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quinta-feira, 9 de maio de 2019

Fotógrafo potiguar tem trabalho reconhecido em livro que é referência do fotojornalismo no Brasil



A publicação tem grupo seleto de apenas 120 profissionais do país




Uma história tem várias formas de ser contada. Uma dessas formas é através de imagens e disso o fotógrafo potiguar Ney Douglas Marques entende bem. Com anos de experiência no fotojornalismo, ele recebeu uma prova de reconhecimento do seu bom trabalho.
Ney teve três fotos selecionadas para a 10ª edição do livro O Melhor do Fotojornalismo, lançada neste ano pela editora Europa com as 185 melhores fotografias documentais e noticiosas do ano de 2017, com trabalhos de seletos 120 fotógrafos todas as regiões do Brasil. Ele foi o único potiguar a ser selecionado para o livro e esse já é o quarto ano consecutivo em que é selecionado.
“No final do ano passado, recebi e-mail da editora pedindo para enviar um material para a seleção de fotos do livro deste ano. Eles gostaram do meu trabalho e três fotos minhas foram selecionadas”, contou.
As temáticas das fotos escolhidas pela editora têm relevância não apenas em nível local. Uma das imagens retrata a rebelião no presídio de Alcaçuz, evento que repercutiu em todo o Brasil e, por dias, movimentou a imprensa e população na região. A foto foi publicada no jornal espanhol El País e mostra os presos em fila no lado dde dentro da penitenciária.
Outro tema foi a seca, com uma fotografia do baixo nível do Açúde Gargalheiras, um dos principais reservatórios do Rio Grande do Norte, que fica na cidade de Acari, região Central Potiguar, e sofreu com uma seca de quase 
A terceira imagem retratou a violência letal em Natal em 2017, quando a cidade teve uma onda de ataques e chacinas, tendo sido considerada por organizações internacionais como a 4ª cidade mais perigosa do mundo.
“Muito podem questionar as fotos, pois infelizmente todas mostram momentos trágicos de nossa historia, são fatos que nos jornalistas estamos cobrindo no dia-a-dia para que leitores, internautas e telespectadores possam ter acesso as informações de tudo que acontece”, lamentou.
Apesar disso, o fotógrafo diz que fica muito feliz com a seleção de suas fotos para o livro. “Comprova um resultado positivo, um reconhecimento do meu trabalho”. Atualmente com 40 anos de idade e 16 de fotografia, ele conta que o fato também o incentivou a continuar contando histórias através das imagens. “É um empurrãozinho que diz ‘siga fazendo isso’”.

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