Órgão o acusa de ter desviado, junto com outras oito pessoas, quantia de R$ 334.475,30 da Polícia Militar
O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) vai analisar a nomeação do tenente-coronel Flávio dos Santos como comandante da Operação Lei Seca no Rio Grande do Norte. O órgão o acusa de ter desviado, junto a outras oito pessoas, a quantia de R$ 334.475,30 da Polícia Militar do Estado, entre janeiro de 2004 e março de 2005. A acusação foi feita em 2013 e deu início a um processo por improbidade administrativa.
De acordo com a assessoria de imprensa do MPRN, a 60ª Promotoria de Justiça vai analisar se cabe alguma medida, adiantando que o afastamento cautelar do agente que responde por improbidade só ocorre quando está havendo interferência no processo ou na investigação.
No entanto, o promotor de Justiça Afonso de Ligório afirmou, em nota enviada ao PORTAL NO AR, que “há uma questão ética subjacente que deve orientar todo e qualquer gestor na escolha de pessoas para ocupar funções de relevo no serviço público, notadamente numa Coordenação que é responsável por uma mudança de cultura no trânsito atrelada justamente a uma ética cidadã”.
A acusação do MPRN é de que seis policiais e duas mulheres sacavam cheques da PM que eram emitidos pelo próprio Flávio dos Santos, então tesoureiro geral da corporação, e devolviam a quantia a ele. Tudo isso sem que houvesse qualquer prestação de contas do que era feito com o dinheiro.
Flávio dos Santos assumiu a coordenação da Operação Lei Seca nessa terça-feira (31), em reunião ocorrida na sede do Detran. Por meio da assessoria de imprensa do órgão, ele se defendeu garantindo que sempre agiu de forma correta, sendo infundada a denúncia do Ministério Público. Alegou ainda que responder a um processo não significa ser culpado ou estar impedido de exercer qualquer função a ele entregue.
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