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quarta-feira, 13 de junho de 2018
Senado aprova medida provisória de auxílio emergencial a refugiados
O Plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (12) a medida provisória que define ações de assistência emergencial para os refugiados venezuelanos em Roraima, MP 820/18. A matéria foi aprovada sem alterações em relação ao texto aprovado na Câmara e segue para sanção presidencial.
A edição da MP foi motivada pela crescente imigração de venezuelanos para o Brasil, mas suas regras podem ser aplicadas também a outras situações, como o fluxo de haitianos para o Acre, cujo auge foi entre 2012 e 2015. Já o estado de Roraima recebe, desde 2016, parte dos venezuelanos que saem de seu país por causa da crise econômica.
A medida provisória condiciona a execução das ações de assistência à disponibilidade orçamentária. A prioridade de aplicação dos recursos será em ações e serviços de saúde e segurança pública. O texto autoriza a União a aumentar o repasse de recursos para os fundos estaduais e municipais de saúde, educação e assistência social dos entes afetados após a aprovação de crédito orçamentário.
Para o presidente da comissão mista que analisou a MP, senador Paulo Paim (PT-RS), a matéria é importante e tem o mérito de garantir a presença da sociedade civil na execução das medidas emergenciais. A senadora Ângela Portela (PDT-RR) elogiou a matéria, mas lamentou o que chamou de “ausência do governo federal” em Roraima. Segundo a senadora, a construção de abrigos não é suficiente, a rede pública de saúde está sobrecarregada e as escolas não têm estrutura adequada para atender a demanda crescente com a presença dos imigrantes.
“O povo de Roraima não pode atender o povo venezuelano sozinho. O governo federal precisa ajudar Roraima, com serviços de segurança e saúde”, suplicou a senadora. (Com Agências Senado e Câmara)
tália convoca embaixador da França após Macron criticar cinismo de Roma sobre imigrantes
O embaixador da França em Roma foi convocado nesta quarta-feira (13) ao Ministério das Relações Exteriores italiano. A medida acontece após críticas do presidente Emmanuel Macron ao novo governo da Itália, de Giuseppe Conte, que se recusou a acolher os 630 imigrantes do navio Aquarius.
As declarações do presidente francês criam forte tensão diplomática com a Itália. Após a recusa de Roma em autorizar que o Aquarius aportasse no país, Emmanuel Macron falou na terça-feira (12) em cinismo e irresponsabilidade por parte do governo italiano.
O Conselho italiano considerou "surpreendentes" as críticas de Macron. O novo ministro do Interior de extrema-direita, Matteo Salvini, rebateu o presidente francês afirmando que a Itália não vai aceitar “lições hipócritas de países que sempre fogem de suas responsabilidades” em termos de imigração. Nesta manhã, Salvini pediu mais “generosidade” à França, sugerindo que o país acolha mais imigrantes.
A convocação de um embaixador é um fato raro entre membros da União Europeia. O embaixador francês, Christian Masset, será recebido na manhã desta quarta-feira na Farnesina, sede do ministério das Relações Exteriores em Roma, segundo uma fonte diplomática.
Aquarius rumo à Espanha
Emmanuel Macron recebe na sexta-feira (15) no Palácio do Eliseu, em Paris, o novo primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, para discutir a polêmica crise migratória na Europa.
Além da tensão com a Itália, a reação da França em relação à situação dos imigrantes do Aquarius provoca divisão no partido a República em Marcha (LRM), do presidente francês. Vários deputados da maioria no poder criticaram a demora do executivo em reagir, levando o primeiro-ministro Edouard Philippe a garantir que a “França vai ajudar as autoridades espanholas a acolher e analisar a situação dos migrantes”.
A Espanha foi o único país que aceitou receber o barco. O Aquarius, que estava bloqueado no mar Mediterrâneo desde o último domingo (10), está a caminho do porto espanhol de Valença, onde os 629 imigrantes devem desembarcar no sábado.
Vida nova para o carro elétrico
Em 1996, foi lançado na Califórnia, nos Estados Unidos, o primeiro carro elétrico contemporâneo desenvolvido por uma grande montadora, o EV-1, da GM. O carro ficou famoso ao ser testado por algumas estrelas como Tom Hanks e Mel Gibson, e motivou o desenvolvimento de outros veículos elétricos, mas híbridos, como o Prius, da Toyota, ainda na ativa.
