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segunda-feira, 4 de junho de 2018

Margens de lucro de postos dispararam durante paralisação, diz ANP

Em duas semanas, o litro da gasolina subiu 7,7%

A pesquisa semanal de preços dos combustíveis da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocmobustíveis) divulgada nesta segunda (4) indica que as margens de lucro praticadas por postos de gasolina dispararam durante o período de paralisação dos caminhoneiros.
Em duas semanas, o litro da gasolina subiu 7,7%, o do diesel teve alta de 6,5% e o do gás de botijão, de 5,4%. O etanol, que está em momento de queda pelo início da safra de cana-de-açúcar, aumentou 6%.

Em todos os casos, a alta foi provocada pelo aumento das margens de revenda, comprovando percepção do consumidor de que os postos que receberam produtos aumentaram os preços durante a paralisação dos caminhoneiros.

Diante da falta de produtos, o número de postos pesquisados foi bem inferior à média das semanas anteriores. No caso da gasolina, foram 485, contra cerca de 5.627 na semana anterior. Para o diesel, o número de postos caiu de 3.182 para 378.

+ Ministério da Fazenda deu parecer contrário a tabelamento de frete

Em média, a margem de lucro na venda de gasolina subiu 51,8%, para R$ 0,62, entre a semana anterior à greve e a semana passada - quando o preço médio da gasolina no país foi de R$ 4,614 por litro. No caso do etanol, o aumento da margem foi de 18,7%, para R$ 0,52 por litro, levando o preço médio do combustível a R$ 2,953 por litro.

O menor aumento foi verificado nas vendas de óleo diesel, com a margem subindo 13% em duas semanas, para R$ 0,382. De acordo com a ANP, o preço médio de venda do diesel nos postos brasileiros durante a semana passada foi R$ 3.828 por litro.

A margem de revenda do botijão de gás também teve aumento expressivo: 32,6%, para R$ 22,15. Na última semana, diz a ANP, o preço médio do botijão de 13 quilos, chegou a R$ 70,61.

Houve aumento também nos preços de venda das distribuidoras, mas em menores percentuais. Entre a semana anterior à greve e a semana passada, a gasolina vendida pelas distribuidoras subiu 3%, o diesel, 5,8% e o etanol, 3,7%.

Nesta segunda, o governo anunciou que usará poder de polícia para garantir que os descontos no preço do diesel cheguem ao consumidor final. A expectativa é que o desconto seja de, no mínimo, R$ 0,41 por litro.



Número de mortos por vulcão sobe para 62 na Guatemala

Foi a maior erupção do Vulcão de Fogo em mais de quatro décadas

O saldo de mortos pela erupção do Vulcão de Fogo, na Guatemala, subiu para 62 nesta segunda-feira (4) e espera-se que aumente ainda mais, pois muitos locais atingidos ainda estão muito quentes para serem vasculhados. Foi a maior erupção desse vulcão em mais de quatro décadas.
Equipes em helicópteros resgataram com vida ao menos dez pessoas em meio à lama e às cinzas que chegavam às vezes à altura dos telhados das casas. Em alguns casos, eles tiveram de usar marretas para perfurar os telhados em busca de sobreviventes.
Moradores de El Rodeo, a cerca de 12 km da cratera, disseram que foram pegos de surpresa pelas cinzas quentes e pedras que se moviam rapidamente quando o vulcão explodiu no domingo (3).

Segundo Fanuel Garcia, diretor do Instituto Nacional de Ciência Forense, todos os mortos são dos vilarejos Los Lotes e El Rodeo, mas apenas 13 foram identificados até agora, porque os rios de lama que atingiram temperaturas de até 700º C desfiguraram os corpos.

Autoridades disseram temer que o saldo de mortes aumente pois há muitos desaparecidos. A agência de desastres disse que 3.265 pessoas deixaram os locais afetados.

Entre as mortes estão as de quatro pessoas da mesma família, mortas quando a lava incendiou a casa onde estavam, em El Rodeo, afirmou o coordenador de desastre nacional, Sergio Cabanas.

Duas crianças foram queimadas vivas quando pararam para ver a segunda erupção de uma ponte, acrescentou Cabanas.

Vídeos dramáticos mostraram o avanço rápido do rio de lava, cinzas e lama destruindo a ponte de uma estrada entre as localidades de Sacatepequez e Escuintla.

