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domingo, 3 de junho de 2018

Australiano condenado por pedofilia em seu país e atropelado com mais 17 em Copacabana em janeiro morre no Rio

Christopher John Gott estava internado em coma há mais de 4 meses. Ele foi condenado na Austrália e vivia com outro nome no Brasil.

O australiano Christopher John Gott, condenado por abuso sexual na Austrália e foragido há mais de 20 anos, e também uma das vítimas de um motorista que atropelou 18 pessoas em Copacabana, no iníco do ano, morreu no Rio de Janeiro na última quinta-feira (31), após mais de dois meses em coma.

Gott estava internado no Hospital Municipal Miguel Couto, que confirmou a morte dele. O portal australiano SBS noticiou o desdobramentio do caso e informou que confirmou a morte dele com a Secretaria Municipal de Saúde. Segundo o SBS, ele morreu de falência múltipla de órgãos.
Gott, de 63 anos, e mais 17 pessoas foram atropeladas em janeiro no calçadão de Copacabana. Na ocasião, um carro desgovernado acertou o grupo e o motorista disse que sofreu um ataque de epilepsia. Um bebê de 8 meses também morreu.

Condenado por pedofilia e procurado pelas autoridades australianas, Christopher John Gott foi descoberto pela Interpol no Rio. Ele tinha um passaporte falso quando foi socorrido.
Identidade revelada
As suspeitas sobre Gott começaram no Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea. Ali, a Polícia Civil notou que um dos feridos possuía um passaporte com o nome Daniel Marcos Philips. Philips, no entanto, não existia.

A polícia então procurou a Interpol no Rio, que confirmou com autoridades australianas que o passaporte era falso: não havia qualquer registro de passaporte emitido para um cidadão da Austrália com esse nome.

Os policiais iniciaram uma cruzada para descobrir quem era o homem em coma. Como o passaporte era falso, não havia garantia de que de fato ele era australiano.

A Interpol sabia somente que ele falava inglês, e enviou as digitais para diversos países de língua inglesa. "A partir das digitais colhidas, foi feita uma comunicação com outras agências policiais mundo afora. Tivemos algumas respostas negativas, até que finalmente a Austrália confirmou que ele era um cidadão australiano", explicou à BBC Brasil Carlos Henrique Oliveira de Souza, delegado da Polícia Federal e representante regional da Interpol no Rio de Janeiro.

As autoridades brasileiras foram então informadas que o australiano era suspeito de crimes sexuais e procurado por violar sua liberdade condicional – o paradeiro de Gott era desconhecido pelas autoridades da Austrália desde 2007.

Segundo o jornal australiano "The Australian", Gott chegou a ser condenado a seis anos de prisão e fugiu dois anos depois. De acordo com o periódico, havia contra ele 17 denúncias diferentes de abuso sexual de crianças, incluindo uma acusação de estupro de uma criança menor de 14 anos e o abuso de um adolescente de 16 anos.

A polícia do Território do Norte da Austrália não comentou as condenações de Gott, mas confirmou à BBC Brasil que procurava Gott por violar sua liberdade condicional.

A entidade também afirmou que trabalhava com autoridades internacionais para avaliar a possibilidade de extradição.
Professor de inglês
No Brasil há 20 anos, Gott morava em Copacabana e dava aulas de inglês como professor particular, segundo um conhecido que pediu para não ser identificado.

No Brasil, Gott teria criado ao menos duas crianças como seus filhos.


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