Pouco tempo depois de seu lançamento, porém, o carro foi retirado do mercado pela própria GM. Segundo informou a montadora à época, o responsável pela “morte” do EV-1 foi o mercado consumidor norte-americano, que não aceitou a novidade movida à eletricidade. De acordo com a empresa, uma lista de espera do carro que começou com 5.000 clientes interessados no momento de seu lançamento, acabou com apenas 50 consumidores que efetivamente queriam comprá-lo.
Agora, mais de 15 anos depois da experiência malograda do EV-1, a Fiat anuncia o lançamento do Palio elétrico, ainda em fase de projeto experimental. O novo modelo é o resultado da parceria entre a Fiat, a usina hidrelétrica de Itaipu, a controladora de hidrelétricas suíças Kraftwerke Oberhasli (KWO), empresas de tecnologia, concessionárias de energia elétrica e instituições de pesquisa do Brasil, Paraguai e Suíça.
Todas essas empresas e instituições estão unidas no Projeto Veículo Elétrico, que pretende desenvolver um carro movido à eletricidade com 450 km de autonomia, velocidade máxima de 150 km/hora e tempo de recarga da bateria de 20 minutos. O protótipo desse veículo elétrico já roda na área da Usina de Itaipu que deve adquirir mais 20 unidades nos próximos cinco anos. O novo modelo também despertou o interesse da CPFL Energia (Companhia Paulista de Força e Luz), que adquiriu um Palio elétrico usado no trabalho de fiscalização do Parque do Ibirapuera, informou a assessoria da Fiat.
O modelo atual, porém, ainda está longe das metas e apresenta limitações para a comercialização em larga escala, servindo apenas para atender nichos específicos, composto por pequenas frotas com a necessidade de percorrer distâncias curtas, como acontece com os veículos das companhias elétricas, por exemplo.
“O Palio Elétrico não tem a pretensão de substituir o carro com motor à combustão, pelo menos no curto prazo”, explica Guilherme Pena, assessor de comunicação da Fiat. Por isso o caráter experimental do projeto que pretende investir na pesquisa dos motores elétricos, de modo geral, propondo soluções para o futuro.
Os principais problemas dos elétricos existentes hoje são a sua autonomia, a dificuldade de atingir uma escala de produção que garanta um preço competitivo de mercado, além do peso e tamanho da bateria.
A autonomia é uma dificuldade que também foi enfrentada pelo EV-1, da GM. No caso do novo Palio, a distância percorrida sem precisar recarregar, é de até 120 km, enquanto a velocidade máxima é de 110 km/h. “O carro vai até Santos e chegando lá terá que ser carregado novamente. Se a viagem for até Ribeirão Preto, a recarga terá que acontecer no meio do caminho”, exemplifica Pena. O Palio elétrico tem uma entrada de tomada no lugar onde hoje se localiza o tanque de gasolina que pode ser ligada a qualquer fonte de 110 ou 220 volts, e a recarga necessita de oito horas.
A bateria é o ponto crucial de todos os veículos movidos à eletricidade. Isso por que para ter desempenho e potência semelhante aos carros com motor à combustão, é preciso colocar uma bateria que, ainda hoje, é grande e pesada – o que limita o desenvolvimento de modelos que interessem aos consumidores. No novo Palio a bateria pesa 100 kg, suficiente para o seu propósito de percorrer pequenas distâncias, com bom desempenho.
Como condição adicional para conseguir comercializar o carro elétrico em larga escala, seria preciso baixar seu custo de produção. Hoje a versão elétrica ainda custa 40% mais cara que as tradicionais.
Os ventos que impulsionam a nova tentativa de investimento nos carros elétricos vêm da preocupação, por parte da indústria, com o meio ambiente, seja com a poluição atmosférica ou com o aquecimento global. “O veículo elétrico é mais uma alternativa para ajudar a diversificar a matriz energética nos transportes”, descreve Pena.
Segundo dados do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU), os automóveis são responsáveis por 20% das emissões de gás carbônico, em todo mundo. No Brasil, de acordo com o Ministério de Ciências e Tecnologia, o desmatamento e as queimadas respondam por cerca de 75% do total das emissões, chegando a cerca 780 milhões de toneladas de CO2 (em 1994). Já as as emissões do setor energético (incluindo geração de eletricidade e uso de combustível) representam 23% do total, estimadas em cerca 240 milhões de toneladas de CO2. Desse volume,, 40% referem-se ao consumo de combustíveis no transporte.
O carro elétrico, por outro lado, concentra emissões somente no momento da geração primária de energia elétrica que, no Brasil, vem basicamente das usinas hidrelétricas, com baixa emissão de gases causadores do efeito estufa, quando em comparação à outras fontes de energia.
