Cidade possui nove casos suspeitos, um confirmado e uma morte em investigação
Torneiras foram instaladas na calçada da sede da Prefeitura de Caraúbas,
Palácio Jonas Gurgel, na região Oeste potiguar. O objetivo é combater a
propagação do novo coronavírus. Agora, a população pode higienizar as
mãos quando passar pelo local, que fica em uma área comercial da cidade.
Segundo o vice-prefeito da cidade, Paulo Brasil, seis pias serão
colocadas em Caraúbas. Duas na Prefeitura, que já estão implantadas,
duas nas proximidades do açougue, e mais duas no local da feira de
frutas e verduras.
"Ainda estamos colocando. Já foram colocadas duas pias na frente da
Prefeitura, colocaremos também no açougue e onde acontece a feira livre
de hortifruti. Ainda iremos pintar, colocar tendas e espaço para sabão.
Acredito que nesta quinta (9) possamos terminar", contou.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap),
Caraúbas possui uma morte em investigação, possivelmente causada pela
Covid-19. Segundo o último boletim epidemiológico, a cidade tem 9 casos
suspeitos e 1 já confirmado. Torneiras foram instaladas na calçada da sede da Prefeitura de Caraúbas, Palácio Jonas Gurgel / Foto: redes sociais
Ministro chega a ultrapassar índice de figuras políticas nacionais na pandemia do coronavírus
Alheio às polêmicas do presidente Jair Bolsonaro até o início deste ano, o
ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde) tem aumentado sua popularidade
na internet durante a pandemia da Covid-19.
A expansão, em parte previsível diante da crise sanitária, é
impulsionada também pelos embates que o chefe da pasta protagoniza com o
presidente da República.
Antes uma figura morna, Mandetta ultrapassou figuras que buscam
manter visibilidade política, como o governador de São Paulo, João Doria
(PSDB), o ex-presidente Lula (PT) e o apresentador Luciano Huck,
possível presidenciável em 2022.
A análise é da consultoria Quaest, que acompanhou o movimento nas redes de 26 de fevereiro a 4 de abril.
A empresa elaborou um índice comparativo de 0 a 100 a partir de
variáveis como número de seguidores, volume de comentários, reações
positivas e engajamento nas redes sociais. Buscas na enciclopédia online
Wikipedia e no Google também foram consideradas.
Desde o início do monitoramento, o índice de Mandetta aumentou 189%, o
maior crescimento, enquanto Lula teve queda de 30%, Huck, de 46%, e
Bolsonaro se manteve estável, no topo.
A ascensão digital do ministro da Saúde ganha força a partir de 11 de
março, quando a OMS (Organização Mundial da Saúde) declara que há uma
pandemia do novo coronavírus. A partir de então, o índice parece
acompanhar os conflitos entre ele e Bolsonaro.
Em 15 de março, quando Mandetta passou Lula pela primeira vez, o
presidente se juntara a manifestantes aglomerados em frente ao Palácio
da Alvorada. O ministro o repreendeu: “É ilegal? Não. Mas a orientação é
não. E continua sendo não para todo mundo”, disse, em entrevista.
Quando disse que "médico não abandona paciente", atingiu seu pico —um
índice de 51,4. No dia anterior, Bolsonaro (com índices próximos de 70 a
80) havia declarado, em entrevista à rádio Jovem Pan, que lhe faltava
humildade.
Já Lula, que enfrenta queda brusca, a partir do meio de março
conseguiu índices acima de 35 em apenas cinco dias, chegando a, no
máximo, 43,1. O início do período, no dia 19, coincide com a publicação
de um vídeo do ex-presidente em que ele fala sobre a crise e critica
Bolsonaro.
A popularidade digital de Mandetta ultrapassa a de Huck a partir de
23 de março —o apresentador, desde então, cai e não alcança nem 35 no
índice da consultoria Quaest.
Com os patamares mais baixos entre essas figuras nacionais (pico
inferior a 18), Doria pode parecer estagnado. Mas o tucano, que tem
pretensões de concorrer à Presidência em 2022, foi o que mais cresceu
entre os governadores —26,9%. Atrás dele, o índice do governador do
Maranhão, Flávio Dino (PC do B), cresceu 24,8%.
