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sexta-feira, 24 de abril de 2020

Governo do Distrito Federal torna obrigatório uso de máscaras

Regra será mantida enquanto perdurar estado de emergência
 O Governo do Distrito Federal (GDF) vai tornar obrigatório o uso de máscaras de proteção. A medida passará a valer a partir do dia 30 de abril. A exigência abrange todos os locais públicos, transporte coletivo e estabelecimentos comerciais, industriais e de serviço da capital da República.
A regra vai ser mantida enquanto perdurar o estado de emergência decretado no Distrito Federal em 28 de fevereiro deste ano. Quem não respeitar a obrigação poderá ser punido por infração de medida sanitária, com pena de um mês a um ano segundo o Código Penal.
O decreto com a nova regra recomendará ainda à população o uso de máscaras caseiras. E indica as orientações do Ministério da Saúde sobre o material. O órgão recomenda, por exemplo, que o objeto tenha duas camadas de tecido.
Já para quem não tiver condições de adquirir máscaras o GDF previu no decreto a garantia desse material de proteção. A distribuição será definida e informada posteriormente pela administração da capital.
Os comércios e outros estabelecimentos de atividades econômicas não deverão aceitar a presença de pessoas sem máscara. O Decreto também determina que os fabricantes de máscara para uso profissional devem priorizar na comercialização de sua produção os profissionais de saúde, fornecendo excedentes para outras categorias. 

Abertura

O Governo do Distrito Federal também determinou a abertura de diversas atividades comerciais a partir do dia 3 de maio. Primeiro a adotar medidas de distanciamento social e fechamento de atividades comerciais, o governador Ibaneis Rocha se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro na terça-feira (21) e participou da entrevista coletiva no Palácio do Planalto ontem (22) defendendo que Brasília já está em condição de flexibilizar as restrições de isolamento social.
Em entrevista coletiva hoje (23), o secretário de Saúde do DF, Francisco Araújo, informou que a taxa de isolamento na capital está em 60%. A meta, segundo ele, seria chegar a 70%, mas considera que a situação está “sob controle”, especialmente pelo fato de haver 27 pacientes internados com coronavírus e 102 leitos disponíveis.
A equipe da Secretaria anunciou que esse número deve aumentar. Um hospital de campanha está sendo erguido no Estádio Mané Garrincha, que deve ter até 200 leitos.

Testes

O governo iniciou nesta semana um sistema de testagem rápida sem sair do carro (drive thru, em inglês). Atualmente há oito pontos realizando os exames, nas áreas com maior incidência da doença na capital. A intenção é que as equipes circulem pelo Distrito Federal para passar pelas diversas regiões administrativas.
Segundo a Secretaria de Saúde, foram contratados 300 mil testes, que devem chegar em até 10 dias. Outras levas foram cedidas pelo Ministério da Saúde. Durante a entrevista coletiva hoje, os representantes do órgão foram questionados sobre os testes que deram resultados errados nos primeiros dias.
“A gente precisa ter prudência. Usar erro quando tivemos problema em oito pessoas de 8 mil testadas é absurdo. Teste em massa ele tem possibilidade tem possibilidade de falso positivo. E se tiver problema é refeito. Qualquer teste que a gente faz existe percentual de falso positivo ou negativo”, justificou o secretário adjunto de assistência à saúde do órgão, Ricardo Tavares.
Segundo último balanço do Ministério da Saúde, divulgado hoje, o DF tinha 25 mortes e 963 casos confirmados. Isso conferia uma letalidade de 2,6%, bem abaixo da média nacional, de 6,7%.

