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terça-feira, 3 de julho de 2018

Tabela de frete gera assimetrias no mercado, diz Acebra

presidente da Associação das Empresas Cerealistas do Brasil pediu que haja perdão de indenizações pelo descumprimento da tabela


Em audiência no Congresso Nacional para discutir a Medida Provisória (MP) 832, que estabelece uma política de preços mínimos para o frete rodoviário, o presidente da Associação das Empresas Cerealistas do Brasil (Acebra), Arney Antonio Frasson, reconheceu nesta terça-feira, 3, que há um problema no setor de transportes, principalmente em relação aos caminhoneiros autônomos. “Desde 1999, temos greve a cada três anos, então é óbvio que tem alguma coisa errada”, disse.
Ele afirmou que o tabelamento vai gerar assimetrias no mercado. E, como os preços foram fixados no pico, o que vai acontecer é que as empresas comprarão frota própria e vão tirar os autônomos do mercado. A tabela, disse ele, vai criar uma situação na qual deixarão de ser discutidos os problemas estruturais do transporte, como a situação da infraestrutura e a tributação.
“Podemos estimular a contratação direta do transportador autônomo”, indicou Frasson. Hoje, explicou, as tradings não têm frota e pagam taxas de 10% a 12% a um agenciador de caminhoneiros. Com a contratação direta, poderia haver custos menores para as empresas e renda maior para os motoristas. “Nunca pensamos nisso”, afirmou “É uma lição para resolver no futuro.”
Ele reconheceu que a tendência é o Congresso aprovar alguma forma de tabelamento do frete. Por isso, pediu que haja perdão de indenizações pelo descumprimento da tabela.
As lideranças de caminhoneiros presentes à reunião sinalizaram que são contra.

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