Para o coordenador da pesquisa, Felipe Nunes, Doria não cresceu mais
porque Mandetta apareceu. "Se o Mandetta não tivesse surgido, o Doria,
com certeza, seria um nome nacional a se contrapor a Bolsonaro", afirma.
"O mercado político é limitado. Não dá para todo mundo crescer com o
mesmo tamanho."
Além disso, a crise acaba favorecendo líderes nacionais com mais
poder de execução. O baixo crescimento de Lula e Huck também se deve a
esse fator. O apresentador, que parece ter escolhido se recolher,
despenca. É quem tem a maior taxa de queda: 46,4%.
Liderando, Bolsonaro só viu o seu índice cair no dia 24 de março,
depois de pronunciamento de ataque a governadores e medidas de
isolamento. Mas o presidente logo se recupera.
Para Nunes, ele pode ter perdido seu eleitor pragmático e pouco
ideológico, que viu irresponsabilidade em sua postura. Por outro lado,
ele pode estar caminhando para tornar ainda mais coesa a sua fiel base.
"É arriscado porque ele perde um pedaço, mas em contraposição ele
unifica ainda mais. E isso se deve ao fato de que a sua rede volta a
ficar coesa em torno da defesa de sua agenda política", afirma.
Presidente estimou que 530 mil unidades habitacionais
devem construídas com a medida. Total destinado ao setor é de R$ 154
bilhões
O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, afirmou nesta
quinta-feira (9), durante coletiva de imprensa, que o banco deverá
liberar R$ 43 bilhões em linhas de crédito. O que, segundo ele, gera um
total de R$ 154 bilhões no segmento imobiliário. O presidente estimou
que 530 mil unidades habitacionais devem construídas com essa medida.
Até então, a Caixa havia anunciado R$ 111 bilhões em recursos para
combater os efeitos da pandemia de coronavírus. As medidas permitem uma
pausa de 90 dias (três meses) nos contratos de financiamento
imobiliário. Os pedidos de suspensão nas prestações superavam os 100 mil
até o final do mês de março.
Do total de R$ 111 bilhões, Guimarães afirmou que foram emprestados
R$ 35 bilhões. Segundo ele, 5,5 milhões de famílias serão beneficiadas
por uma operação que gera um volume muito grande de empregos.
"Esta medida é muito importante porque permite que as empresas
continuem trabalhando normalmente, tanto empresas pequenas, quanto
médias e grandes”, disse. Guimarães explicou que uma das medidas é de
seis meses de carência tanto para pessoas físicas quanto para empresas.
"Compra-se um imóvel hoje e se faz o pagamento no sétimo mês. Isso nunca
aconteceu e reforça o equilíbrio entre o problema de saúde e da
economia."
"As medidas que estamos anunciando é para toda a carteira de crédito
da Caixa. Todos os contratos estão abrangidos pelas nossas medidas. São
os recursos disponíveis para a Caixas, colocamos o dinheiro na conta
para que as pessoas consigam antecipar. Temos recursos disponíveis para
isso”, disse Jair Luiz Mahl, vice-presidente de habitação da Caixa.
Além disso, o presidente da Caixa ressaltou também que nesta
quinta-feira começa o pagamento de 2,5 milhões de brasileiros com o
auxílio R$ 600. Segundo ele, dois milhões de brasileiros estão recebendo
o auxílio pela Caixa e o cerca de 500 mil pelo Banco do Brasil. "O
valor está na conta das pessoas." Pessoas físicas e empresas
De acordo com o vice-presidente de habitação da Caixa, Jair Luiz
Mahl, beneficiários do Minha Casa Minha Vida e de média renda também
terão acesso às medidas. "Além da pausa de até 90 dias, vamos ofertar
possibilidade de pagamento parcial. Caso não queiram deixar a prestação
pausada é possível solicitar o pagamento parcial da prestação."
Carga foi declarada às 22h21 da última segunda-feira (6) e liberada às 7h desta terça (7)
A equipe da Alfândega da Receita Federal em São Paulo liberou a destinação
de 50 mil kits de testes para coronavírus para uma associação privada
que realiza atendimento ao setor público pelo Sistema Único de Saúde
(SUS). A carga era proveniente da Coreia do Sul, e os reagentes foram
mantidos em contêineres refrigerados a -20º C.
