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terça-feira, 10 de julho de 2018

COPA 2018 : Médico admite que jogadores russos inalaram amônia, mas nega doping

Jornal Bild destacou que os integrantes do elenco da equipe anfitriã da Copa, após entrarem em campo, foram visto esfregando uma bola de algodão com força no nariz


O médico da seleção russa, Eduard Bezuglov, confirmou nesta segunda-feira, 9, que os jogadores da equipe inalaram amônia antes das partidas contra a Espanha e a Croácia, respectivamente, pelas oitavas e quartas de final da Copa do Mundo. No entanto, o chefe do departamento médico negou as acusações feitas pela imprensa alemã de que se tratava de doping.
O jornal Bild destacou que os integrantes do elenco da equipe anfitriã, após entrarem em campo, foram visto esfregando uma bola de algodão com força no nariz.
“Trata-se, simplesmente, de amônia, que você impregna em pedaço de algodão e depois inala. Milhares de atletas fazem isso para se estimular. Usa-se isso há décadas”, afirmou Bezuglov.
O médico explicou que a substância não é utilizada apenas no esporte, mas também no dia a dia das pessoas, quando alguém perde consciência ou se sente frágil.
“Simplesmente, pelo cheiro forte que solta. Você pode ir a qualquer farmácia, comprar algodão e amônia. Isso não tem qualquer relação com doping”, garantiu.
Já o jornal Süddeutsche Zeitung publicou que integrantes da delegação da Rússia na Copa confirmaram que jogadores inalavam amônia para se sentir melhor durante os jogos, e isso ocorreu antes do jogo com a Espanha, pelas oitavas.
O veículo destaca que a substância melhoraria a irrigação sanguínea e a capacidade pulmonar, embora destaque que não seja classificada como proibida pelo regulamento antidoping da Fifa.
Esta não é a primeira vez que o futebol russo é considerado suspeito de doping, pois, em 2016, a Fifa abriu investigação a 11 jogadores citados no relatório McLaren, produzido a pedido da Agência Mundial Antidoping (WADA, na sigla em inglês), que revelou escândalo de consumo de substâncias ilegais patrocinado pelo Estado.
Entes os envolvidos estaria o zagueiro Ruslan Kambolov, do Rubin Kazan, que chegou a ser convocado para a Copa, mas acabou cortado por lesão.
O caso, no entanto, foi fechado por falta de provas, de acordo com os advogados do defensor, que acabou substituído no torneio pelo veterano Sergey Ignashevich.

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