Cinzas atingiram áreas da Cidade da Guatemala, distante 44 km do vulcão, bem como os departamentos (estados) de Sacatepequez, Chimaltenango e Escuintla. Ruas e casas ficaram cobertas na cidade colonial de Antigua, uma popular destino turístico e patrimônio histórico da humanidade.

Autoridades fecharam o aeroporto internacional da Cidade da Guatemala devido ao perigo para os aviões, mas o local foi reaberto no meio da manhã desta segunda.

Um dos mais ativos vulcões da América Central e um dos 34 da Guatemala, o Vulcão de Fogo atinge uma altitude de 3.763 metros acima do nível do mar em seu pico.



Netanyahu inicia viagem pela Europa tendo Irã como prioridade

Premiê israelense deve passar por Berlim, Paris e Londres

O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, inaugurou nesta segunda-feira (4) sua turnê pela Europa para convencer os líderes do continente a abandonar o acordo nuclear com o Irã. Em quatro dias, ele deve passar pelas principais capitais: Berlim, Paris e Londres.
O trato com o Irã foi assinado em 2015 pelo ex-presidente americano Barack Obama e por representantes da Alemanha, França e Reino Unido, além da Rússia e da China.
Mas, a administração de Donald Trump decidiu abandoná-lo em maio, alegando que o país não está cumprindo com a sua parte e mantém os planos de ter um arsenal nuclear -ele não apresentou provas para confirmar sua afirmação.

O acordo segue em vigor, apesar de enfraquecido, porque as principais potências europeias insistem em mantê-lo. Justamente por isso Netanyahu quer convencer esse bloco econômico a deixá-lo.

"Vou discutir dois assuntos: Irã e Irã", Netanyahu afirmou à imprensa no aeroporto antes de embarcar à sua primeira parada, a Alemanha.

Segundo o jornal israelense Jerusalem Post, a mensagem do premiê vai ser de que seu país não tolerará o programa nuclear iraniano ou sua presença militar na Síria. "Vou dar ênfase a esta verdade imutável: Israel não deixará que o Irã obtenha armas nucleares", afirmou.

Mas as chances de que o israelense tenha sucesso em sua empreitada diplomática são baixas. Seus interlocutores serão a chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente francês, Emmanuel Macron, e a primeira-ministra britânica, Theresa May, todos defensores do acordo nuclear.

Eles argumentam que o Irã por ora seguiu o combinado -algo dito também pela Agência Internacional de Energia Atômica, responsável pelo monitoramento.

As potências europeias afirmam ainda que o acordo é a melhor maneira de garantir que o Irã não vai investir em seu temido arsenal. Será difícil, porém, que a Europa consiga manter sozinha o tratado.

A contrapartida oferecida pelo acordo original de 2015 era a de eliminar as sanções econômicas anteriormente impostas ao Irã.

Com o retorno ao país das empresas internacionais e do dinheiro que estava congelado no exterior, a comunidade global esperava convencer Teerã e sua população de que é vantajoso interromper o programa nuclear.

Essa tese está ameaçada desde que Trump retirou os EUA do tratado.

As empresas europeias estão sob risco devido ao retorno das sanções americanas -elas podem ser punidas se continuarem a fazer negócios com o Irã, no que é conhecido pelo jargão "sanções secundárias". Podem, portanto, perder o apetite pelo investimento.

O presidente francês, Macron, disse recentemente que a posição americana "não é séria" e que as empresas europeias precisam ter a oportunidade de manter as suas atividades no Irã, a despeito dos EUA.

O governo iraniano, por sua vez, diz que só continuará a respeitar o acordo nuclear caso a União Europeia incremente o seu pacote de incentivos, compensando a ausência americana.

O líder supremo, o aiatolá Khamenei, exige garantias de que o comércio com o bloco europeu não será rompido.

Para além da economia, Netanyahu deve tentar convencer Merkel, Macron e May a isolar o Irã a partir do argumento de que aquele país continua a ser uma ameaça à ordem global devido à sua presença militar na Síria e em outros países do Oriente Médio, com ou sem bomba nuclear.

Ele já discutiu esse mesmo assunto com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, outra figura-chave nas negociações.

Após o anúncio de Trump de que estava abandonando o acordo, Israel acusou o Irã de estar por trás de uma série de disparos vindos da Síria contra o seu território.