A liberação dos testes foi feita de forma prioritária e simplificada.
A carga foi declarada às 22h21 da última segunda-feira (6) e liberada
às 7h desta terça (7).
A Receita Federal vem adotando medidas de combate, tratamento e
prevenção ao coronavírus, alinhando-se ao plano de ação elaborado pelo
Ministério da Saúde, que declarou Emergência em Saúde Pública de
Importância Nacional (Espin). Entre tais medidas, está a de garantir
prioridade e maior celeridade no desembaraço aduaneiro de cargas
destinados ao enfrentamento do coronavírus a fim de minimizar os
impactos que possam causar à população.
Preço do GLP vendido em botijões de 13 kg,
atualmente, está subindo mais do que aconteceu com o óleo diesel nos
meses que antecederam a greve dos caminhoneiros
O petróleo se mantém em baixa nas principais bolsas de negociação do
mundo, mas, no Brasil, um dos seus derivados, o gás liquefeito (GLP)
para consumo residencial, popularmente conhecido como gás de cozinha,
continua a se descolar da matéria-prima e chega a custar R$ 115 para a
população, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás e
Biocombustívies (ANP).
O preço do GLP vendido em botijões de 13 kg, atualmente, está subindo
mais do que aconteceu com o óleo diesel nos meses que antecederam a
greve dos caminhoneiros. Além disso, a alta do botijão acontece
justamente num momento de desvalorização do petróleo. Na prática,
significa que a população, principalmente a de baixa renda, está sendo
mais atingida hoje do que no período da crise do diesel.
De janeiro a março deste ano, o gás de cozinha ficou, em média, 0,28%
mais caro, enquanto o petróleo WTI despencou quase à metade. No mesmo
período de 2018, a variação do diesel foi de 0,24%, em um período em que
o petróleo caia 1,52%. Os dados são do Instituto de Estudos de
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), que utilizou
estatística da ANP para avaliar o mercado interno.
"Estamos observando uma resistência à queda dos preços do botijão,
apesar do preço do barril do petróleo ter despencado. Nesse cenário, o
governo deveria considerar a execução de um novo programa de subvenção
do GLP, a exemplo do que foi feito com o diesel durante a greve dos
caminhoneiros", afirma o coordenador Técnico do Ineep, Rodrigo Leão,
responsável pelo estudo comparativo entre o petróleo e seus derivados.
Em algumas regiões, o disparate de preço do gás de cozinha é maior.
No município paulista de Santos, estava vendido a até R$ 93 na primeira
semana de abril, um acréscimo de R$ 3 em relação ao início do mês
passado. O botijão mais caro é o comercializado no Estado do Mato
Grosso, a R$ 115. A ANP não informa em qual cidade isso acontece.
O Sindigás, representante das distribuidoras, diz que, em média, o
preço se mantém estável. Altas expressivas são pontuais, por conta do
oportunismo de alguns revendedores.
Para Luciano Losekann, especialista em Petróleo e Gás Natural e
professor da Faculdade de Economia da Universidade Federal Fluminense
(UFF), a alta do preço do gás de cozinha pago pelo consumidor final deve
ser ainda maior do que a registrada pela agência reguladora, porque o
comércio do produto tem a particularidade de contar com a presença de
intermediários na cadeia e ser marcado pela clandestinidade em alguns
municípios. No Rio de Janeiro é conhecida a participação de grupos
milicianos na venda em comunidades.
"A cadeia produtiva do GLP não é homogênea. Há agregadores que
revendem ao pequeno comércio e acabam tendo um poder de mercado
localizado. O consumidor que não tem botijão adicional, compra sem
pesquisar e dá prioridade à rapidez de entrega. Isso dá um poder de
mercado ao vendedor", disse Losekann, acrescentando que a classe mais
pobre é a mais atingida por essa realidade.
Na região mais populosa de Natal, a Zona Norte, apenas dois bairros foram citados. Zona Oeste não tem nenhum caso confirmado
bairro de Capim Macio, na Zona Sul de Natal, é o novo epicentro do
coronavírus da capital. Segundo dados do Laboratório de Inovação
Tecnológica em Saúde (LAIS), do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), a localidade concentra 14,29% dos casos registrado até esta quarta-feira (8).