No caso do Brasil, a geração hidrelétrica é responsável por cerca de 80% da produção de energia elétrica. E a emissão de gases de efeito estufa pelo sistema elétrico no país é em média 0,02 tonelada de carbono por MWh, bastante baixa se comparada, por exemplo, com o emitido com o uso do carvão mineral, que provoca emissão de 0,36 tonelada de carbono por MWh, segundo dados da Iniciativa Verde.
Resta agora saber se o moderno Palio conseguirá redimir o velho EV-1, ao apostar novamente nos modelos elétricos. Ainda que o modelo atual tenha alcance limitado, as pesquisas continuam e a perspectiva parece positiva.
O consumidor atual terá a excelente oportunidade de fazer uma escolha em que espera-se que analise os impactos, positivos e negativos, e decidir qual será o combustível de seu próximo veículo em função do maior impacto positivo e o menor impacto negativo sobre a sociedade, o meio ambiente e a economia. Escolher um carro que utilize energia renovável e de baixo impacto negativo será sempre uma decisão na direção certa.
Mel é transformado em combustível em empresa no interior da Bahia
Luiz Jordans, autor do projeto, mantém produtora de mel desde 1995.
Alimento que antes era descartado foi reaproveitado após pesquisas.
Proprietário de uma empresa produtora de mel no município de Barra do Choça, no sudoeste da Bahia, o apicultor Luiz Jordans desenvolveu um projeto que possibilita a transformação do alimento em álcool combustível. Por meio da ideia, o empresário diz que zerou o descarte de mel no empreendimento e hoje mantém um veículo usado nos negócios apenas com o combustível alternativo.
Ao G1, Jordans explicou que a empresa produz dez mil quilos de mel por mês. Neste período, 100 quilos, que equivale a 1% da produção, acabavam sendo descartados por oferecerem risco ao consumo humano. O produtor tinha opção de transformar o percentual de descarte em ração para as próprias abelhas, entretanto, o risco de fermentação poderia colocar a vida dos insetos também em risco.
“Temos uma produção sustentável e não queríamos jogar esse percentual descartado no meio ambiente. Isso nos incomodava”, ressaltou sobre o incentivo para o início dos estudos.
Em 2011,o empresário afirma que a empresa iniciou um processo de pesquisa que possibilitasse o aproveitamento do mel descartado no processo de produção. Com o financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), foi identificada a possibilidade de transformar o descarte em álcool alimentício.
Por meio de um procedimento de recolhimento e fermentação, que contou com auxílio técnico do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o empresário detalha que o mel atingiu as características necessárias para ser transformado em álcool alimentício. O produto pode ser utilizado na produção de licores e extratos medicinais. "Estamos armazenando para a produção desses dois produtos. Temos agora que apresentar os resultados destas pesquisas ao Ministério da Agricultura, para que possamos comercializar essa produção", destaca.
Mesmo com a transformação, Jordans percebeu que 30% do álcool alimentício produzido também seria descartado no processo de produção. “O que fazer com segundo descarte?", disse Jordans sobre o questionamento que gerou o desenvolvimento de um novo projeto, no início deste ano. Desta vez sem financiamento, o empresário destacou o início dos estudos para transformação do alimento também em álcool combustível.
"Foi instintivo. Nosso objetivo era zerar o descarte", comentou. Jordans explica que o mel, além da fermentação, foi inserido em um processo de destilação. Em resumo, o alimento é fermentado, transformado em mostro (misturado com água) e em seguida destilado. O resultado atingido no processamento foi o álcool combustível.
Por conta do projeto, segundo Jordans, a empresa zerou todo o descarte de mel. Além disso, o alimento transformado em combustível passou a abastecer um veículo usado nos serviços de manutenção de apiários e entrega de mercadoria da empresa. O carro transita entre as cidades de Barra do Choça e Vitória da Conquista, 28 km distantes.
"Agora, fechamos o ciclo e não temos mais descarte nenhum”, disse. Os resultados da pesquisa foram encontrados neste ano e chegaram a ser apresentados no Congresso Baiano de Apicultura, que foi realizado entre os dias 7 e 10 de julho deste mês, em Ilhéus.
“O projeto faz parte de uma necessidade ambiental. É um compromisso que as indústrias devem ter o meio ambiente”, afirma. A empresa de Jordans foi criada em 1995 e produz mais 1 tonelada de mel por ano. O produto é distribuído para toda a Bahia e para estados como Pernambuco e São Paulo, além do Distrito Federal. O pesquisador afirma que não pretende usar álcool do mel para comercialização, mas continuará utilizando o combustível sustentável no veículo da empresa.
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