Idema esclarece erosão acentuada no Morro do Careca, em Natal

Deslizamento aconteceu em virtude das intensas chuvas dos últimos dias devem ter tido um papel central nesse processo erosivo
 O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) esclarece que, em relação ao deslizamento observado no Morro do Careca, na Praia de Ponta Negra, em Natal, as intensas chuvas dos últimos dias devem ter tido um papel central nesse processo erosivo.
Dada a inclinação do morro, o sedimento mais pesado se desestabiliza facilmente. A areia é bastante solta, de forma que esse movimento de massa que estamos presenciando é um processo relativamente natural.
Já os sedimentos de cor avermelhada que podem ser vistos com o deslizamento de areia, são próprios do grupo Barreiras, que é uma outra estrutura geológica presente na base do Morro do Careca.
De acordo com o diretor técnico do Idema, Werner Farkatt o Morro do Careca vem, ao longo dos anos, sofrendo com o processo erosivo. “Sabemos que é um processo de caráter natural devido ao próprio transporte eólico. Mas também houve uma degradação com o uso inadequado no passado, com a subida de pessoas e até de motos', explica.
"Desde que foi cercado o morro e foi proibido o acesso da população, o processo erosivo, na sua grande maioria, se tornou natural, sendo influenciado pela ação do vento, das chuvas intensas que ocorrem e até pela própria gravidade. É importante entender que, naturalmente, essa areia vai retornar. É um ciclo de tirar e recompor a areia de acordo com a ação do vento e outros fatores”, comenta o diretor.

Idosa de 69 anos morre com coronavírus em Alexandria; óbitos chegam a 35 no RN

Esta é a primeira morte por coronavírus no município 
 Uma idosa de 69 anos morreu vítima da Covid-19 em Alexandria, no Oeste potiguar, nesta quinta-feira (23). Agora, chega a 35 o número de óbitos pela doença no estado. Segundo a secretaria de saúde, é a primeira morte por coronavírus registrada no município.
A paciente estava internada no hospital regional de Pau dos Ferros.

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Sepultamentos em Manaus quadruplicam e cidade faz enterros em valas coletivas

Ocupação de leitos de UTI é de quase 100% no Amazonas; prefeito da capital fala em colapso do atendimento em saúde
A rotina de 30 enterros por dia passou para 120 em Manaus e já exige o uso de valas coletivas no Cemitério Parque Tarumã, na zona norte da capital do Amazonas. A prefeitura alega que a metodologia de “abertura de trincheira” é internacional. Diferentemente do que se convencionou chamar de vala comum, uma área de enterros sem identificações, essa medida “preserva a identidade dos corpos e os laços familiares, com o distanciamento entre caixões e identificação de sepultura”. O Amazonas registrou mais 110 casos do novo coronavírus nesta terça-feira, totalizando 2.270 infectados. Também foram confirmados mais oito óbitos pela doença, elevando para 193 o total.
A Secretaria Municipal de Comunicação (Semcom), da prefeitura de Manaus, informou oficialmente que, “com o aumento na demanda do cemitério público, em consequência da Covid-19, e devido aos consecutivos conflitos entre familiares e a imprensa”, o acesso ao local está restrito “às famílias que forem enterrar os seus entes queridos, na quantidade máxima de cinco pessoas”. “A medida visa a preservar a privacidade das famílias enlutadas e também considera o risco de propagação do novo coronavírus".
“Hoje, dos 106 sepultamentos (no Estado), 36,5% das pessoas morreram em casa. Está se caracterizando certa falência, certo colapso das possibilidades de atender. Nosso Hospital de Campanha, e a prefeitura não tem obrigação de cuidar de hospitais, está trabalhando e bem. Hoje, se não me engano, foram quatro altas. Estamos acolhendo as pessoas com critério muito rígidos para termos certeza de dominância do quadro. O número de UTIs está crescendo e as UTIs estão totalmente lotadas. As quatro vagas abertas com certeza já foram ocupadas”, disse o prefeito Arthur Virgílio (PSDB) nas redes sociais.
A alta nos enterros coincide com o momento em que a ocupação dos leitos oscila entre 96% e 100%, segundo confirmou a secretária estadual de Saúde, Simone Papaiz, em boletim do governo. Faltam vagas em leitos clínicos e, principalmente, nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Entre casos suspeitos e confirmados de covid-19, 879 pessoas estão internadas, sendo 262 em UTI.
A diretora da Fundação de Vigilância Sanitária do Estado, Rosemary Pinto, atribui os números do Amazonas à falta de adesão ao isolamento, em Manaus. “A Polícia e a Vigilância passam nas áreas de comércios não essenciais e na hora eles fecham. Duas horas depois, nós voltamos e o comércio está todo aberto. A população não está aderindo ao ‘fique em casa’.”
No Serviço de Pronto Atendimento da Alvorada, zona oeste de Manaus, a chegada de pacientes é crescente e os relatos são de estrutura precária, com falta de respiradores e de técnicos para trocar o cilindro de oxigênio. E os profissionais de saúde também se somam à lista de doentes: em uma semana, 52 testaram positivo no Amazonas. São 376 afastados. Houve nove mortes — três médicos, quatro técnicos de enfermagem e um gestor e um profissional de outra categoria.

