
Relembre os casos
1º caso: No dia 7 de janeiro, o cabo Carlos Alberto, de 48 anos, foi morto a tiros no bairro das Rocas, zona Leste de Natal. Ele integrava a Companhia Independente de Policiamento de Turismo (Ciptur).
2º caso: Uma semana depois – no dia 15-, o sargento André Mário Siqueira, de 40 anos, foi morto a tiros durante uma festa no Golandim, em São Gonçalo do Amarante. Ele era lotado na Companhia Independente de Policiamento de Guardas (CIPGD).
3º caso: Também em São Gonçalo do Amarante e a tiros, o terceiro foi o sargento José Ailton de Lira. O caso ocorreu no dia 26 de janeiro. Ele era lotado em Ceará-Mirim.
4º caso: Três dias depois, em 29 de janeiro, a vítima foi o sargento da reserva Itagibá Maciel de Medeiros, de 54 anos. Ele foi morto na estrada de Genipabu, em Extremoz.
5º caso: No mesmo dia, a PM perdeu mais um militar. O cabo Darlan Santa Carvalo, de 40 anos, morreu após ser baleado na cabeça em uma tentativa de assalto a uma farmácia. O crime ocorreu no bairro Planalto, na zona Oeste de Natal.
6º caso: No dia 28 de fevereiro, a vítima foi o cabo William Soares, de 40 anos. Ele acompanhava um jogo de futebol com amigos, quando criminosos tentaram realizar um assalto. Soares reagiu e acabou morto.
7º caso: Em 23 de março, o sargento da reserva Luiz Valdécio Faustino, de 57 anos, foi assassinado em Mossoró. Ele foi perseguido e morto a tiros.
8º caso: A soldado da PM de Santa Catarina, Caroline Pletsch, de 32 anos, foi morta a tiros em um assalto a uma pizzaria no conjunto Parque das Dunas, na zona Norte de Natal. Ela estava com o marido, que é sargento da PMSC. Ele sobreviveu. O caso aconteceu em 26 de março.
9º caso: Na tarde de 4 de abril, o cabo Dioclécio Ferreira de Lima Júnior foi morto a tiros em um assalto no Banco do Brasil da Av. Capitão-mor Gouveia, no bairro de Lagoa Nova, zona Sul de Natal.
10º caso: Durante a madrugada de 8 de abril, o sargento Helton Cabral da Silva, 42 anos, foi morto a tiros em São Gonçalo do Amarante. Ele estava em uma cigarreira quando os criminosos atiraram.
11º caso: Mais um sargento foi vítima de bandidos. Com 46 anos, José Edivaldo do Nascimento foi baleado por um assaltante no Alecrim. Ele foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
12º caso: Na noite de 4 de maio, no distrito de Massaranduba, em São Gonçalo do Amarante. O subtenente Raimundo Ribeiro da Silva, 65 anos, foi assassinado com características de execução. Ele estava na reserva há 10 anos.
13º caso: O Cabo Waldembergue Cruz de Lima tinha 45 anos e foi morto no dia 8 de maio. Ele estava em uma barbearia no conjunto Nova Natal, na zona Norte de Natal.
14º caso: O soldado Kelves Freitas de Brito foi morto em Parnamirim. Ele era do 3º Batalhão da PMRN.
15° caso: Mais recente caso de violência contra policiais, nesta sexta-feira (8) o PM Melqui Djalcy Rodrigues, lotado no 4° Batalhão, foi morto a tiros na zona Norte de Natal.

PMRN emite nota de pesar por morte de cabo

Cabo Melqui foi morto com um tiro na cabeça na ZN de Natal


A Polícia Militar do Rio Grande do Norte (PMRN) emitiu nota de pesar pela morte do cabo Melqui Djalcy Rodrigues, de 41 anos. O PM foi morto na tarde dessa sexta-feira (8) em um assalto na zona Norte de Natal.
No texto, a corporação lamentou o crime contra o agente de segurança pública. Ele era do 4° Batalhão de Polícia Militar.
Nota de pesar
É com pesar, que a Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Norte comunica o falecimento do Cabo da PM Melqui Djalcy Rodrigues. O Cb Melqui faleceu aos 41 anos de idade nesta sexta-feira (08), ao ser alvejado covardemente por criminosos em um assalto.
Atualmente, Cb Melqui estava lotado no 4º Batalhão da PM, na Zona Norte de Natal.
A Polícia Militar lamenta a morte deste profissional de segurança pública, externando aos amigos, companheiros de trabalho e familiares, os nossos sentimentos de pesar.