A possibilidade de um enfrentamento entre Israel e Irã aterroriza o Oriente Médio devido à possibilidade de que respingue em países instáveis como o Líbano.

Os líderes europeus também devem aproveitar a visita para questionar Netanyahu sobre sua política em relação aos recentes protestos na faixa de Gaza.

Mais de 120 palestinos foram mortos nos últimos dois meses enquanto pediam o fim do bloqueio israelense na região –Israel diz eles estavam tentavam invadir o país, algo que as autoridades de Gaza negam.

Uma das vítimas recentes foi a médica voluntária Razan al-Najjar, 21, morta na sexta-feira (1°) nas imediações da cidade de Khan Yunis, segundo os palestinos









Escola Agrícola de Jundiaí prorroga inscrições para cursos técnicos no RN

A Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ), em Macaíba, região metropolitana de Natal, prorrogou as inscrições gratuitas para o exame de seleção dos cursos técnicos subsequentes até a próxima quinta-feira (7). O processo seletivo é para preenchimento de vagas de cadastro de reserva nos cursos de Agroindústria, Agropecuária e Aquicultura.

Para concorrer às vagas, é preciso preencher a ficha de inscrição, disponível em anexo do edital no site da EAJ, e enviar para o email subsequenteinscricao.eaj2018@gmail.com com um documento que comprove a conclusão do Ensino Médio.

A prova será aplicada no dia 10 junho de 2018, na sede da EAJ em Macaíba, no auditório do Ceres em Caicó e no auditório da Ufersa em Mossoró. Os candidatos devem responder dez questões objetivas contextualizadas nas Ciências Agrárias e na Matemática de nível fundamental, além de fazer uma redação.

Metade das vagas são reservadas para quem cursou todo o Ensino Médio em escolas públicas. Desse percentual, 50% serão direcionados para quem tem renda familiar igual ou inferior a um salário mínimo e meio. Também há cotas para autodeclarados pretos, pardos e indígenas.

Os aprovados vão começar os cursos na instituição no segundo semestre. A EAJ conta com auxílios residência, alimentação, transporte e moradia para os alunos regularmente matriculados em cursos técnicos presenciais como forma de apoio à inclusão e permanência dos estudantes.

Serviço
Cursos Técnicos: Agroindústria, Agropecuária e Aquicultura
Inscrições gratuitas: até quinta-feira, 7 de junho de 2018
Provas: 10 junho de 2018 em Macaíba, Caicó e Mossoró.


Um Jovem é morto com três tiros nas costas em Natal; vizinhos socorrem amigo baleado

Crime aconteceu na tarde desta segunda-feira (4) no bairro Bom Pastor, Zona Oeste da capital. Nenhum suspeito foi preso.
m jovem de 18 anos morreu após ser atingido por três tiros, na tarde desta segunda-feira (4), na Zona Oeste de Natal. Um amigo dele, também baleado, foi socorrido ao hospital por vizinhos. Os dois jogavam um jogo de taboleiro na travessa Coqueiral, no bairro Bom Pastor, quando foram abordados pelos criminosos.

Segundo a Polícia Militar, o crime aconteceu pouco após as 14h. Os dois jovens estavam na rua jogando um jogo conhecido como Aliado, quando foram alvo dos tiros. Pedro Henrique Ancelmo de Araujo, de 18 anos, sofreu três disparos nas costas e morreu antes de qualquer socorro.

O amigo dele, que também foi baleado, foi socorrido ao Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, na Zona Leste da capital.

Após o crime, a Polícia Militar foi acionada ao local e guardou o local até a chegada da Polícia Civil e do Instituto Técnico-Científico de Perícia, para darem início às investigações.

Nenhum suspeito foi preso até o fechamento dessa matéria.


Segundo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, magistrados são alvos de "ameaças veladas, eventualmente de morte". No Brasil, seis a cada mil magistrados sofreram ameaças em 2017.

