No coração do Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul, o pequeno município de Sério, com menos de dois mil habitantes, transformou sua economia ao apostar em uma fruta exótica: a pitaya. O que era uma cidade voltada à agricultura tradicional se tornou um polo nacional de inovação e exemplo de desenvolvimento rural.
A virada começou em 2017, quando a prefeitura incentivou o cultivo da fruta. Sete famílias acreditaram na ideia — e o resultado foi surpreendente. Hoje, a cidade é oficialmente reconhecida como a “Terra da Pitaya”, com mais de 10 mil pés cultivados e produção anual de 90 toneladas, movimentando cerca de R$ 900 mil por safra.
Mas o segredo do sucesso vai além da plantação: parcerias com universidades, como a Unisinos, levaram à criação de produtos inéditos no Brasil — entre eles, o primeiro refrigerante de pitaya, além de vinho, espumante, chope, pães e geleias da fruta.
O ponto alto dessa transformação é a Feira da Pitaya, que celebra a colheita e movimenta a economia local. Em 2024, o evento atraiu mais de 30 mil visitantes, quinze vezes a população da cidade. A festa reúne shows, negócios e turismo, tornando-se um motor de crescimento e orgulho comunitário.
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