Estudos apontam novas áreas de pesquisas para alavancar economia e atrair novos investidores
O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) vai apresentar na próxima terça-feira (23), em Recife, estudos sobre avanços no conhecimento geológico que ampliam o potencial mineral do Rio Grande Norte, especialmente nos municípios de Lajes e Santa Cruz. Além das Notas Explicativas das Folhas dos municípios potiguares, também serão apresentadas de Buíque-PE, mapeadas na escala 1:100.000, Informe Geoquímico da Bacia do Araripe, o Atlas de Rochas Ornamentais dos Estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas, e o relatório do Projeto Campina Grande, que aponta alternativas para o abastecimento por águas subterrâneas.
O evento contará com a presença do diretor de Geologia e Recursos Minerais da CPRM, José Leonardo Silva Andriotti, e dos chefes de Departamento Lúcia Travassos e Marcelo Almeida. Os produtos a serem apresentados ampliam o conhecimento geológico da região e apontam novas áreas com potencial para pesquisa mineral, que visam alavancar a economia e atrair novos investidores.
Foi realizado mapeamento geológico sistemático nas Folhas Lajes e Santa Cruz, na escala 1:100 000, em uma área de 6 mil km², localizada na Província Mineral do Seridó, de forte vocação mineira. Na Folha Lajes foram cadastrados 315 pontos de recursos minerais, abrangendo 32 substâncias minerais, como tungstênio, ouro, ferro, tântalo, nióbio e gemas preciosas. Destaque para identificação pela primeira vez na região de ocorrências de compostos de minérios como de Fe-Ti-V, que abrem possibilidades metalogenéticas para ocorrências de outros tipos de mineralizações como EGPs, Ni e Au, associadas a rochas máficas-ultramáficas.
Na Folha Santa Cruz, há 693 ocorrências minerais, com destaque para ouro, gemas (água marinha, granada), minerais industriais (tantalita/ columbita) e de uso na construção civil (mármore, areia). Destaque para delimitação de novas áreas potencias para prospecção de scheelita, gemas e ouro.
Atlas de Rochas Ornamentais
Também será apresentado o resultado da avaliação de uma área de 235.000 km² nos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas, região com expressivos depósitos de rochas ornamentais, com aplicação garantida na condição de revestimento de interiores e exteriores na construção civil. Foram catalogados 85 materiais com base no forte apelo comercial e expectativa de valorização no mercado externo. Deste total, 14 não têm registro regular precedente, representando possibilidade para novos empreendimentos mineiros.