Muita gente não sabe, mas além da Federal, existe a Constituição Estadual – e ambas precisam estar alinhadas, atendendo ao princípio da simetria constitucional. Neste sentido, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte realizou um trabalho sério de atualização e modernização da Constituição potiguar promulgada em 1989. O documento atual está disponível para todos no site da ALRN. O trabalho de atualização corrigiu várias distorções em relação ao documento federal. Segundo o procurador–geral Sérgio Freire, que conduziu o processo, vários trechos já tinham sido “declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e a atualização teve o propósito de resolver esse impasse”. Todas as alterações na Carta Magna do RN foram aprovadas através da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 003/2019, que revogou dispositivo de diversos artigos da Constituição com o objetivo de adequar o texto às mudanças decorrentes de atualizações na Constituição Federal e entendimentos jurídicos. “A essência da PEC foi a compatibilização da Constituição Estadual com a Constituição Federal. Com as emendas que promoveram as mudanças na lei federal, vários pontos do texto estadual também precisaram ser alterados para que ficassem de acordo com a Constituição Federal”, lembrou o procurador–geral. A PEC alterou, acresceu e revogou dispositivo dos artigos 8°, 19, 20, 29, 35, 49, 53, 64, 65, 71, 72, 74, 81, 90, 98, 108, 128, 140, 147 e 150; acresceu os artigos 147-A e 147-B; revogou o § 1° do artigo 55, os artigos 68 e 69 e o § 4° do artigo 111, da Constituição do Estado e alterou o art. 14 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição Potiguar. Hierarquização e autonomia A constituição estadual é o documento que contém as diretrizes (leis e princípios) que devem ser respeitadas pelos políticos que atuam no Governo do Estado – como os governadores e deputados – e também pelos administradores dos municípios – como os prefeitos e vereadores. Este documento faz parte da hierarquização do governo em níveis, que busca conferir autonomia às esferas e, consequentemente, melhorar o funcionamento dos mecanismos de administração do País. Entretanto, é fundamental entender que cada nível (instâncias federal, estadual e municipal) possui um conjunto de diretrizes que são a base para seu funcionamento. São elas a Constituição Federal, as Constituições Estaduais e, para a esfera de cada cidade, as Leis Orgânicas. Sérgio Freire lembra ainda que a PEC também teve o objetivo de atualizar a Constituição do RN de acordo com decisões dos tribunais que criaram jurisprudências e interpretações de leis no País, sendo necessárias as alterações. A Proposta de Emenda Constitucional tramitou pelas Comissões Temáticas da Casa e foi votada em dois turnos em Plenário, no final do ano passado. Com a promulgação pelo Legislativo, a Constituição Estadual passou a viger com o texto atualizado.
A piscina é um dos itens mais queridos das áreas comuns do condomínio. Um lugar para realmente relaxar e deixar a correria do dia-a-dia de lado.
Mas para que isso aconteça, é fundamental que o local esteja sempre com a manutenção em dia. As orientações abaixo servem para facilitar o trabalho do zelador, para que saiba quando executar diversas ações diferentes, e para o síndico também. Dessa forma, fica mais fácil acompanhar o trabalho do zelador.
Filtragem da piscina
- todo dia
- Duração: de 4 a 8 horas, de acordo com instruções do fabricante do filtro.
- Nos dias em que forem realizadas ações de tratamento (cloração, controle do pH etc.), a filtragem deve ser feita em seguida (e não antes), para otimizar a limpeza.
Controle do cloro
- a cada 2 dias
- Aplicar à noite, para evitar a evaporação do cloro pelo sol.
- Em piscinas de vinil ou fibra, diluir o cloro antes em um balde com água da piscina. Filtrar depois.
- Na manhã seguinte à cloração, sempre verificar a proporção de cloro livre (através de kits de medição disponíveis no mercado). Ela deve estar entre 1 e 3 ppm (partes por milhão). Acima e abaixo destes níveis, o uso da piscina deve ser suspenso.
- O cloro livre é o que ainda não reagiu com substâncias presentes na água e está disponível para combater substâncias que venham a aparecer. Portanto, ele é importante para criar uma barreira contra micro-organismos que podem transmitir doenças. Mas em quantidades excessivas pode causar irritações nas mucosas dos banhistas
- Existem linhas de produtos para tratamento sem cloro.
Controle do pH
- 2 vezes por semana
- O pH da água deve ficar entre 7 e 7,4.
- Existem produtos para medir o pH, geralmente na forma de fita de teste ou kit colorimétrico.
- Para corrigir o pH, há os chamados Redutores (ou Sulfato de Alumínio) e os Elevadores de pH (ou Barrilha Leve). Após a operação, realizar filtragem.
- *Repetir o processo se não funcionar.
- O pH fora do padrão (para cima ou para baixo) causa irritações nos olhos e pele dos banhistas, danifica o equipamento de filtragem e tira a eficiência do cloro.
- O controle do pH deve ser feito antes de qualquer tratamento químico, exceto nos dias em que forem adicionados à água produtos com hipoclorito de sódio, dicloros e tricloros.
