As manifestações previstas para o Dia da Independência do Brasil, 7 de setembro, podem se estender para a BR-101 no Sul de Santa Catarina. Um grupo de caminhoneiros se articula para parar a rodovia federal em ao menos três trechos.
“Vamos fazer trabalho de paralisação normal como todo mundo vai fazer dentro do brasil. Vamos cercar na pista os caminhões, vamos pedir para os caminhões parar. Produtos perecíveis, ambulância, ônibus, toda parte de remédio, isso aí nada vai impedir a passagem”, garante um dos líderes do movimento, o caminhoneiro Jair Ferraz.
Segundo ele, a intenção do movimento é bloquear os caminhoneiros na BR-101 em um trecho de Araranguá. Porém outros grupos de caminhoneiros devem fazer o mesmo em Tubarão, Santa Rosa do Sul, Sombrio e possivelmente em Maracajá no Sul de SC.
“Dia 7 vamos ficar na pista. Vai ter grupo de mulheres fazendo a parte de alimentação, fazendo marmitex para os motoristas que não tiver alimentação. Vai ter carro dando suporte para os motoristas”, explica o caminhoneiro.
Sindicatos não participam de movimento dos caminhoneiros
Ferraz destaca que nenhum sindicato da categoria está envolvido na paralisação. Ele reforça que o movimento será realizado conforme está se organizando pela população em todo o país. Uma passeata será realizada em Araranguá, antes da ação.
“Não tem nenhum sindicato no meio. Vai ser exclusivamente paralisação por livre e espontânea vontade de todo mundo. Uma manifestação justa pelo que está acontecendo no nosso Brasil. A categoria dos caminhoneiros aderiu como todo o brasileiro”, afirma ele.
Na pauta das manifestações estão a busca pela aprovação do voto impresso auditável e o impeachment de ministros do STF (Superior Tribunal Federal).
“Vamos ter vários pontos de paralisação ai vamos ver como vai se comportar. O principal será na mesma localização que foi feita a greve em 2018. Quantidade não sabemos, caminhões vão chegando da nossa região e vamos ver os pontos de parada. Vamos fazer algo bem pacífico”, conta Ferraz.
Um grupo de caminhoneiros da região está em Brasília (DF) e comandará as manifestações. No dia 7 de setembro será decidido se a paralisação continuará ou não.
“Pessoal de Brasília está lá para isso. Tem pessoal nosso lá. Assim como Brasília não cabe mais ninguém, estamos na expectativa e vamos seguir trabalhando aqui e o pessoal lá”, comenta Ferraz.
Entidades acompanham movimentação dos caminhoneiros
A PRF (Polícia Rodoviária Federal) está monitorando as postagens e movimentações nas redes sociais. “Não é possível ter certeza que essas ameaças vão se concretizar”, informa o órgão.
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