Seis juízes potiguares recebem proteção especial atualmente por causa de riscos gerados pelo trabalho, confirma o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. De acordo com a instituição, tratam-se de "ameaças veladas, eventualmente de morte". Todos os magistrados são da ativa.
O reforço na segurança dos juízes é feito pelo próprio tribunal, após pedido feito pelo profissional meio de ofício, telefone ou mesmo pessoalmente. Questionado, porém, quanto é investido no aparato extra de segurança, o judiciário estadual informou apenas que os custos são variáveis e "referem-se à locação de veículos, pagamento de diárias operacionais e combustível".
O Tribunal do Trabalho e a Justiça Federal do Estado negam ter juízes nessas circunstâncias.
Um estudo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgado em maio identificou 110 magistrados sob ameaça no país, ao longo do ano passado. Em 97% dos casos, ainda conforme o CNJ, o desempenho profissional dos juízes tem relação com ameaça.
Como a Justiça brasileira tem cerca 18 mil membros, uma média de seis juízes, em cada mil, receberam algum tipo de ameaça em 2017. Ainda de acordo com a pesquisa, a pessoa responsável pela potencial agressão é conhecida do magistrado em 65% das situações.
Para fazer o levantamento, um questionário foi aplicado pelo CNJ entre setembro e novembro do ano passado nos tribunais do país. O objetivo era mapear a estrutura da segurança institucional do Poder Judiciário.
Para entrarem na categoria de ameaçados, 110 magistrados relataram ao CNJ casos de intimidação, que provocaram a Justiça a tomar providências de segurança.
Segundo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, magistrados são alvos de "ameaças veladas, eventualmente de morte". No Brasil, seis a cada mil magistrados sofreram ameaças em 2017.




Bulls recebe Espectros para amistoso antes do início da temporada

Em reta final de preparação visando a temporada regular da Brasil Futebol Americano (BFA), o Bulls Potiguares recebe o João Pessoa Espectros-PB, para um amistoso neste domingo (10), no Sesi Clube. Este jogo será o segundo e último teste do time antes do início da competição. No dia 06 de maio, a equipe potiguar venceu o Recife Apaches por 29 a 14, em jogo-treino realizado na Vila Olímpica de Macaíba.

Adversários de longa data, Bulls e Espectros se enfrentam há pelo menos 10 anos, ainda quando o esporte era disputado nas areias dos estados vizinhos, porém, nesta temporada, o confronto só poderá acontecer nas fases de playoffs, caso as duas equipes consigam passar da primeira fase. Sobre a importância deste jogo na preparação, o Head Coach Rafael Nathan afirma que é o Espectros é um adversário importante para os últimos ajustes. “Este amistoso é primordial pela qualidade do adversário. Enfrentar o Espectros sempre traz muito aprendizado”, disse.

Para chegar em alto nível na estreia da temporada, que acontecerá no dia 21 de Julho, diante do Natal Scorpions, na Arena das Dunas, o Offensive Tackle Augusto Miguel revela que esse amistoso tem um clima diferente. “O Espectros é o atual vice-campeão brasileiro, e é um dos nossos rivais históricos. Vamos encarar o jogo como se fosse uma disputa de playoffs”, afirma Augusto.

SERVIÇO:

Bulls Potiguares vs João Pessoa Espectros-PB
Domingo (10/06) – 15h
Sesi Clube – Avenida Capitão-Mor Gouveia, Cidade da Esperança.
Ingressos: R$ 10,00
Venda direta com os jogadores, nas redes sociais do time (@bullspotiguares) ou no local na hora do jogo.


O descaso com a primeira TV do Rio Grande do Norte

Inaugurada em 1972 para levar educação através de teleaulas para o Rio Grande do Norte, a TVU sempre teve em seu DNA o conhecimento, credibilidade, e a casa de grandes profissionais da imprensa.

Pública e plural a TVU ensina em 45 anos de história, a preservar a memória potiguar. A conhecer novas narrativas que constroem o futuro no TVU Notícias, os grandes temas que norteiam a sociedade também tem seu lugar na emissora nas noites de segunda-feira.

Em 2015 começou a transmitir em sinal digital, foi a primeira TV Universitária do país com programação em HD. Porém o sinal continha "buracos" na transmissão, era comum fazer a busca de canais e o 5.1 não sintonizar.

A superintendência de comunicação da UFRN justificava que o problema era causado pelas 'gavetas' do transmissor da TV, algumas foram queimadas durante o processo de instalação, assistir a TVU era quase impossível.

Os problemas na emissora pública foram se acumulado, seja por cortes no orçamento federal ou por falta de gestão; como alguns funcionários e bolsistas da TV comentam. O principal programa da casa, o TVU Notícias é feito quase inteiramente por estudantes de jornalismo da UFRN. Da pauta à reportagem, os alunos aprendem na prática, o dia a dia do jornalismo.