Coronel Acioli é o novo Comandante Geral do Corpo de Bombeiros RN

Nomeação foi publicada no Diário Oficial do Estado neste sábado (9)


Foi publicado neste sábado (09), no Diário Oficial do Estado, o nome do novo Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte (CBMRN), Coronel BM Josenildo Acioli Bento, 47 anos. Ele tem 24 anos de serviço.
O novo Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte – CBMRN –, já assumiu as funções de Sub Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar; Gerente do Escritório Setorial de Projetos da Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social (SESED), Coordenador Estadual de Proteção e Defesa Civil; Diretor de Administração Geral do CBMRN, Comandante do 2º SGB/2ºGB (Mossoró); Chefe do Serviço Técnico de Engenharia (SERTEN), atual Serviços de Atividades Técnicas (SAT), Chefe do Centro de Administração Orçamentária e Financeira; Chefe do Centro Superior de Formação e Aperfeiçoamento; Comandante do Salvamento Marítimo e Comandante do Grupamento de Busca e Salvamento (GBS).

Maria Esther Bueno morre aos 78 anos

Ex-tenista sofria de câncer na boca e estava internada desde maio


Morreu nesta sexta-feira, aos 78 anos, a ex-tenista Maria Esther Bueno, um dos maiores ícones do esporte brasileiro em todos os tempos. A “Bailarina”, como ficou conhecida, por causa de sua elegância no estilo de jogar, foi a número 1 do mundo por quatro temporadas – 1959, 1960, 1964 e 1966. A ex-tenista sofria de câncer na boca e estava internada no hospital Nove de Julho, em São Paulo, desde maio.
Ela conquistou 19 títulos de Grand Slam, dos quais sete de simples e 12 em duplas. Só na grama de Wimbledon foram sete troféus: três em simples (1959, 1960 e 1964) e quatro em duplas (1958, 1960, 1963 e 1965). Ela também foi campeã no saibro de Roland Garros, na grama do Aberto da Austrália e no piso duro do US Open. As conquistas em vários tipos de piso mostram a versatilidade e o talento da tenista brasileira. No ano de 1960, fechou o Grand Slam em duplas, ao lado de duas parceiras diferentes.
Maria Esther Bueno teve seu nome incluído no Hall da Fama do Tênis em 1978, mesmo ano em que uma estátua de cera no famoso museu londrino Madame Tussaud foi feita em sua homenagem. Por vários anos foi convidada especial em torneios do Grand Slam. Ao todo, foram 589 títulos internacionais. Foi eleita a melhor tenista do século 20 da América Latina.
Em 1959, após sua primeira conquista em Wimbledon, Maria Esther Bueno desembarcou no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, e seguiu direto de helicóptero, que servia à Presidência da República, até o Palácio das Laranjeiras, onde foi recebida pelo presidente Juscelino Kubitschek. Ela ganhou a medalha do Mérito Desportivo. De lá foi para São Paulo, sua cidade natal, e desfilou pelas ruas lotadas de fãs em carro do Corpo de Bombeiros do Aeroporto de Congonhas até o centro.
Seu nome está no Livro dos Recordes: a final do US Open de 1964, contra a norte-americana Carole Caldwell Graebner, Maria Esther Bueno venceu em apenas 19 minutos.
Maria Esther Bueno faz parte de um geração vencedora do esporte brasileiro. Muitos eram os ídolos nacionais na década de 60. Adhemar Ferreira da Silva (bicampeão olímpico no salto triplo), Eder Jofre (bicampeão mundial de boxe), Wlamir Marques (bicampeão mundial de basquete) e Biriba (grande destaque do tênis de mesa).
Os 10 anos de total sucesso na carreira de Maria Esther Bueno são pouco registrados pela mídia da época. Raros vídeos e fotos ajudam a relembrar a brilhante carreira da tenista brasileira. Como era obrigada a treinar com homens – poucas eram as mulheres que praticavam o tênis na época -, Estherzinha tinha golpes rápidos e fortes. Poucos privilegiados podiam acompanhar sua classe até os últimos dias de sua vida no Clube Harmonia, onde se mantinha em atividade.
Paulistana, começou a jogar no Clube Tietê aos 11 anos de idade, em 1950, onde existe uma estátua em sua homenagem. Seu pai queria que ela estudasse balé, mas Maria Esther Bueno chegou a disputar algumas provas de natação nos 50 metros livre com sucesso, mas sua paixão sempre fora o tênis.
Sua carreira foi interrompida em 1967 por causa de uma lesão no cotovelo direito, entre outras lesões. Em Wimbledon chegou a jogar 120 games no mesmo dia ao disputar partidas de simples, duplas e duplas mistas. Seu profissionalismo em quadra nunca foi recompensado pelos organizadores dos torneios com dinheiro, como é feito hoje em dia. Maria Esther Bueno chegou a ganhar bichos de pelúcia após uma grande vitória. Voltou a jogar, já na chamada Era Aberta do tênis mas sem o mesmo brilhantismo. Chegou a vencer o Aberto de Tóquio, em 1974, e ganhou como premiação US$ 3 mil.
Maria Esther Bueno morreu inconformada com o fato de o Brasil não conseguir formar uma grande jogadora no circuito mundial. “Não é possível que no Brasil, com tanta gente jogando, não exista, pelo menos, uma boa para aparecer. Outra Maria Esther Bueno? Seria um erro comparar, pois cada um é cada um e eu sempre me esforcei 200%”.
Nos últimos anos, atuou como comentarista do canal SporTV. Com contrato válido, deveria participar da cobertura in loco de Wimbledon, em julho. Uma de suas últimas aparições aconteceu no Rio Open, em fevereiro. Na ocasião, se recuperava de um procedimento cirúrgico em decorrência do câncer. Discreta, pediu ao canal para não aparecer no vídeo, somente com o áudio dos seus comentários.

