A maior cantora e compositora do Brasil, Marilia Mendonça, deixou os palcos na noite deste sábado (30). Sua apresentação na cidade de Caxias do Sul (RS) foi seu último show solo antes de dar à luz Leo.
Conseguir uma entrevista com Marília não é algo fácil. Ela não gosta de se expor e ainda tem dificuldade em lidar com a fama. A impressão que se tem é que Marília não tem noção da sua grandiosidade. Mas Marília foi incrível nas respostas: descreveu as mudanças com a gravidez, falou sobre a influência dos cheiros em seus desejos de grávida e, principalmente, fez uma autoanálise, por ser o maior nome da música atual, mesmo não se vendo assim. "Como serei lembrada? Talvez como uma pessoa que, contrariando os "nãos" da vida, fez por onde que seus sonhos fossem, sim, possíveis."
Marília retorna aos palcos no dia 6 e 7 de março de 2020, no Espaço das Américas, em São Paulo. A partir de segunda-feira, os ingressos já estarão à venda.
Leia a entrevista exclusiva com Marília Mendonça:
COLUNA LEO DIAS: Qual foi a maior dificuldade da gravidez?
MARILIA MENDONÇA: Entender algumas coisas, como, por exemplo, mudança de humor, as espinhas, o inchaço... [risos] O resto até que foi de boa!
Você teve desejos?
Não tive desejos loucos, mas alguns cheiros me provocaram... [risos] Se eu sentia o cheiro de um pastel, aí me dava vontade, mas não comi tijolo, sabonete, nada do tipo.
O quartinho do Leo já deve estar pronto. Fala um pouco sobre ele.
Eu sou mãe de primeira viagem e uma mãe com cerca de 22 shows no mês. Tive de pedir ajuda de alguém especializado porque eu sei que não daria conta nesta correria. Tive a ajuda, quer dizer, bem mais que isso da 'Grão de Gente'. Eles tinham as ideias e iam me passando. Ainda não vi o resultado final, mas estou super ansiosa.
Quem escolheu o nome Leo, e por que?
Eu e o Murilo (Huff, namorado) gostamos de Leonardo, mas sabíamos que iria virar Léo, então antecipamos.
A Marília, no palco, mudou um pouco com a gravidez?
Acho que só fiquei mais cuidadosa. Vamos combinar que a mobilidade diminui bastante, né?
Você já escreveu uma música para o Leo. Tem escrito mais ou menos com a gravidez?
Tenho ficado mais sensível e, com isso, tenho escrito mais, não com a intensidade que eu gostaria, porque continuo com a rotina de shows e incluí a rotina de grávida.
Qual será o seu maior desafio depois que ele nascer?
Talvez, ficar longe dele. Ainda não sei como vai ser. Agora, eu penso em levar o Léo comigo para todos os cantos, mas sei que não é tão fácil assim.
Como você avalia o ano de 2019?
Surpreendente resume o que tem 2019 na minha vida pessoal e profissional.
Você é o maior nome da música atual, está prestes a ser mãe... Falta alguma coisa?
Segurar o Léo em meus braços, continuar falando com as pessoas de maneira tão direta com a minha música... Mas, não é só isso! Faltam muitas coisas, muitas conquistas. Tenho só 24 anos.
Olhando para você mesma como se estivesse de fora, o que a Marília Mendonça mudou na música do Brasil?
Não sei se provoquei alguma mudança, mas vejo pessoas de universos diferentes curtindo minha música, sertaneja, que sempre teve uma carga muito grande de preconceito. Se por algum motivo fiz parte disso, fico muito feliz porque tenho muito orgulho do que canto, tenho muito orgulho da sofrência. Como serei lembrada? Talvez, como uma pessoa que, contrariando os "nãos" da vida, fez por onde que seus sonhos fossem "sim" possíveis.
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