A falta de estrutura para se produzir o telejornal vem crescendo com o passar dos anos. Sem pilhas nos gravadores, os carros oferecendo ricos aos estudantes, servidores desmotivados, e agora o sinal analógico foi desligado, a TVU está fora do ar.

Em um ato de resistência, os bolsistas reunidos em assembleia na última sexta-feira (01), criaram o movimento "Respeitem a TVU" que já conta com a adesão de 31 bolsistas de apoio técnico, extensão além de voluntários, vinculados aos setores de Edição, Produção e Redação da TVU. O principal pleito da paralisação é a operação do sinal digital da emissora em sua capacidade máxima. Também pautam melhorias técnicas e estruturais, além da renovação da frota de carros.

ATIVIDADES

Em Assembleia realizada na última quarta-feira (30), o Movimento Respeitem a TVU decidiu que só levaria seu pleito adiante após comunica-lo ao Superintendente de Comunicação, José Zilmar Alves da Costa, e à Reitora da UFRN, Ângela Maria Paiva Cruz. Duarante a manhã de sexta-feira (01), parte dos membros se reuniu com o professor José Zilmar e entregou-lhe o documento que informa a paralisação e lista os pleitos. O gestor informou que só se pronunciaria após reunião com Conselho Diretor, sem data prevista para acontecer.

Ainda na sexta parte dos membros foi atendida na reitoria pela Chefe de Gabinete, Célia Ribeiro, que protocolou o documento assinado, mas ainda não definiu data para reunião com a professora Ângela Paiva.

Também na Assembleia foram definidas diretrizes para os membros da paralisação, como cumprimento integral de expediente, oficinas de conteúdo jornalístico e audiovisual substituindo as atividades, além da criação e manutenção de perfis nas redes sociais, através dos quais serão repassadas as novidades e direcionamentos da paralisação.


Temer acumula cansaço com a sangria de seus homens de confiança

Alçado à Presidência da República após o controverso processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (MDB) tem visto os principais membros de seu “dream team” governamental ficarem pelo caminho à medida que seu mandato se aproxima do fim. Seja em razão de denúncias de corrupção ou por conjunturas de “mercado”, termo que norteia sua gestão, o emedebista havia montado a equipe de seus sonhos para a condução da política econômica, mas apenas uma peça desse triunvirato continua de pé após a saída de Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda, e de Pedro Parente, recém-demitido da Petrobras na esteira da crise do combustível. Restou Ilan Goldfajn, presidente do Banco Central, entre os notáveis do presidente.

No anúncio do engenheiro Ivan Monteiro para substituir Parente na petrolífera, Temer demonstrou ter sentido o golpe abaixo da linha de cintura. Em pronunciamento de menos de dois minutos, o presidente transpareceu cansaço, nas palavras de seu ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun. Aliado fiel de Eduardo Cunha (MDB-RJ), ex-deputado condenado e preso em razão da Operação Lava Jato, Marun esteve na linha de frente reativa à greve dos caminhoneiros, que abalou o país por 11 dias, e também se diz desgastado.

Em entrevista concedida neste domingo (3) ao Congresso em Foco, o ministro preferiu o termo “cansado” a “abatido“ ao descrever o estado de espírito do presidente, e diz que o desgaste de quase duas semanas de quase colapso no setor produtivo, que dá sinais de persistência, pesaram demais para o correligionário.

Marun até tentou, mas depois não conseguiu negar a ideia de que o presidente esteja sofrendo com a saída de tantos “craques de seu time“. “Eu diria, talvez, cansado, não é?… Ontem [sábado], concedi uma entrevista e vários amigos meus ligaram preocupados porque eu estava, realmente, expressando cansaço em minha fisionomia. Talvez seja isso”, tergiversou o emedebista, para depois admitir que a saída de Parente foi muito sentida por Temer.

E com efeitos colaterais variados, como bem sabe o ministro. “Sempre que alguém sai de forma indesejada é sempre uma situação que não é boa. Você simplesmente não queria que acontecesse. Mas o presidente teve a capacidade de tomar uma decisão rápida em relação à substituição. Quem sabe esse limão não se torna uma limonada.”

Núcleo político

Não foi só a desidratação do tripé econômico que abateu Temer nesses dois anos de mandato. Desde 12 de maio de 2016, quando assumiu a Presidência interinamente, avanços da Lava Jato em direção ao seu núcleo de governo – e em seu próprio encalço – vitimaram nomes fortes de sua equipe ministerial. Para citar apenas três deles, que reinaram por décadas no PMDB, vale lembrar que dois tiveram a cadeia como destino.

