A família de Diego Maradona já havia cedido aos apelos do presidente da Argentina, Alberto Fernández, e havia decidido passar o fim do velório, das 16h para 19h. No entanto, a mudança de horário não foi suficiente para acalmar os ânimos daqueles que esperavam por uma oportunidade de dar seu último adeus ao ídolo.
Um pouco antes das 18h, o corpo de Maradona saiu da Casa Rosada com direção ao cemitério de Bella Vista, que fica na zona noroeste da grande Buenos Aires, onde também estão sepultados seus pais, Dalma e Diego.
Uma multidão se amontoava nas margens da rodovia por onde passou o cortejo que levava o corpo do camisa 10. A pista ao lado da qual este percorria estava praticamente parada, tomada por carros estacionados para ver Maradona passar. Pessoas cumprimentavam a caravana e emocionadas acenavam e festejavam pela última vez o contato com o craque.
Um incidente acrescentou algo de poesia Maradoniana ao percurso. A caravana errou a saída da rodovia e teve de fazer um caminho alternativo, improvisando um “atalho”, algo muito comum ao craque para chegar aos objetivos nos gramados pelo mundo.
Depois de quase uma hora de trajeto, por volta das 19h30, o corpo de Maradona chegou ao cemitério, onde seus familiares e amigos o esperavam muito emocionados. Do lado de fora, centenas de pessoas se amontoavam nas ruas, o que gerou um princípio de confusão, dando trabalho para os policiais, e também alguns espiavam nos tetos das casas.
CONFUSÃO NO VELÓRIO
Fãs de Maradona e policiais entraram em conflito do lado de fora da Casa Rosada, local do velório do astro. Por volta das 15h30, um grupo de pessoas tentou derrubar as grades de proteção para ganhar espaço na longa fila. A polícia local respondeu com balas de borracha, gás lacrimogêneo e prisões para dispersar o tumulto.
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