Considerada uma das mais tradicionais do Nordeste, a Vaquejada de Macaíba acontece no próximo sábado (29), no Parque Otaviano Pessoa e com estimativa de um grande público. Além disso, a expectativa é para o show que acontece no Terreiro da Vila, espaço de shows que existe no Parque Otaviano Pessoa, e vai reunir Xand Avião, Iguinho e Lulinha, Zé Vaqueiro e Pegada do Coyote com organização de Betinho Pessoa e Clap Entretenimento.
A Vaquejada já foi muito debatida, mas as tradicionais festas resistem e uma das maiores do RN será realizada no próximo sábado, em Macaíba
O “comandante” Xand Avião volta ao Terreiro da Vila e a promessa é de um show daqueles para marcar, mais uma vez, sua história com a Vaquejada de Macaíba. Ele, inclusive, chega com o seu novo projeto audiovisual já em ritmo de contagem para o período junino. Batizado "1mpar", o projeto foi gravado em São Paulo e reúne sete clipes de canções inéditas, que chegam às principais plataformas de streaming nos próximos dias.
Com o estilo forró de vaquejada, Iguinho e Lulinha tem se tornado a sensação do ritmo em 2023 com o ritmo veloz, a sanfona afiada e os vocais que remetem ao aboio. O repertório deles tem canções originais e outros hits em inglês com novos versos em português: "Vai sentir falta de mim" ("Paradise", do Coldplay), "Boy da Hilux" ("Someone you loved", de Lewis Capaldi), "Vaqueira" ("Thank You", da Dido) e "Te quero mais" ("Sweet child o' mine", do Guns N' Roses).
Iguinho e Lulinha tem aparecido constantemente na liderança dos rankings do Sua Música, site especializado no mercado nordestino. Quem também sobe ao palco é Zé Vaqueiro, que traz no repertório seus sucessos já conhecidos, além de hits do momento. E pra fechar a grade de muito forró e piseiro tem Na Pegada do Coyote no do Terreiro da Vila.
Os ingressos estão à venda no site Brasil Ticket (https://bit.ly/41BjFK6) e também nas lojas Gladiatore (Midway e Partage Shopping), Doce Mel, em Macaíba e Raiane Modas, em Parnamirim.
Vaquejada
Em um texto escrito por Andréa Oliveira no site cpt.com.br, uma breve história das vaquejadas no Rio Grande do Norte é contada. Segundo a autora, “alguns pesquisadores descobriram que, muito antes de 1870, já se praticava a vaquejada no Seridó Potiguar. Uma indicação para isso era a existência dos currais de apartação de bois, que deram origem ao nome da cidade de Currais Novos, também no Rio Grande do Norte. Esses currais foram feitos em 1760. E era entre 1760 e 1790 que acontecia, nessa cidade, a apartação e feira de gado.
Foram dessas apartações que surgiram as vaquejadas. Em meados de 1940, alguns vaqueiros nordestinos começaram a tornar públicas suas habilidades, na Corrida do Mourão, que começou a ser uma prática popular na região. A partir daí, coronéis e senhores de engenho passaram a organizar torneios de vaquejadas, onde os participantes eram os vaqueiros. Estes recebiam apenas um agrado dos coronéis, pois ainda não havia premiações. Os anos foram passando e alguns fazendeiros nordestinos passaram a promover um tipo de vaquejada onde os vaqueiros tinham de pagar uma taxa para participar da disputa. O montante era revertido para a premiação dos vencedores, bem como para a organização do evento. Assim a vaquejada se popularizou.
Atualmente, existem clubes e associações de vaqueiros em todos os estados do Nordeste, calendários de eventos e patrocinadores famosos. Todos relacionados a essa competição. Os torneios foram sendo aprimorados. As montarias, formadas por cavalos nativos da região, foram sendo substituídas por animais de melhor linhagem. Da mesma forma, o chão batido deu lugar a uma superfície de areia, com limites definidos e regulamento. Agora cada dupla tinha direito a correr três bois. No final da vaquejada, era feita a contagem de pontos, a dupla que somasse mais pontos era campeã, recebendo um valor em dinheiro. Esse tipo de vaquejada é denominado até hoje de bolão”.
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