Petrópolis e Tirol, ambos na Zona Leste, ocupam a segunda e a
terceira posição, respectivamente, com 12,70% e 11,11%. Na Zona Sul,
Candelária, Ponta Negra e Lagoa Nova também são listados como local
residencial de pacientes diagnosticados com a Covid-19.
Na região mais populosa de Natal, a Zona Norte, apenas dois bairros
foram citados: Nossa Senhora da Apresentação (4,76%) e Potengi(3,17%).
A Zona Oeste não tem nenhum caso confirmado até o fechamento desta matéria. Confira a lista completa:
Com a chegada do período da Semana Santa, o consumo de pescados, como
peixes, moluscos, crustáceos, polvos e lulas, têm um grande aumento na
capital. Pensando nisso, a Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS),
por meio do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS), separou algumas
recomendações de como obter, manipular e consumir, de maneira segura,
esses alimentos.
O primeiro cuidado que deve ser observado é o local onde os pescados
estão sendo comercializados, como explica o Dr. André Luiz Barbosa de
Lima, médico veterinário sanitarista, chefe do plantão do Setor de
Vigilância Sanitária. “Os consumidores devem estar atentos aos aspectos
de limpeza e organização das instalações, como os equipamentos, móveis e
utensílios do estabelecimento”.
O médico sanitarista acrescenta também a importância de se observar
como esses alimentos estão sendo manuseados, “Além disso, os
manipuladores de alimentos devem manter asseio pessoal, apresentar
uniforme limpo com protetor capilar e calçado fechado, não usar adornos
como anéis, brincos e pulseiras, ou até mesmo esmaltes ou outro material
que possa se constituir como contaminante ao alimento”.
Os pescados são uma importante fonte de proteínas e outros
nutrientes, mas exigem cuidados especiais, principalmente porque são
altamente perecíveis e podem causar doenças, se não forem manipulados de
maneira segura “Uma coisa importante é com relação à temperatura de
manutenção dos peixes. Se obtidos frescos, devem ser rapidamente
consumidos ou mantidos sob temperatura segura abaixo até 4°C (quatro
graus centígrados), quando refrigerados, e abaixo de – 18°C (menos
dezoito graus centígrados), quando congelados”, esclarece Dr. André Luiz
Lima, que reforça a diferença entre os cuidados que devem ser tomados
nas diferentes espécies, pois “ostras e mexilhões são exceção, já que
devem ser obtidas frescas e vivas”.
Aspectos que devem ser observados na hora da comprar pescados:
Por se tratarem de alimentos diferentes e altamente perecíveis, cada
pescado tem um padrão de identidade e qualidade específicos, e obedecem a
critérios sanitários diferentes, que devem ser observados pelo
consumidor na hora da compra. “Os pescados fazem parte da composição de
alimentos saudáveis, porém devemos ficar atentos a alguns cuidados para
que sejam considerados seguros para consumo.”, comenta Lima. Peixes
As escamas dos peixes devem estar bem firmes e resistentes,
translúcidas e brilhantes. Sua pele deve apresentar um aspecto úmido e
firme e seus olhos brilhantes e salientes, sem a presença de pontos
brancos ao centro. O peixe também deve apresentar odor, sabor e cor
próprios característicos da espécie.
