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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

Ex-diretor do Walfredo Gurgel, médico Petrônio Spinelli disputará vaga na ALRN para defender projeto de inclusão

O médico infectologista Petrônio Spinelli (PT) lançou seu nome para concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa em 2022. Aos 57 anos, e com vasta experiência na área de gestão da saúde, ele espera ajudar, com ações e projetos, a aproximar do Rio Grande do Norte a nova agenda social implementada durante um eventual governo Lula no país. O último cargo ocupado pelo médico foi o de secretario-adjunto da Saúde, já durante governo Fátima, no qual atuou no planejamento estratégico de redistribuição de leitos no Estado nos primeiros meses da pandemia.

A inclusão social será a principal bandeira do mandato dele na casa legislativa
– É uma candidatura provocativa. A ideia é que a gente tente aproximar da nossa gestão local o discurso e a proposta do governo Lula. No Rio Grande do Norte tivemos uma gestão muito complicada no sentido de pegar o Estado desorganizado, quebrado, mal-administrado, com quatro folhas a pagar, com fornecedores atrasados e uma organização pouco profissional da máquina. Isso sem falar numa conjuntura de extrema sabotagem no plano nacional. Então isso criou uma dificuldade na primeira gestão do PT no Rio Grande do Norte. Acho que posso contribuir para a governabilidade do projeto como deputado. Mas numa perspectiva de apoiar o Governo e impulsionar a agenda social no Estado”, explica.

Spinelli já foi diretor do hospital Ana Bezerra, em Santa Cruz, do hospital Walfredo Gurgel, em Natal, além de integrar no Estado a rede de médicos da família. Sobre o projeto de inclusão social que promete defender no parlamento, o médico destaca que vai apostar na participação popular a partir de um planejamento regional:

– Lula vem discutindo isso, a necessidade de resgatar a participação popular através de conferências regionais com pauta na inclusão. Tudo o que se fizer no campo do turismo, da saúde, da educação, da distribuição de renda, do financiamento tem que ter uma vertente inclusiva, com projeto de intervenções, políticas afirmativas e condições políticas. E isso passa por um planejamento de inclusão regional”, afirmou.

Na avaliação dele , o governo Fátima ficou preso aos problemas herdados da gestão anterior e não conseguiu dar atenção às questões sociais como se esperava:

– A conjuntura nacional e a situação em que o Estado se encontrava explicam porque o Governo não foi tão inclusivo como se esperava pela proposta que tem o PT. Não basta se houve honestidade com o dinheiro público, ou as ações pontuais na segurança e na saúde. Um governo de esquerda tem que ir mais além. Então meu objetivo é ajudar nesse debate, impulsionar, provocar esse essa discussão”, diz.

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