Acusado de liderar o braço em Portugal da maior facção criminosa brasileira, Leonardo Serro dos Santos foi preso nesta quinta-feira em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos. O carioca de 47 anos tinha viajado ao Oriente Médio para assistir a Copa do Mundo do Catar, em Doha, e, após a derrota do Brasil no campeonato, foi ao país vizinho. Lá, acabou detido pela Interpol.

Leonardo Serro tem residência em Parede, no município de Cascais. Segundo o jornal português Visão, ele é dono de uma empresa de gestão de carreiras desportivas, que, criada em 2009, não tem registro de atividades profissionais. Conhecido também como ‘Carioca’, Serro não declarava seus rendimentos.

Ao deixar o Catar, o brasileiro viajou aos Emirados Árabes, onde familiares seus tem residência. No Brasil, Serro já chegou a ser detido pela Polícia Federal no Rio de Janeiro, em uma operação contra o tráfico de drogas, originada de uma denúncia oferecida pelo DEA, órgão americano de combate ao narcotráfico. Ele acabou solto após conseguir um habeas corpus, em abril deste ano.

Segundo fontes ouvidas pelo jornal Visão, autoridades brasileiras irão pedir a extradição de Serro ao Brasil.

A prisão de Serro aconteceu no âmbito da Operação Turfe, da PF, ocorrida em fevereiro deste ano. Ao todo, 20 mandados de prisão e 30 de busca e apreensão foram cumpridos contra suspeitos de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Diligências também foram feitas no Paraguai, Espanha e Emirados Arábes Unidos.

A organização criminosa é apontada como a responsável por traficar drogas vindas da Bolívia e Colômbia para o Brasil e países do continente europeu. Ao longo de 18 meses de investigação, oito toneladas de cocaína e R$ 11 milhões foram apreendidos. Um dos meios utilizados para a lavagem do dinheiro oriundo do narcotráfico era a compra e venda de cavalos de corrida, o que originou o nome da operação.

Com informações do O Globo