Um dos primeiros a cair em desgraça foi o ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (MDB-RN), que foi derrubado do Ministério do Turismo em razão de denúncias de corrupção diversas. A exemplo de Cunha, que está preso desde outubro de 2016, Henrique foi condenado por participar de fraudes na Caixa Econômica Federal, no âmbito do chamado “quadrilhão do PMDB”. Longe do poder desde março de 2016, quando deixou a pasta, Henrique recebeu habeas corpus recentemente e está sob medidas cautelares, mas pode voltar para a cadeia em breve.

Outro que foi tragado pela maré de denúncias foi o também ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB), igualmente condenado e preso no petrolão sob acusação de organização criminosa e lavagem de dinheiro. Ex-todo-poderoso da pasta ora ocupada por Marun, era um dos principais articuladores do governo Temer no Congresso. Fora do ministério de Temer desde novembro de 2016, Geddel estarreceu o país com a descoberta de que mantinha R$ 51 milhões em dinheiro vivo em um apartamento em Salvador, na mais elevada quantia apreendida pela Polícia Federal em todos os tempos.

Mas talvez o desfalque mais sentido por Temer na Esplanada dos Ministérios, no que diz respeito ao seu núcleo político, tenha sido o senador Romero Jucá (MDB-RR). Líder do governo no Senado e presidente nacional do MDB, o parlamentar chefiou o Ministério do Planejamento por 12 dias até ser baleado com a revelação dos famosos áudios em que fala em “estancar a sangria” da Lava Jato e grande acordo nacional, “com o Supremo [Tribunal Federal], com tudo” para tirar Dilma do poder. Era maio de 2016, a três meses do afastamento definitivo da petista, e o governo Temer balançava com risco de desabamento pela primeira vez. Um dos homens mais fortes do presidente, Jucá hoje dá as cartas quando o assunto é pauta legislativa.

Baque indesejado

Nada disso tira Marun do foco discursivo de que a gestão Temer pôs o Brasil nos trilhos. Para o ministro, ficaram para trás nomes importantes na execução dos planos do governo, que apostava no crescimento econômico até ser atropelado pelos caminhoneiros, mas isso não significa um “baque” do Palácio do Planalto. “Alguns saíram por conjunturas eleitorais. A única saída que aconteceu de forma, digamos, indesejada foi a do Parente. É uma saída que, realmente, não gostaríamos que acontecesse. Pelo menos no tempo em que eu estou ministro”, afirmou Marun, titular da Secretaria de Governo desde 15 de dezembro.

“Mas também existe um ditado de que há males que vêm para o bem. É neste sentido que nós estamos avaliando este processo. Ele [Parente] foi substituído por uma pessoa que tem condições, não foi uma saída em massa de diretores”, acrescentou o ministro, referindo-se ao novo presidente da Petrobras.

Marun ressaltou que opinava em caráter pessoal, e não como ministro, e avaliou que as mais recentes trocas em ministérios foram bem operadas por Temer. “O Guardia [Fazenda] está fazendo um grande trabalho. Eu não tenho conversado com o Dyogo [Oliveira] lá no BNDES, mas também tenho a convicção de que ele está indo muito bem”, acrescentou.

O ministro não admite com todas as letras, mas sabe que o governo Temer chega à reta final sem força para aprovar muitas das matérias de seu interesse – e, por outro lado, repletas de polêmica e extremamente impopulares. Entre elas a privatização da Eletrobras, que, a exemplo da reforma da Previdência, naufragou em discussões intermináveis na Câmara. “Quero fazer um diagnóstico sobre o resultado desta crise. Eu acredito que, se os parlamentares tiverem a real consciência do que aconteceu, talvez seja menos difícil nós aprovarmos aquelas matérias que, efetivamente, são necessárias para o andamento do Brasil. Crises com esta são momentos que, muitas vezes, trazem esse tipo de efeito”, filosofou.

Marun deu como exemplo o que aconteceu com a fracassada reforma da Previdência, “que todos sabíamos que era e é necessária”. “Ela é mais do que necessária; é imprescindível. E, mesmo assim, não conseguimos votá-la. Esta greve foi muito estranha. Estamos em um momento eleitoral, então isso também atrapalha”, arrematou o ministro.

