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terça-feira, 21 de julho de 2020

Cotados para Prefeitura, Motta e Prates qualificam debate”, diz Geraldo Pinto

Para ex-presidente do PT, Geraldo Pinto, o “Geraldão do PT”, Alexandre Motta e Jean Paul Prates, cotados para disputarem a prefeitura, são “nomes excelentes e de trajetória incrível”

Presidente do PT por dois mandatos, o petroleiro aposentado Geraldo Pinto, o “Geraldão do PT”, defende os nomes do médico Alexandre Motta e do senador Jean Paul Prates como qualificados para disputarem a prefeitura de Natal neste ano.

“São dois excelentes nomes, pelos quais tenho muito respeito, pessoas de uma trajetória incrível. Ambos qualificam o debate. Cabe aos filiados de Natal a decisão”, diz ele, ressaltando que fala pelo diretório do município de Nísia Floresta, onde é pré-candidato a prefeito.

Sobre a governadora Fátima Bezerra (PT) e os desafios da pandemia, Geraldão não se furta a uma crítica construtiva. Segundo ele, “Fátima lutou como uma leoa pelo isolamento social. Então cometeu um erro básico de gestão, delegou as respostas. Então todo mundo passou a falar, terminando pela liderança maior. Em minha opinião deveria ser o inverso”, avalia.

AGORA – Dois nomes parecem despontar internamente como candidato a prefeito de Natal pelo PT – o médico Alexandre Motta e o senador Jean Paul Prates. Qual tem sua preferência? Existe uma terceira via?

GP – São dois excelentes nomes, pelos quais tenho muito respeito, pessoas de uma trajetória incrível. Alexandre Mottta, médico, sanitarista, profundo conhecedor da cidade e em especial da luta pela saúde pública de qualidade. Jean Paul, das energias renováveis, onde é um nome internacional. Ambos qualificam o debate. Cabe aos filiados de Natal a decisão, sou de Nísia Floresta.

AGORA – Historicamente, o PT tem dificuldade para ter boa votação em Natal. Como convencer o eleitorado da capital de que o partido pode ser uma boa opção de governo a partir de 2021?

GP – A atual governadora Fátima Bezerra perdeu a eleição de 1996 por pouco mais de 3 mil votos. O PT era uma incógnita. Temos agora como confrontar políticas e práticas públicas.

AGORA – Em recente entrevista, o senhor afirmou que era pré-candidato a prefeito de Nísia Floresta. Mantém essa condição?

GP – Aposentei em 2017 e vim morar na praia de Búzios, município de Nísia Floresta, fui desafiado por companheiros, amigos e vizinhos a encarar um desafio. Não se mexe com um lutador em repouso. Estou de volta à militância para apresentar à Nísia Floresta, um município com 27 mil habitantes, 42 lindas lagoas, praias maravilhosas, um povo acolhedor e espetacular uma alternativa que resgate o que foi o pensamento progressista de Nísia Floresta Augusta Brasileira, uma potiguar que tem influência há mais de um século.

AGORA – Como o senhor avalia a gestão do prefeito Álvaro Dias? No geral e especificamente no enfrentamento da pandemia de Covid-19?

GP – Toda a Região Metropolitana de Natal depende da capital, onde estão os melhores serviços públicos e privados. Volto a afirmar a crítica que faço ao próprio governo do estado que é do partido que faço parte: com 100% dos leitos ocupados, qual o motivo de não terem decretado lockdown?

AGORA – O prefeito determinou a distribuição de hidroxicloroquina e ivermectina como “prevenção” – dois medicamentos sem eficácia comprovada contra o coronavírus. Por isso, foi acusado de “populismo”. O senhor concorda?

GP – Sou bacharel em geologia, com especialidade em geofísica e mestrado em gestão. Tenho familiares médicos que questionam isso, construo minha opinião com a confiança neles.

AGORA – Críticos da governadora Fátima Bezerra apontam que ela tem sido “omissa” no combate à pandemia do novo coronavírus. Na sua opinião, a governadora deu motivos para receber essas críticas?

GP – Não concordo. Quando começou a pandemia em março, Fátima lutou como uma leoa pelo isolamento social. Então cometeu um erro básico de gestão, delegou as respostas. Então todo mundo passou a falar, terminando pela liderança maior. Em minha opinião deveria ser o inverso, mas sou um simples militante aposentado e pré-candidato a prefeito de uma cidade com 27 mil habitantes. Como eu mesmo contraí, e superei, o Covid-19, estando isolado, seria leviano avaliar o conjunto das políticas tomadas.

AGORA- A polêmica em torno da compra de respiradores motivou pedidos, na Assembleia Legislativa, para que o governo estadual deixasse o Consórcio Nordeste. Qual é a sua opinião?

GP – Puro oportunismo político. O secretário Fernando Mineiro respondeu a contento. Foi o Consórcio Nordeste que provocou a Justiça.

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