Outros aspectos que podem ser observados na hora da compra, devem ser
se as brânquias, que devem apresentar uma cor rosada ou de um tom
vermelho intenso, ou, se a membrana que reveste a guelra está rígida e
apresenta resistência quando se tenta abri-la. A face interna da
membrana também deve estar brilhante e os vasos sanguíneos, cheios e
fixos. Já o abdômen do peixe deve apresentar elasticidade marcante e
aderir fortemente aos ossos. Moluscos
Os molusco (mariscos e ostras) devem ser expostos à venda ainda
vivos, com as valvas (conchas) fechadas com retenção de água incolor e
límpida. Sua carne deve ser úmida e bem aderente à concha, ter um
aspecto esponjoso e apresentar uma cor acinzentada-clara nas ostras e
amareladas nos mexilhões. O odor das moluscos deve ser agradável e
pronunciado. Polvos e Lulas
Devem ter a pele lisa e úmida e uma coloração ausente de qualquer
pigmentação estranha à espécie. Os olhos devem apresentar aspectos vivos
e salientes. A carne deve apresentar consistência e ser elástica e seu
cheiro próprio levemente adocicado. Crustáceos
Já os crustáceos (lagostas, caranguejos e camarões), devem apresentar
um aspecto brilhante e úmido. Seu corpo uma curvatura natural e rígida,
com patas firmes e resistentes. Sua carapaça deve estar bem aderente ao
corpo, e suas pernas inteiras e firmes.
Eles também possuem uma coloração própria da espécie que devem ser
observadas na hora da escolha (sem qualquer pigmentação estranha ou
coloração diferente na carapaça). Seus olhos devem estar vivos e
destacados e seu cheiro próprio deve ser suave.
Uma ação conjunta entre as Secretarias de Limpeza Urbana (Selim) e de
Segurança, Mobilidade Urbana e Defesa Social (Sesdem) realizou, na
manhã deste domingo (5) a desinfecção dos transportes alternativos
interbairros, além das viaturas do 3º Batalhão da Polícia Militar, da
Guarda Municipal e do trânsito.
A ação tem como objetivo a prevenção e o combate ao novo Coronavírus,
causador da Covid-19. Ao todo foram desinfectados 108 veículos, sendo
90 alternativos, 10 viaturas da PM, quatro da Guarda Municipal e quatro
do trânsito.
De acordo com o secretário Marcondes Pinheiro, a medida segue
determinação do prefeito Rosano Taveira, seguindo as recomendações dos
órgãos competentes de saúde. “Estamos trabalhando de forma incansável
contra a Covid-19. Ação visa minimizar ao máximo as conseqüências do
novo Coronavírus”, disse.
Para Edilson Barbosa, motorista da linha 6 a medida é muito
importante, pois protege tantos os trabalhadores dos transportes
alternativos, quanto os passageiros que utilizam o serviço. “Este é um
momento em que todos devemos estar unidos, cada um fazendo a sua parte”,
destacou.
Mandetta disse que sua única exigência é 'melhor
condição de trabalho' e revelou que seus assessores chegaram até a
limpar suas gavetas nesta segunda
ob "fritura", o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, anunciou na
noite desta segunda-feira, 6, que permanece no cargo, reiterou que
"médico não abandona paciente" e, sem citar diretamente o presidente
Jair Bolsonaro, reclamou de críticas que, em sua visão, criam
dificuldades para o seu trabalho à frente da pasta.
O ministro observou que a crítica construtiva "enobrece" e faz dar
passos à frente. "O que temos dificuldade é quando em determinadas
situações, ou determinadas impressões, as críticas não vêm no sentido de
construir, mas para trazer dificuldade no ambiente de trabalho. Isso
tem sido uma constante. Vamos continuar", reiterou.
Mandetta disse que sua única exigência é "melhor condição de
trabalho" e revelou que seus assessores chegaram até a limpar suas
gavetas nesta segunda, em meio a boatos de que poderia sair do
ministério. "Eu não vou abandonar (o cargo), agora as condições de
trabalho dos médicos precisam ser para todos. A única coisa que pedimos é
o melhor ambiente para trabalhar", frisou. "Aqui nós entramos juntos,
estamos juntos e quando eu deixar o ministério a gente vai colaborar de
outra forma a equipe que virá. Entramos juntos e vamos sair juntos",
afirmou na sua fala mais contundente desde que a crise com o presidente
teve início.
Mandetta acumulou uma série de desgastes com o presidente Jair
Bolsonaro ao defender um amplo distanciamento social da população como
enfrentamento do novo coronavírus. O ministro, aplaudido pela equipe da
pasta ao chegar para a coletiva de imprensa, se colocou como "dono das
dúvidas", e não da verdade. Antes de se pronunciar, Mandetta participou
de reunião ministerial comandada por Bolsonaro.