Após 11 anos, açude no Oeste potiguar volta a sangrar; VEJA

Desde 2009, quando o estado registrou chuvas acima da média histórica, que o Açude Passagem não transbordava






https://youtu.be/Qed-t-gFsgg

A espera foi grande, mas 11 anos depois o sertanejo volta a sorrir no município de Rodolfo Fernandes, no Oeste potiguar. E o motivo de tamanha felicidade é o Açude Passagem, que sangrou nesta madrugada (veja vídeo acima).

Desde 2009, quando o estado registrou chuvas acima da média histórica, que o reservatório não transbordava.
O Açude Passagem tem capacidade para quase 9 milhões de metros cúbicos de água.

PRF apreende mais de 1.000 cigarros contrabandeados no RN; VEJA VÍDEO

Carro foi encontrado abandonado dentro de um canavial em São José de Mipibu



https://youtu.be/YnAh13CFap0

A Polícia Rodoviária Federal apreendeu, no final da tarde desta terça-feira (21), em um canavial, próximo à unidade operacional da BR-101, em São José do Mipibu, na Grande Natal, 1.040 maços de cigarros dentro de um veículo que fugiu da fiscalização.
Por volta das 17h, policiais rodoviários federais faziam fiscalização na rodovia, quando perceberam que o condutor de um Fiat, saiu da BR e pegou um desvio.
Após o acompanhamento, o carro foi encontrado abandonado dentro de um canavial. Dentro dele foram encontrados 1.040 maços de cigarros, da marca Pine Blue, de fabricação estrangeira, sem qualquer comprovação fiscal. Os ocupantes do veículo fugiram pelo matagal.
O veículo e os cigarros foram encaminhados à Delegacia da Polícia Federal em Natal. Essa é a segunda apreensão de cigarros contrabandeados feita pela PRF/RN em uma semana.

segunda-feira, 20 de abril de 2020




O conjunto motor e bomba é um dos componentes vitais para manter a sua piscina saudável, pois tem a função de recircular a água da piscina passando pelo filtro, realizando assim os seguintes processos:

Recirculação

Certos produtos químicos requer uma homogeneização rápida, então se aplica a recirculação com este objetivo.

Filtração

Processo para eliminar a sujeira da água.

Lavagem ou Retrolavagem da areia

O mais comum é o uso do filtro da posição “filtrar” é natural que ocorra a saturação da areia (carga alta de sujeira) então a moto bomba é responsável para realizar a tarefa de limpá-la deixando-a novamente em condições de filtração.

Enxague ou pré filtragem

Após o processo de lavagem ou retrolavagem,é fundamental aplicar este processo, pois tem a função de reacomodar a areia dentro do filtro.


Drenagem

Processo exigido principalmente quando necessário aspirar a piscina, jogando para o esgoto a água com sujeira decantada no fundo.Isto ocorre, após tratamentos de choques e floculações pesadas,pois estas sujeiras normalmente por serem bastante minúsculas o filtro não retém, devolvendo para o interior da piscina e consequentemente não resultando em filtração.
É de suma importância que a moto bomba esteja projetada para o volume da piscina, pois o tempo de circulação da água entre a piscina e o filtro é determinante na qualidade e estabilidade dos produtos químicos a ela adicionados.
Caso tenha dúvidas sobre o perfeito funcionamento da moto bomba, faça-nos uma consulta, teremos imenso prazer em atendê-lo.


 

 


 


 


Arena das Dunas tem mais de 2h de orações no estilo ‘drive in’; VEJA VÍDEO

Celebração foi realizada pela pastoral de Nossa Senhora dos Impossíveis, de Cidade Satélite


