Havaí, entupido por poluição de plástico, o estado adota novas leis para preservar a indústria do turismo e a vida marinha
O Havaí, um estado com uma indústria de turismo de US $ 17 bilhões e um persistente problema de poluição plástica, está adotando uma proibição inovadora de recipientes de poliestireno para alimentos.
Nos últimos anos, esforços de limpeza ocorreram na praia de Kamilo. Antes, os destroços tinham de 8 a 10 pés de altura em alguns lugares. Voluntários removem entre 15 e 20 toneladas de lixo novo a cada ano de Kamilo e outras praias que se estendem nove milhas até a costa.
Embora centenas de cidades e condados tenham aprovado leis que eliminam o poliestirenoem contêineres de alimentos ou outros usos, nenhuma legislação foi bem-sucedida em nível estadual nos Estados Unidos. Um esforço similar fracassou recentemente na Califórnia.
Internacionalmente, algumas nações impuseram fortes regulamentações contra a importação e o uso de poliestireno, incluindo o Zimbábue e as Seychelles. Eles proibiram o uso de todos os itens plásticos descartáveis.
O plástico e a vida marinha
Todo entulho plástico é uma preocupação para a saúde marinha e costeira. Porque não se biodegrada e pode poluir praias e o oceano. O plástico se fragmenta em minúsculos pedaçosque são comidos pela vida marinha. Espuma de poliestireno é particularmente preocupante em um estado insular como o Havaí, porque é facilmente expelido de latas de lixo e, eventualmente, para o mar.
O plástico no Havaí
Mark Manuel, coordenador regional do Programa de Detritos Marinhos das Ilhas do Pacífico, na Administração Nacional Oceânica e Atmosférica de Honolulu, declarou:
A proibição seria um passo positivo para evitar que mais detritos plásticos afetassem as costas e as águas do Havaí
Espectadores lotaram a pequena sala no Capitólio do Estado do Havaí. Ali eles viram cinco senadores lerem depoimentos públicos de apoiadores e opositores da nova lei. Esta é a primeira vez em 10 anos que uma lei estadual de proibição de espuma de poliestireno passa no Havaí. Após a audiência, os membros do comitê de Comércio, Proteção ao Consumidor e Saúde do Senado votaram por unanimidade para levar o projeto adiante. Se aprovada pelo plenário do Senado e a Câmara aprovar sua versão, a disposição entrará em vigor em 1º de janeiro de 2019. O estado já conseguiu banir as sacolas de plástico.
O problema é muito sério e envolve três atores: a indústria, os cidadãos, e os governos. Apenas leis para proibir este ou aquele tipo de plástico, não bastam. É preciso que cada um faça sua parte inclusive, e especialmente, a indústria. É urgente que ela também seja pressionada para mudar seus processos, e se responsabilizar pelo descarte ao menos das embalagens.
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