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domingo, 19 de junho de 2022

HISTÓRIAS DE NATAL RN

 Muito prazer, eu sou a primeira locomotiva a atravessar a “Ponte de Igapó” em Natal-RN


A famosa “Ponte de Igapó”, ou “Ponte de Ferro”, ou “Ponte dos Ingleses”, como você preferir chamar, foi erguida em na pequena Natal-RN de 1912, numa época em que a cidade nem energia elétrica tinha direito, e foi um grande marco para a cidade porque foi a responsável pela comunicação, ampliação e escoamento do comércio na cidade.

3 pessoas que assustavam os natalenses nos anos 60

1. Maria Mula Manca


Maria era uma senhora que vivia perambulando pelo centro da cidade (Cidade Alta) em Natal. Seu apelido, nada agradável, deveu-se ao fato dela ser deficiente física e sempre andar com seu cajado pela altura do antigo O Grande Ponto.

Cambista do famigerado Jogo do Bicho, ela era conhecida por boa parte da cidade nos anos 50 e 60, ela era famosa por ser grande fã do político e ex-governador do Rio Grande do Norte, Dinarte Mariz.

Mas Maria abandonava o sorriso e tinha seu momento assustador de fúria quando alguém a chamava pelo seu apelido ou apenas dizia algo que a desagradava. Se isso acontecesse ela partia pra cima da pessoa com um cajado gritando palavrões.

Durante muito anos ela foi “o terror” do centro da cidade, principalmente para as crianças

2. Viúva Machado


Amélia Duarte Machado foi uma natalense que nasceu em 1881 e morreu cem anos depois.

Ainda jovem casou com o português Manoel Duarte Machado, homem rico, proprietário de muitas terras, comerciante de sucesso, com loja grande no bairro da Ribeira (“Despensa Natalense”), além de incentivador da aviação.

Os atuais bairros de Morro Branco e Nova Descoberta foram propriedade de Manoel Machado, que, falecido em 1934, deixou grande herança para Amélia, que passou a administrar os seus negócios.

Como dona Amélia era viúva, empresária, sem filhos, mas gostava muito de crianças, sempre brincando com elas, as histórias seguiram em caminho contrário, então nasceu a lenda da “Viúva Machado”.

Começaram a surgir histórias de que ela “comia fígado” das crianças e que, como um Lobo Mau, tinha orelhas muito grandes e disformes. Os boatos infelizmente levaram-na a se isolar, aumentando ainda mais o mistério.

Muitos evitavam passar perto de sua residência. A má fama teve de ser desmentida publicamente por Amélia na imprensa. Mesmo sendo lenda urbana, considerada um monstro, Amélia foi uma importante figura na história natalense.

3. Bandido Baracho



Este último elemento da nossa lista não é dos mais lúdicos, pois trata-se de um perigoso sujeito.

João Rodrigues Baracho era um pequeno comerciante de Natal no início da década de 1960, que decidiu tocar o terror na cidade com um crime específico: assaltar, chegando a matar, taxistas, se tornando assim “o terror dos taxistas”.

Baracho despertou a crônica policial fazendo Natal viveu dias inesquecíveis de medo, principalmente nas noites em que ocorriam os seus ataques. Os homens que se arriscavam a sair na rua portavam facas e armas na cintura, mas a maioria das famílias trancava-se dentro de casa e não abria as portas até que o dia amanhecesse.

A polícia começou uma verdadeira caçada ao homem por toda a cidade e a imprensa fazia grandes coberturas dos acontecimentos, e durante dois anos, seus crimes pararam nas páginas policiais. O bandido chegou a ser preso, porém fugia e ficava em esconderijos em cidades vizinhas.

Os dias de glória de Baracho duraram até 1962 quando foi morto com mais de 30 tiros, durante o confronto com policiais militares. Apesar de ser um criminoso, muitas pessoas passaram a ter uma inexplicável admiração por ele o associando á uma espécie de “santo popular e milagreiro”.






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