O passe de Mandetta passou a ser cobiçado pelos governadores de São
Paulo, João Doria (PSDB), e de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), caso deixe o
governo federal. A atuação do titular da pasta no combate ao novo
coronavírus no País é elogiada pelos chefes dos Executivos estaduais e
conta com o apoio dos comandos do Supremo Tribunal Federal (STF) e do
Congresso, que ontem se manifestaram contra a demissão do ministro. Alerta
Militares insistem que essa é uma guerra que não é boa para ninguém. E
alertam para falta de opção. O ex-ministro Osmar Terra, um dos aliados
que mais tiveram acesso a Bolsonaro nos últimos dias e que busca assumir
o lugar de Mandetta, foi demitido do Ministério da Cidadania porque não
dava resultado.
Ontem, diante da possibilidade de saída de Mandetta, houve novos
panelaços em alguns bairros de São Paulo. Servidores da pasta da Saúde
também desceram dos seus escritórios para aplaudir o ministro.
"Não posso aceitar que um médico da competência do Mandetta vá pra casa. Se sair, já está nomeado em Goiás", afirmou Caiado.
Já Doria, um dos principais adversários políticos do presidente,
evita abordar o tema publicamente, mas disse a auxiliares que gostaria
de contar com o ministro em seu time. Em entrevista recente, o tucano
defendeu Mandetta e afirmou que a demissão dele seria "um desastre" para
o Brasil.
A avaliação de Bolsonaro, porém, é de que seu ministro adotou uma
postura arrogante diante da crise e deveria ouvi-lo mais. "Algumas
pessoas do meu governo, algo subiu à cabeça deles. Estão se achando
demais. Eram pessoas normais, mas, de repente, viraram estrelas",
afirmou o presidente no domingo, ao receber apoiadores no Palácio da
Alvorada. Era uma indireta por Mandetta ter participado de uma "live" da
dupla sertaneja Jorge e Mateus, quando voltou a defender o isolamento
social, um dos pontos de divergência com o chefe do Executivo.
Outra divergência é em relação ao uso da cloroquina em pacientes da
covid-19. Bolsonaro é um entusiasta do medicamento indicado para tratar a
malária, mas que tem apresentado resultados promissores contra o
coronavírus. O ministro, por sua vez, tem pedido cautela na prescrição
do remédio, uma vez que ainda não há pesquisas conclusivas que comprovem
sua eficácia contra o vírus. Em mais um sinal de desprestígio de seu
ministro da Saúde, o presidente voltou a se reunir com médicos ontem
para falar sobre o uso do medicamento. "Ciência. Não vamos perder o
foco", repetiu o ministro ontem após se reunir com médicos convidados
por Bolsonaro para defender o remédio. Militares
Os generais que assessoram o presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do
Planalto, atuam para apaziguar os ânimos e evitar a demissão de
Mandetta. Assim como Bolsonaro, os militares também têm reparos à forma
como o ministro se comporta. Eles consideram que Mandetta tenta
capitalizar as ações da pasta. Mas avaliam que uma demissão, neste
momento, fortaleceria os governadores que hoje travam uma queda de braço
com o presidente.
Pesquisa XP mostrou que cresceu o apoio aos governadores na medida em
que a pandemia se alastra pelo País. Os militares do Planalto tentam
convencer Bolsonaro dos riscos de um desgaste de sua popularidade. Os
militares têm consciência que os maiores inimigos são as redes sociais e
dezenas de grupos de WhatsApp que alimentam a ira de Bolsonaro. Os
discípulos do escritor Olavo de Carvalho, guru da família do presidente,
e o vereador e Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) já demitiram Mandetta em seus
posts e passam o dia tentando fazer Bolsonaro usar a caneta.
Um criminoso correu atrás de um homem na tarde desta terça-feira (7)
durante uma tentativa de homicídio na Zona Sul de Natal. Durante a
perseguição, o bandido atirou várias vezes, como mostra o vídeo acima.
O crime foi ao lado do Atacadão Zona Sul. A vítima estava perto de um
carro quando o bandido chegou e começou a atirar. O homem correu pela
rua na tentativa de escapar, quando foi baleado na mão.
Após a ação, o criminoso conseguiu fugir. Já a vítima foi socorrida ao hospital e passa bem.