Com a decisão, esta é primeira vez, desde 2008, que candidatos se negam a assinar o compromisso
Os candidatos ao Governo do Rio Grande do Norte, senador Styvenson Valentim (Podemos) e Fábio Dantas (Solidariedade), rejeitaram na manhã desta quarta-feira (31), assinar uma carta de compromisso, com pontos a serem cumpridos pelo próximo governador do Estado, proposta pelo Movimento Articulado de Combate à Corrupção (MARCCO) do RN, em evento realizado no auditório da OAB-RN.
As propostas que foram apresentadas pelo MARCOO têm como objetivo fortalecer a transparência na gestão estadual e os instrumentos de prevenção e combate à corrupção do RN, caso sejam eleitos.
Na ocasião, foi registrado uma confusão após o Movimento informar que a gestão da governadora Fátima Bezerra (PT), candidata à reeleição, cumpriu 90% dos compromissos firmados em 2018.
O Senador Styvenson queria debater os pontos apresentados pelo documento, mesmo tendo recebido o documento anteriormente. Fábio Dantas acusou o MARCCO de fazer um “showmício” para a governadora. Esta é a primeira vez, desde 2008, que candidatos se negam a assinar a carta de compromissos.
O secretário de Tribunal de Contas da União no RN, José Arimathea Valente Neto, coordenador do MARCCO, avaliou que a discussão foi resultado de um mal-entendido por parte dos candidatos, pois, desde o início do evento, todos foram informados que não haveria debate ou pontos da agenda a serem discutidos.
“Se tratava de adesão ao termo de compromisso elaborado pelo MARCCO, contendo nove pontos relacionados à prevenção e combate à corrupção. Todos foram alertados, no início do evento, que não seria dada a palavra aos candidatos, já que não estavam em discussão as realizações relativas à agenda propositiva 2018, nem estavam em discussão os pontos da agenda propositiva 2022, pois se tratava de um evento de apresentação de um termo de adesão”, disse o coordenador do movimento.
O MARCCO-RN é um movimento de articulação entre entidades públicas, privadas e pessoas físicas que firmaram um termo de compromisso de cooperação em dezembro de 2007. A principal missão é promover o debate contínuo, democrático e propositivo sobre a corrupção, seus efeitos e mecanismos de controle.
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Com a decisão, esta é primeira vez, desde 2008, que candidatos se negam a assinar o compromisso