https://youtu.be/7tUVtkDQXVM

  Por mais de duas horas, centenas de católicos da área pastoral de Nossa Senhora dos Impossíveis, do bairro de Cidade Satélite, em Natal, participaram de momentos de oração no estilo "drive in" (veja vídeo acima). A celebração aconteceu na tarde/noite deste domingo (19), no estacionamento da Arena das Dunas, com os paroquianos dentro de seus carros . O evento foi batizado de Tarde Oracional da Misericórdia.
“Foi uma tarde especial para vivenciarmos o Domingo da Misericórdia. Estamos há um mês sem missas presenciais. Mesmo cada família em seus carros tivemos um momento de reencontro e reflexão para este momento de enfrentamento ao novo Coronavírus”, disse padre Sávio Ribeiro, da área pastoral de Nossa Senhora dos Impossíveis.
Os participantes foram estimulados a um gesto concreto que foi a doação de uma cesta básica. Cujo transporte ficou a cargo da equipe da Campanha Busão Solidário, promovida pelo Seturn e Secretaria Municipal do Trabalho e Assistência Social (Semtas). As cestas serão entregues para a Caritas Arquidiocesana e para as Pastorais Sociais da Área Pastoral de Nossa Senhora dos Impossíveis.
O Domingo da Divina Misericórdia foi iniciado com a acolhida de padre Sávio, seguida de uma saudação do prefeito de Natal, Álvaro Dias, e em seguida ocorreu o ato penitencial, Terço da Misericórdia, Benção do Santíssimo Sacramento e benção final. A tarde ainda contou a participação dos músicos locais Pedro Lucas, Mariló, João Felipe do Mesa 12 e do Grupo Musical Harmonium.
A mobilização respeitou o isolamento social por causa do novo coronavírus, utilizando-se de ferramentas tecnológicas para celebrações à distância em meio a pandemia. Cumpriu-se as distâncias recomendadas entre as pessoas, foi distribuído álcool gel e as pessoas não puderam descer dos veículos.
A tarde de orações teve o apoio da Arena das Dunas, Governo do RN e Prefeitura do Natal.

Natal tem buzinaço a favor de Bolsonaro e pela reabertura do comércio; VEJA VÍDEO

Manifestação aconteceu no bairro do Tirol, zona Leste de Natal
  Um manifesto a favor do presidente Bolsonaro aconteceu na tarde deste domingo (19) no bairro Tirol, na Zona Leste de Natal. A manifestação é uma das que acontecem por todo o país no Dia do Exército, onde exigem uma intervenção militar e pedem a reabertura do comércio.
Os atos contrariam as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), além de decretos do Estado e do município de Natal, relacionados a medidas de prevenção e contenção do novo coronavírus.
Um dos pedidos realizados pelos manifestantes é a volta do AI-5, o mais brutal ato do governo militar durante a ditadura, responsável pelo fechamento do Congresso e por limitações aos direitos individuais.
Confira vídeo do "buzinaço", realizado no bairro Tirol:


https://youtu.be/DWkuW5Eiz4I

“Desligo respiradores e os ajudo a morrer em paz”: relatos de uma UTI com pacientes de Covid-19

Os respiradores podem ser a diferença entre a vida e a morte para alguns pacientes com Covid-19. Mas equipes médicas de todo o mundo enfrentam decisões difíceis quando precisam desconectar essas máquinas
O acesso a um respirador pode ser a diferença entre a vida e a morte de alguns pacientes mais graves com Covid-19. Os respiradores os ajudam a obter oxigênio para os pulmões e liberar o dióxido de carbono quando já não conseguem fazer isso sozinhos. Mas quando essas máquinas respiratórias não podem salvá-los, as equipes médicas de todo o mundo enfrentam algumas decisões difíceis quanto à interrupção do tratamento de pacientes.
"Desligar o respirador é um momento muito traumático e doloroso. Às vezes, sinto que sou um pouco responsável pela morte de alguém", diz Juanita Nittla.
Ela é a enfermeira-chefe da UTI (unidade de terapia intensiva) do hospital Royal Free, em Londres. Nascida no sul da Índia, Nittla trabalha no NHS (o serviço público de saúde do Reino Unido) há 16 anos, como enfermeira especialista em terapia intensiva. "O desligamento dos respiradores faz parte do meu trabalho", disse a enfermeira de 42 anos à BBC durante seu dia de folga.

