Setor está otimista e prevê aumento de até 5% de contratações neste período
Quem está em busca de um emprego neste final de ano deve ficar atento. O setor de comércio no Rio Grande do Norte deverá gerar cerca de 5 mil empregos temporários para o Natal e fim de ano em 2018. A estimativa é de que o setor vivencie um crescimento de 4,5% a 5%, ficando um pouco acima do ano passado quando esse crescimento foi de 4%. E, apesar da cautela, os empresários do comércio estão otimistas com o futuro, fato que pode influenciar em novas contratações permanentes ao final do período de temporários, que vai até janeiro.
Todos os segmentos que envolvem o universo do Natal e festas de fim de ano costumam contratar nesse período, com destaque para a área de vestuário, perfumaria e supermercados. O diretor executivo do Sistema Fecomércio, Jaime Mariz, diz que não se exige muito do candidato a uma vaga temporária, mas os empresários estão querendo contratar e investir e procuram trabalhadores esforçados, que façam um trabalho de qualidade.
Nem sempre é exigida experiência, já que varia de acordo com a necessidade da loja. “A sugestão é que o candidato dê o seu melhor, o mercado está otimista e essa pode ser a oportunidade porque o mercado está aquecendo. A habilidade de venda é exigida, assim como a qualidade do serviço. Experiência, nem sempre, já que se costuma dar um ligeiro treinamento a eles. Geralmente o trabalhador temporário recebe a mesma remuneração do trabalhador efetivo, com todos os direitos”, conta o diretor.
Jaime Mariz, explica que a estimativa de crescimento no início do ano era maior, mas foi redimensionada. “Isso porque os empresários estavam mais otimistas no começo do ano, daí surgiram vários fatores, como a greve dos caminhoneiros, depois reformas que eram esperadas, como a da Previdência e não ocorreram, além do próprio processo político eleitoral que sempre deixa o empresário com o pé atrás. Mas quanto a isso, o resultado foi bem recebido, tanto que o empresariado agora busca desarquivar projetos de investimentos, aguardando assim as definições da nova equipe do governo e o modelo econômico”, pontua. Daí o otimismo começou a se fortalecer, mesmo timidamente. A inflação foi contida e o PIB cresceu, alegrando o setor.
“Dados positivos estão aparecendo”, enfatiza, Mariz. Até setembro passado, diz, o setor de comércio fechou em quase 3.500 novos trabalhadores e o crescimento de vendas ficou em torno de 6,6%. Agora, chega o período de contratações temporárias que segue até janeiro e vai coincidir com o início do novo governo e as primeiras medidas que vier a tomar. Isso poderá influenciar na efetivação de parte desses temporários quando se trata daqueles que estão querendo investir nos seus negócios.
“Em janeiro costuma-se demitir os trabalhadores temporários, mas se tiver a sensação de que a economia vai crescer vai crescer, o comerciante certamente poderá absorver esse funcionário. Há um viés de otimismo e espera-se que o governo divulgue sua equipe e o modelo econômico para que o empresário se sinta estimulado e confiante em investir no seu negócio, o que vai gerar mais emprego com mais contratações”, ressalta o diretor da Fecomércio.
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