Nuvens carregadas

Seja qual for o desempenho no Congresso em ano eleitoral, o emedebista tem no horizonte a frustrada projeção de crescimento econômico na ressaca da greve dos caminhoneiros. A paralisação deixará sequelas graves na atividade econômica, segundo analistas de vertentes diversas. Alguns deles fizeram um desanimador prognóstico com os seguintes elementos no curto prazo: redução no crescimento econômico, alta na inflação e índices persistentes de desemprego.

Os economistas pintaram outros cenários negativos para Temer, como a ameaça cada vez mais factível de que mais categorias sigam o caminho grevista dos caminhoneiros e o colapso das contas públicas. As impressões foram reunidas em reportagem veiculada ontem (domingo, 3) pelo portal UOL. “Apenas para garantir uma redução de R$ 0,30 no preço do diesel nas refinarias (de um total de R$ 0,46 de desconto), o governo afirmou que pagará do próprio bolso R$ 9,5 bilhões até dezembro”, diz trecho do texto assinado por Cristiane Bonfanti.

Em texto publicado na última sexta-feira (1º/jun), em que fala sobre a “queda inevitável de Parente” e prevê o populismo nos rumos da Petrobras – e da própria economia brasileira – depois da demissão do gestor, o colunista Igor Gielow (Folha de S.Paulo) discorre sobre a situação crítica do governo: “Para Temer, há o simbolismo extra da perda de uma das pilastras que sustentava a parte ainda respeitada do governo. Sem ele e Henrique Meirelles (ex-Fazenda), que abandonou o naufrágio para tentar uma aventura presidencial para lá de incerta, sobra no ‘dream team’ que o mercado enxergava na economia um solitário Ilan Goldfajn”.

Ex-ministra-chefe da Secretaria de Comunicação de Dilma, Helena Chagas vai adiante, mas no mesmo sentido, em artigo veiculado no site Os Divergentes. “Quem mais deve ganhar com a saída é o próprio Parente, que tem emprego garantido na BRF. Quem mais perde é o governo, ou o que sobrou dele. E sobrou pouco, depois das concessões da greve e do desmonte do ‘dream team’ da economia que tanto impressionou mercado e o establishment no início do governo Temer”, escreve a jornalista no texto intitulado “O que sobrou do governo Temer?”, também veiculado em 1º de junho.

O trio que resta

Temer sobreviveu a duas denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR) com a ajuda de deputados, ao custo de bilhões em emendas liberadas, projetos sob encomenda e nomeação de aliados em cargos estratégicos da administração federal. Ao contrário de Meirelles, que se lançou à sucessão presidencial pelo MDB, o presidente terá que responder pelas acusações de que praticou corrupção passiva, tentou obstruir a Justiça e integrou organização criminosa tão logo deixe o Planalto.

Aos 77 anos e com rejeição recorde entre presidentes da República, Temer não deve seguir sozinho em seu processo de “sarneyzação” – termo usado para conotar o processo de degradação do impopular governo do correligionário José Sarney (1985-1990), que também sangrou no final do mandato presidencial. Ao seu lado continuam firmes os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Minas e Energia), ambos alvos de graves acusações em investigações como a Lava Jato e igualmente denunciados pela PGR.

Sem a medalha da recuperação econômica como inicialmente projetada, restarão para o trio de amigos emedebistas as barras da lei, já a partir de 1º de janeiro de 2019. E, muito provavelmente, sem a prerrogativa do foro privilegiado.


Barreto diz que aliança é com Robinson e não com Júlio César

O prefeito Marconi Barreto disse durante o programa "Café do Sábado" na 105,9 FM que o município de Ceará-Mirim realizou várias obras em parceria com o Governo do Estado. Disse que a parceria é com o governo e não com presidente do PSD no município, Júlio César Câmara.

"A parceria é do município com o governo e não com uma pessoa". Enfatizou.

Marconi Barreto admitiu que chegou a dialogar com Júlio mas que estão distantes. "Conversamos, mas hoje estamos distantes, eu quero é trabalhar por Ceará-Mirim, e não fofocar". Colocou.

Marconi Barreto voltou a prefeitura de Ceará-Mirim após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspender o mandato de cassação contra o prefeito, a suspeita era que Marconi teria praticado abuso de econômico durante as eleições de 2016. Ele foi eleito chefe do executivo municipal com mais de 22 mil votos.