Último desejo

Durante a segunda semana de abril, assim que Nittla entrou no trabalho em seu turno da manhã, o assistente da UTI disse que ela teria que interromper o tratamento para uma paciente com Covid-19. Essa paciente também era enfermeira, na casa dos 50 anos. Nittla falou com a filha da paciente sobre o processo.
"Eu assegurei a ela que sua mãe não estava sofrendo e parecia muito confortável. Também perguntei sobre os desejos e necessidades religiosas de sua mãe." Na UTI, os leitos são colocados um ao lado do outro. Sua paciente terminal estava cercada por outros que também estavam inconscientes.
"Ela estava em um compartimento com 8 camas. Todos os pacientes estavam muito doentes. Fechei as cortinas e desliguei os alarmes dos equipamentos. A equipe médica também ficou em silêncio. "As enfermeiras pararam de falar. A dignidade e o conforto de nossos pacientes é nossa prioridade", diz Nittla.
Ela então colocou o telefone ao lado do ouvido da paciente e pediu para a filha dela falar. "Para mim, foi apenas um telefonema, mas fez uma enorme diferença para a família. Eles queriam uma videochamada, mas infelizmente os celulares não são permitidos dentro da UTI".

Desligar

Após o pedido da família da paciente, Nittla reproduziu um vídeo de um computador. Então ela desligou o respirador. "Sentei-me ao lado dela segurando as mãos dela até que ela faleceu."
A decisão de interromper todo auxílio e tratamento respiratório é tomada somente pelas equipes médicas após uma análise cuidadosa, que leva em consideração fatores como a idade do paciente, condições de saúde subjacentes, resposta e chances de recuperação.
A paciente morreu cinco minutos após Nittla desligar o suporte do respirador. "Vi luzes piscando no monitor e a frequência cardíaca atingir zero. Linha plana na tela".

Morrendo sozinho

Ela então desconectou os tubos que forneciam medicamentos para sedação. Sem saber disso, a filha da paciente ainda estava conversando com a mãe e fazendo algumas orações por telefone. Com o coração pesado, Nittla pegou o telefone para dizer que a mãe dela tinha partido. Como enfermeira, diz ela, seu dever de cuidado não para quando um paciente morre.
"Com a ajuda de uma colega, dei-lhe um banho na cama e a envolvi em uma mortalha branca, depois a coloquei em uma bolsa para corpos. Fiz um sinal da cruz na testa antes de fechar a bolsa", disse ela à BBC.
Nos dias pré-coronavírus, a família conversava cara a cara com os médicos sobre o término do tratamento. Parentes próximos também eram permitidos dentro de uma UTI antes de desligar equipamentos que mantinham as pessoas vivas. Mas isso não tem mais acontecido na maior parte do mundo.
"É triste ver alguém morrer sozinho assim", diz Nittla, que acha que ajudar aqueles que morrem sob seu cuidado é a melhor forma de lidar com o peso disso. Ela chegou a ver pacientes ofegando e agonizando, o que foi "muito estressante de testemunhar".

Sem leitos

Devido a um aumento maciço no número de internações, a UTI do hospital foi ampliada de 34 para 60 leitos. Todos eles estão agora ocupados. A UTI tem um exército de 175 enfermeiros trabalhando constantemente. "Normalmente, nos cuidados intensivos, mantemos uma proporção de um para um (uma enfermeira por paciente). Agora é uma enfermeira para cada três. Se a situação continuar a piorar, será uma para cada seis pacientes."
Algumas enfermeiras de sua equipe estavam apresentando sintomas e agora estão em isolamento. O hospital está treinando outros enfermeiros de apoio para trabalhar em cuidados intensivos. "Antes do início do turno, mantemos as mãos juntas e dizemos 'se proteja'. Ficamos um de olho no outro. Garantimos que todos usem luvas, máscaras e equipamentos de proteção adequadamente", diz Nittla.
Faltam respiradores, cilindros de oxigênio e muitos medicamentos. Mas o hospital dela possui equipamentos de proteção individual suficientes para toda a equipe. A UTI registra uma morte por dia, bem acima da média que tinham antes da pandemia. "É assustador." Como enfermeira-chefe, às vezes ela precisa reprimir seus próprios medos.
"Tenho pesadelos. Não consigo dormir. Me preocupo com o vírus. Converso com meus colegas e todos estão assustados." No ano passado, Nittla ficou longe do trabalho por meses devido à tuberculose. Ela sabe que sua capacidade pulmonar está comprometida. "As pessoas me dizem que eu não deveria estar trabalhando. Mas é uma pandemia; deixo tudo de lado e faço o meu trabalho", afirma.
"No final do meu turno, penso nos pacientes que morreram sob meus cuidados. Mas tento desligar quando saio do hospital."