José Sabatini, de 70 anos, mora em Artur Nogueira, na região de Campinas, e foi abordado por policiais do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa, informou a polícia.
Na manhã desta quarta, policiais do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), da capital paulista, fizeram uma diligência até Artur Nogueira, onde Sabatini mora, para encontrá-lo. Ele aceitou ir a São Paulo para ser ouvido, explicou ao G1 o delegado Petrocelli.
"Hoje pela manhã fizeram a diligência. Ele [José Sabatini] foi para São Paulo, para o DHPP", afirmou o delegado.
As investigações do caso devem ser conduzidas pelo DHPP. Até a última atualização desta reportagem, o advogado de Sabatini não havia sido localizado para se posicionar sobre o vídeo.
José Sabatini é morador de Artur Nogueira e já foi membro da presidência da Associação Comercial e Empresarial da cidade (Acean). Procurada pelo G1, a instituição não quis comentar o caso, mas confirmou que é Sabatini quem aparece no vídeo investigado pela polícia.
A empresa dele é uma indústria hidráulica na cidade, que também não quis se posicionar.
Ameaça em vídeo
No vídeo postado em redes sociais, o empresário aparece com uma camiseta do Brasil e a bandeira do país enrolada na cintura, com uma arma na mão. Ele faz disparos e, citando o nome de Lula, aponta para a arma e diz que o ex-presidente "vai ter problema".
Nesta segunda-feira (15), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), determinou que a polícia abrisse uma investigação sobre o caso. O Inquérito Policial foi aberto na mesma noite, informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP).
"O trabalho investigativo requer sigilo nas informações", disse a nota divulgada na ocasião.
A Polícia Civil começou a apurar, além do crime de ameaça, a suspeita de incitação ao crime, calúnia, porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e disparo de arma de fogo.
Impedido de propagar vídeo
Nesta terça-feira (16) a Justiça de São Paulo proibiu o homem que aparece no vídeo de continuar divulgando as imagens nas redes sociais, na internet ou por qualquer outro meio.
Na decisão, o juiz diz que, em caso de descumprimento, o homem será condenado a multa de R$ 1 mil por dia.
"Defiro a liminar para determinar que o réu se abstenha de compartilhar, reproduzir ou propagar, por quaisquer meios, o vídeo objeto desta lide ou mensagem de igual teor ou sentido, sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 até o limite de R$ 100.000,00", escreveu o magistrado.
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