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Carro parte ao meio após bater em dois postes em Parnamirim

Motorista escapou com pequenos arranhões após choque
Um acidente partiu um carro no final da noite desta quinta-feira (7), na Avenida Maria Lacerda, em Nova Parnamirim. O veículo do tipo Ford Focus se chocou em dois postes e o motorista escapou com pequenos arranhões.
Segundo informações de testemunhas, o carro estava em alta velocidade, perdendo o controle e atingindo o primeiro poste, em seguida ele rodou e atingiu o segundo poste parando o carro ao meio.
Uma das metades atingiu uma academia de musculação localizada às margens da avenida, que é uma das mais movimentadas de Parnamirim.
As atividades do local foram suspensas por dois dias. O motorista saiu do acidente ileso e segundo as testemunhas, ele afirmou que “desfaleceu ao volante e quando recobrou a consciência já estava em 





Fuga de bandidos da Babilônia provoca tiroteio em área militar na Urca e fecha bondinho do Pão de Açúcar


Uma das principais atrações turísticas do Rio ficou fechada por mais de duas horas. Aeroporto Santos Dumont interrompeu operação por 15 minutos.









Dison Lisboa é condenado por contratar bandas de forró sem licitação

Deputado estadual foi condenado por erro cometido quando era prefeito de Goianinha