Aspiração da piscina
- 1 vez por semana)
- Usar a opção "filtrar" quando houver pouca sujeira; para limpeza mais potente, selecione "drenar".
- Não usar o cabo diretamente, sem algum acessório na ponta, para evitar danos no revestimento do fundo da piscina.
Limpeza das bordas
- 1 vez por semana
- Usar escovas de cerdas macias ou a parte macia de esponjas de cozinha.
- Não usar palha de aço ou esponjas ásperas.
- Usar produtos de limpeza que específicos para piscina ("limpa-bordas"), pois outros contaminam a água.
- Nunca varrer a sujeira do chão próximo da piscina para dentro da água.
Retrolavagem do filtro
- 1 vez por semana
- Dura 5 minutos. Necessária para manter as boas qualidades do equipamento, livrando-o de resíduos filtrados. A água vai para o esgoto.
- Após retrolavar, o processo de enxágue deve ser feito durante 1 minuto para evitar que a água suja volte para a piscina.
Algicida
- 1 vez por semana
- É usado para eliminar algas. Não usar no mesmo dia da cloração.
Controle da alcalinidade
- *1 vez por semana
- Medir com fita de teste ou kit colorimétrico.
- Deve ficar entre 80 e 120 ppm (partes por milhão
- Para corrigir, usar "elevador de alcalinidade" e "redutor de pH"
- O controle da alcalinidade é importante para manter o nível do pH estável
- Alcalinidade fora dos padrões danifica o equipamento. Além disso, índices altos causam turbidez na água.
Supercloração
- 1 vez por mês ou quando necessário
- Necessária em períodos de muito uso da piscina, como no verão.
- Também é interessante fazer após períodos de muita chuva, por causa do acréscimo de água não tratada, e de todas as impurezas que ela traz.
- A piscina só deve voltar a ser usada quando o cloro livre voltar para os padrões usuais (1 a 3 ppm).
Clarificação
- quando necessário
- Realizar a operação após controle da alcalinidade e do pH.
- Quando a água continua turva, deve-se fazer a clarificação. Durante a filtragem, adicione Clarificador (também é usado Cal Hidratado), que se combinará com as impurezas e se depositará no fundo da piscina.
- Em casos mais críticos, será necessário aspirar o fundo. Se não houver muita sujeira acumulada, a própria filtragem elimina as impurezas depositadas pelo tratamento químico.
Cuidados necessários
- Ao lidar com produtos químicos, sempre usar luvas e óculos de proteção.
- Armazenar os produtos em local arejado e longe de crianças e animais domésticos.
- Sempre respeite as dosagens recomendadas pelos fabricantes.
- Muito cuidado com embalagens com vazamento. Retirar imediatamente do local. Não reaproveitar material que escapou da embalagem.
- Alguns produtos químicos não devem ser misturados. Observe o tópico abaixo.
Mistura perigosa
- Observe atentamente os ingredientes ativos do cloro usado, e das outras substâncias do tratamento químico da piscina.
- Apesar da semelhança aos olhos, cloro com ingredientes ativos dicloro ou tricloro não pode ser misturado ao cloro que tem hipoclorito de sódio ou cálcio - em hipótese nenhuma. Quando entram em contato, estas substâncias provocam explosão, e liberam gases tóxicos que podem provocar queimaduras. Cuidado tanto na piscina quanto na armazenagem.
- Do mesmo modo, o hipoclorito de cálcio não deve ser adicionado na piscina no mesmo dia que o redutor de pH, algicidas e estabilizadores.
- Redutor de pH e algicida também não devem ser misturados com produtos que contêm dicloro e tricloro.
Bronzeador/ filtro solar
- Afixar cartaz para os banhistas retirarem o excesso destes produtos antes de entrar na água.
- Algumas marcas de filtro solar não saem na água; estas não têm problema para a piscina.
- O bronzeador ou filtro solar presentes na água dificultam o tratamento químico.
- Podem provocar incrustações e corrosões no equipamento de filtragem.
- Também podem provocar irritações alérgicas nos banhistas.
Cobertura para piscina
- É interessante providenciar uma cobertura de lona ou outro material, para quando a piscina estiver fora de uso. Isso diminui drasticamente a perda de água por evaporação.
- Como estas coberturas são presas à borda por pinos e cordas, também evitam a queda de crianças na água.
- Não permitir acúmulo de água e sujeira em lonas de cobertura. Evitar também jogar este material na própria piscina.
Nunca abandonar a piscina
- É muito perigoso deixar a piscina sem tratamento por mais de um mês. A água torna-se um foco de doenças inclusive para quem não entrar nela: a dengue, por exemplo, é transmitida por um mosquito que se reproduz em águas paradas. O equipamento de filtragem pode sofrer avarias, quanto mais tempo ficar inativo.
- Mesmo em períodos de pouco uso, e inclusive quando a piscina tem cobertura de proteção, é preciso tratar a água e realizar filtragem. Nesses períodos, o que se pode fazer é diminuir a frequência.
- Nunca esvazie a piscina. Isso pode até comprometer sua estrutura. Se for absolutamente necessário realizar a operação, consulte o fabricante para fazê-lo de modo seguro.