Jornal Bild destacou que os integrantes do elenco da equipe anfitriã da Copa, após entrarem em campo, foram visto esfregando uma bola de algodão com força no nariz
O médico da seleção russa, Eduard Bezuglov, confirmou nesta segunda-feira, 9, que os jogadores da equipe inalaram amônia antes das partidas contra a Espanha e a Croácia, respectivamente, pelas oitavas e quartas de final da Copa do Mundo. No entanto, o chefe do departamento médico negou as acusações feitas pela imprensa alemã de que se tratava de doping.
O jornal Bild destacou que os integrantes do elenco da equipe anfitriã, após entrarem em campo, foram visto esfregando uma bola de algodão com força no nariz.
“Trata-se, simplesmente, de amônia, que você impregna em pedaço de algodão e depois inala. Milhares de atletas fazem isso para se estimular. Usa-se isso há décadas”, afirmou Bezuglov.
O médico explicou que a substância não é utilizada apenas no esporte, mas também no dia a dia das pessoas, quando alguém perde consciência ou se sente frágil.
“Simplesmente, pelo cheiro forte que solta. Você pode ir a qualquer farmácia, comprar algodão e amônia. Isso não tem qualquer relação com doping”, garantiu.
Já o jornal Süddeutsche Zeitung publicou que integrantes da delegação da Rússia na Copa confirmaram que jogadores inalavam amônia para se sentir melhor durante os jogos, e isso ocorreu antes do jogo com a Espanha, pelas oitavas.
O veículo destaca que a substância melhoraria a irrigação sanguínea e a capacidade pulmonar, embora destaque que não seja classificada como proibida pelo regulamento antidoping da Fifa.
Esta não é a primeira vez que o futebol russo é considerado suspeito de doping, pois, em 2016, a Fifa abriu investigação a 11 jogadores citados no relatório McLaren, produzido a pedido da Agência Mundial Antidoping (WADA, na sigla em inglês), que revelou escândalo de consumo de substâncias ilegais patrocinado pelo Estado.
Entes os envolvidos estaria o zagueiro Ruslan Kambolov, do Rubin Kazan, que chegou a ser convocado para a Copa, mas acabou cortado por lesão.
O caso, no entanto, foi fechado por falta de provas, de acordo com os advogados do defensor, que acabou substituído no torneio pelo veterano Sergey Ignashevich.
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