O juiz Bruno Montenegro Ribeiro Dantas, integrante do Grupo de Apoio a Meta 4 do Conselho Nacional de Justiça, condenou o deputado estadual Rudson Lisboa (conhecido como Dison Lisboa) pela prática de improbidade administrativa enquanto era prefeito do Município de Goianinha.
O ex-prefeito contratou bandas para as festividades da Padroeira do Município, em abril de 2001, com inexigibilidade de licitação e sem indicar o fundamento da escolha das atrações artísticas, o ex-gestor teria incorrido em fraude a procedimento licitatório.
O magistrado aplicou como penalidades ao ex-prefeito multa civil correspondente a cinco vezes o valor de sua última remuneração no cargo; e a proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 3 anos.
Alegações do MP
Segundo a Ação Civil Pública promovida pelo Ministério Público Estadual, no dia 10 de abril de 2001, a Prefeitura de Goianinha celebrou contrato de prestação de serviços com a empresa Valmir Mendonça Promoções Artísticas Ltda, para a apresentação das Bandas Brasas do Forró, Mel com Terra e Eliane, Rita de Cássia, Redondo e Banda Som do Norte, nas festividades da Padroeira do Município, no período de 15 a 23 de abril de 2001.
O MP apontou que o então prefeito Dison Lisboa, em violação aos incisos II e III do parágrafo único do artigo 26 da Lei nº 8.666/93, solicitou à Assessoria Jurídica do Município parecer sobre a possibilidade de contratar as tais bandas por inexigibilidade de licitação sem indicar o fundamento da escolha das atrações artísticas. Após o parecer favorável, este fora ratificado, tendo sido autorizada a celebração do contrato.
O Ministério Público argumentou que a inexigibilidade de contratação somente pode ser levada a efeito com o empresário exclusivo do artista, não tendo Dison Lisboa comprovado que Valmir Mendonça Ltda fosse a única empresa responsável por gerenciar os contratos com as bandas.
Salientou que o demandado não teria exigido da empresa qualquer documentação referente à regularidade fiscal, a qual já estava sem movimento, motivo pelo qual a empresa não podia sequer emitir nota fiscal.
Sustentou, ainda, que o contrato não foi formalizado como contrato administrativo, senão como simples contrato de direito privado, com violação ao artigo 61 da Lei 8.666/93, uma vez que na indicação do responsável pela Prefeitura deveria constar o nome do prefeito, mas constava apenas o nome de vereador e que, a despeito disso, o contrato foi assinado pelo chefe do Executivo.
Decisão
Em sua sentença, o juiz Bruno Montenegro aponta que na administração pública todo gasto deve ser precedido do prévio procedimento licitatório, “o qual visa assegurar, além da contratação mais vantajosa à administração, a oportunidade para que qualquer cidadão, caso preencha as condições necessárias, possa firmar negócios com o Poder Público, homenageando, desta forma, os princípios da impessoalidade, da moralidade e da eficiência”.
O juiz verificou que apesar da inexigibilidade de licitação, os documentos anexados aos autos não mencionam qualquer processo administrativo no qual tenha ocorrido a justificativa da inexigibilidade de licitação com o devido enquadramento do objeto em uma das hipóteses legalmente previstas, “o que embaçara sobremaneira a análise dos motivos que conduziram o demandado a optar pelas contratações diretas ora contestadas”.
“O gestor não pode considerar determinado objeto como hipótese de inexigibilidade ou dispensa, sem antes justificar, mediante processo administrativo, o referido enquadramento, figurando como exceção à necessidade de prévio procedimento administrativo justamente o disposto no art. 24, II, da Lei 8.666/93, já que o pequeno valor chancela a opção do legislador pela desburocratização, sendo sua aferição objetiva, permitindo a fiscalização por parte dos cidadãos e dos órgãos de controle”, anota o magistrado.
Para Bruno Montenegro, a existência de parecer oriundo do setor de Assessoria Jurídica do Município não é suficiente para rechaçar o elemento subjetivo, já que a solicitação revestiu-se de vagueza e imprecisão, não justificando a fixação dos preços, tampouco as razões que motivaram a escolha das bancas.
O juiz lembra que para a contratação de profissional do setor artístico é imperiosa a demonstração de contrato firmado pelo próprio contratado ou por meio de empresário exclusivo; e consagração do artista pela crítica especializada ou pela opinião pública.
“Nesta perspectiva, configurada a desobediência aos requisitos legais e constitucionais exigidos para a inexigibilidade de licitação e o consequente ilícito cometido, resta avaliar se tal conduta corporifica ato de improbidade administrativa previsto no art. 11, I da Lei de Improbidade Administrativa, com a análise do elemento subjetivo da conduta”.
Neste ponto, o julgador entendeu que “a própria linha de argumentação sustentada pela defesa descortina a sua consciência sobre o impositivo legal, e nem poderia ser diferente, notadamente pela impossibilidade de alegação de desconhecimento da lei para se furtar de seus comandos. Portanto, ainda que ciente de suas obrigações legais, optou o requerido por descumpri-las, anunciando o dolo genérico suficiente para conduzir este juízo à certeza necessária apta a supedanear a sua condenação pelo cometimento de ato de improbidade por violação ao postulado da legalidade, em especial à lei de licitações – lei federal nº 8.666/93, de caráter nacional”.